WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos
Ano 4 - N° 160 - 30 de Maio de 2010

RICARDO BAESSO DE OLIVEIRA
kargabrl@uol.com.br

Juiz de Fora, Minas Gerais (Brasil)
 

Design inteligente 


Tem-se observado, nos últimos anos, na mídia internacional, um curioso debate sobre a inclusão ou não da Teoria Criacionista nos currículos escolares. Tal discussão é motivada pelo fato de muitos indivíduos, nos diferentes países do globo, apresentarem posição controversa a respeito da evolução humana.

Duas propostas existem a respeito da origem do homem na Terra: a Criacionista e a Evolucionista. Segundo os criacionistas todos os seres vivos foram criados por Deus tal como se apresentam agora. Essa proposta é absurda do ponto de vista científico, não encontrando nenhum respaldo nas evidências cientificas a respeito da questão, como o estudo dos fósseis, por exemplo. Obviamente, não podem ser ensinadas nas escolas por não possuírem base cientifica, a não ser que o façam em aulas de religião, como artigos de fé.

A proposta evolucionista assumiu foro de teoria, portanto sua realidade não é mais motivo de discussão. O que se discute é como ela se verificou. A quase totalidade dos pesquisadores admite que a matéria prima da evolução esteja nas mutações e na seleção natural.

As mutações são transformações aleatórias nas “letras” do DNA. A imensa maioria delas é prejudicial (causando doenças de origem genética) ou neutra (não tendo efeito sobre as proteínas cujo código está contido no DNA e que comandam o organismo). Um número minúsculo de mutações, no entanto, pode ser vantajoso, possibilitando que alguns indivíduos sobrevivam e se reproduzam de forma mais eficiente que os demais (seleção natural).

A Teoria evolucionista, no entanto, apresenta lacunas e não consegue explicar algumas coisas. Não possui um modelo decente para a origem da vida a partir de moléculas orgânicas simples, e tampouco tem ideia sobre como todas as formas básicas de vida animal surgiram num “piscar de olhos” geológico, há pouco menos de 550 milhões de anos, na chamada Explosão Cambriana. Além disso, existem estruturas biológicas de uma complexidade tão grande (como sistema de coagulação do sangue ou o mecanismo da visão) que seria matematicamente impossível ser compreendidas a partir de mutações aleatórias e da seleção natural.

A ideia do design inteligente surge como uma proposta conciliadora, embora não explique o inicio de tudo. Segundo essa ideia é possível detectar um planejamento inteligente na natureza, “conduzindo” a evolução das espécies. No entanto, os proponentes dessa ideia (não cientifica ainda) como cristãos conservadores dos Estados Unidos não entram em detalhes sobre a origem desse planejamento.

A expressão design inteligente não foi cunhada por autores espíritas, mas bem que poderia ter sido, pois traduz de forma elegante o que nós pensamos a respeito do assunto.

A evolução das espécies em geral e do homem em particular se deu em dois estados de vida: o material e o espiritual. Por não reconhecerem a existência e a sobrevivência do Espírito e a lei espiritual da reencarnação, os pesquisadores não conseguem alcançar todos os detalhes que envolvem a evolução no planeta. Os “elos perdidos da evolução”, ou seja, seus fenômenos inexplicáveis se deram na dimensão espiritual, longe das lentes investigativas dos cientistas.

O design inteligente é o próprio Espírito com seu corpo etéreo constituído de energias sutis, que funciona como campo modelador da forma física. As conquistas evolutivas do principio espiritual vão sendo plasmadas no corpo físico e no corpo espiritual simultaneamente, em suas experiências nos dois planos de vida.

No livro Evolução em Dois Mundos, o Espírito André Luiz, via mediunidade de Chico Xavier, esclarece que “o principio divino aportou na Terra, emanando da Esfera Espiritual, trazendo em seu mecanismo o arquétipo a que se destina” Lembra que “não podemos circunscrever-lhe a experiência ao plano físico simplesmente considerado, porquanto, através do nascimento e morte da forma, sofre constantes modificações nos dois planos em que se manifesta”. E acrescenta que a evolução também "representa estágios da consciência fragmentária fora do campo carnal propriamente dito, nas regiões extra físicas”.

 Podemos considerar ainda a atuação dos biólogos do plano astral que, sob a supervisão amorosa de Jesus, acompanham o progresso do mundo, intervindo, quando necessário, nos corpos espirituais das formas evolutivas, durante o estágio no plano espiritual. Essas intervenções poderiam responder pelas mutações necessárias ao desenvolvimento das novas habilidades.

Ainda no livro citado, André Luiz, ao examinar o surgimento da fala, comenta: “É assim que, atingindo os alicerces da Humanidade, o corpo espiritual do homem infraprimitivo demora-se longo tempo em regiões espaciais próprias, sob a assistência dos Instrutores do Espírito, recebendo intervenções sutis nos petrechos da fonação para que a palavra articulada pudesse assinalar novo ciclo de progresso”.

O Espiritismo permite, portanto, sem discordar das notáveis anotações da ciência, um melhor entendimento de processo tão complexo. Torna-se, como queria Kardec, o hífen, o traço de união entre ciência e religião.


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita