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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 160 - 30 de Maio de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Entre a Terra e o Céu

André Luiz

(Parte 37)

 
Continuamos a apresentar o estudo da obra
Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. A que se reduz a vida quando não se faz plena de trabalho?

A resposta a esta pergunta podemos encontrar na palestra que Antonina e Zulmira, levadas  em espírito ao Lar da Bênção, ouviram de Irmã Clara, que, entre outras considerações importantes, lhes disse: "Agora, que a oportunidade favorece a renovação, é preciso saber reconstruir o destino”. “Não olvidemos. A vida reduz-se a triste montão de trevas, quando não se faz plena de trabalho. Fujamos à velha feira da lamentação onde a inércia vende os seus frutos amargosos! Para levantar, porém, a escada de nossa ascensão, é imprescindível banhar o espírito, cada dia, na fonte viva do amor, do amor que recompensa a si mesmo com a alegria de dar!" (Entre a Terra e o Céu, cap. XXXIX, págs. 255 a 257.)

B. No encontro com a Irmã Clara, Antonina pôde rever seu passado?

Sim, posto que parcialmente. A benfeitora espiritual acariciou, de leve, a fronte de Antonina e repetiu: "Lembre-se! lembre-se!..." Bafejada pelo poder de Irmã Clara, em de­terminados centros da memória, Antonina fez-se pálida e exclamou, con­trolando a própria emoção: "Sim, sou eu a cantora! Revejo, dentro de mim, os quadros que se foram!... Os conflitos no Paraguai!... Uma chá­cara em Luque!... a família ao abandono!... José Esteves, hoje Mário... Sim, percebo o sentido de minhas segundas núpcias!..." Em se­guida, denotando aflição no olhar, acrescentou: "E Leonardo? onde está Leonardo, o infeliz?" Irmã Clara advertiu, com bondade: "Não precisa dila­tar reminiscências; não nos achamos num gabinete de experimentos e sim numa reunião fraternal". "Basta que você se recorde." Em seguida, ela resumiu para as duas amigas o programa reencarnatório que se esboçara. Zulmira receberia Júlio, outra vez, como filho e Antonina seria mãe de Leonardo Pires, seu avô e associado do destino. "No santuário domés­tico – elucidou Clara –, as afeições transviadas se recompõem, a fim de que possamos demandar o futuro, ao clarão da felicidade. Filhas, ninguém avança sem saldar as próprias contas com o passado." (Obra citada, cap. XXXIX, págs. 257 e 258.) 

C. Com que palavras Irmã Clara definiu a família?

Irmã Clara mostrou, em sua palestra, a importância do lar e da família. "Identifiquemos no lar humano – asseverou a benfeitora – o caminho de nossa regeneração! A família consanguínea na Terra é o microcosmo de obrigações salvadoras em que nos habilitamos para o serviço à família maior que se constitui da Humanidade inteira.” E aduziu: “O parente necessitado de tolerância e carinho representa o ponto difícil que nos cabe vencer, valendo-nos dele para melhorar-nos em humildade e compreensão. Um pai incompreensivo, um esposo áspero ou um filho de condução inquietante simbolizam linhas de luta benéfica, em que podemos exercitar a paciência, a doçura e o devotamento até ao sacrifício!...” (Obra citada, cap. XXXIX, págs. 258 a 260.) 

Texto para leitura 

121. A vida deve ser plena de trabalho - Passado um mês sobre os espon­sais de Silva, certa noite, por solicitação de Odila, o grupo socor­rista foi em busca de Zulmira e Antonina para uma reunião íntima, no Lar da Bênção. A viagem das duas amigas foi feita em clima de muita alegria. Reduzida assembleia de amigos as aguardava no lar de Blan­dina, inclusive Irmã Clara. Parecia às duas visitantes encarnadas que ali encontravam o paraíso. No recinto amplo que Blandina adornara de flores, trocavam-se frases amigas e consoladoras impressões, quando Antonina, mais lúcida e mais preparada que a companheira, indagou pela ra­zão do favor de que se viam aquinhoadas. Clara afagou-a, de leve, e explicou: "Filhas, em nossa romagem na vida, atravessamos épocas de sementeira e fases de colheita. Na missão da mulher, até agora, vocês receberam do tempo os choques e os enigmas plantados a distância. Com a humildade e a fé, com o bom ânimo e o valor moral, venceram árduos conflitos que lhes fustigavam as melhores aspirações. Foram dias obs­curos do pretérito refletidos no presente, contudo, agora, asserenou-se-lhes a estrada. A paciência a que se devotaram evitou a formação de nuvens da revolta e o céu se fez, de novo, claro e alentador. É como se o dia renascesse, resplendente de luz. O campo da existência exige mais trabalho e o tempo de semear ressurge alvissareiro". A palestra em torno cessara de repente. Os circunstantes buscavam ouvir a Irmã Clara, mostrando, com o silêncio, que nela se encarnava, para todos, a sabedoria. A nobre instrutora, então, continuou: "Agora, que a oportu­nidade favorece a renovação, é preciso saber reconstruir o destino. Não olvidemos. A vida reduz-se a triste montão de trevas, quando não se faz plena de trabalho. Fujamos à velha feira da lamentação onde a inércia vende os seus frutos amargosos! Para levantar, porém, a escada de nossa ascensão, é imprescindível banhar o espírito, cada dia, na fonte viva do amor, do amor que recompensa a si mesmo com a alegria de dar!" E, após dizer que o Pai Celeste é onipresente, através do amor de que satura o Universo, concluiu: "Do Trono Excelso nasce o eterno manancial que sustenta o anjo na altura e alimenta o verme no abismo. A mulher é uma taça em que o Todo-Sábio deita a água milagrosa do amor com mais intensidade, para que a vida se engrandeça. Irmãs, sejamos fiéis ao mandato recebido". (Cap. XXXIX, págs. 255 a 257) 

122. Ninguém avança sem saldar as contas - Irmã Clara esclareceu que em muitas ocasiões, quando nos prendemos à lama do egoísmo ou ao visco do ódio, poluímos o líquido sagrado, transformando-o em veneno destrui­dor. É preciso, pois, guardar cautela. "O preço da verdadeira paz re­side no sacrifício de nossas existências. Não há sublimação sem renún­cia no castelo da alma, como não há purificação no cadinho, sem o con­curso do fogo que acrisola os metais!", asseverou a benfeitora espiri­tual. Clara, depois de explicar que Zulmira, mesmo sem a recordação do passado, já estava consciente do dever de asilar o pequeno Júlio no santuário doméstico, dirigiu-se a Antonina, indagando se ela se recor­dava de suas experiências anteriores e se continuava atenta às razões que lhe inspiraram o matrimônio com Mário Silva. Ante a surpresa da interpelada, a instrutora acariciou-lhe a fronte, de leve, e repetiu: "Lembre-se! lembre-se!..." Bafejada pelo poder de Irmã Clara, em de­terminados centros da memória, Antonina fez-se pálida e exclamou, con­trolando a própria emoção: "Sim, sou eu a cantora! Revejo, dentro de mim, os quadros que se foram!... Os conflitos no Paraguai!... Uma chá­cara em Luque!... a família ao abandono!... José Esteves, hoje Má­rio... Sim, percebo o sentido de minhas segundas núpcias!..." Em se­guida, denotando aflição no olhar, acrescentou: "E Leonardo? onde está Leonardo, o infeliz?" Clara advertiu, com bondade: "Não precisa dila­tar reminiscências; não nos achamos num gabinete de experimentos e sim numa reunião fraternal". "Basta que você se recorde." Em seguida, ela resumiu para as duas amigas o programa reencarnatório que se esboçara. Zulmira receberia Júlio, outra vez, como filho. Antonina seria mãe de Leonardo Pires, seu avô e associado do destino. "No santuário domés­tico – elucidou Clara –, as afeições transviadas se recompõem, a fim de que possamos demandar o futuro, ao clarão da felicidade. Filhas, ninguém avança sem saldar as próprias contas com o passado". (Cap. XXXIX, págs. 257 e 258) 

123. A importância da família - Irmã Clara mostrou às duas mulheres a importância do lar e da família: "Identifiquemos no lar humano o ca­minho de nossa regeneração! A família consanguínea na Terra é o micro­cosmo de obrigações salvadoras em que nos habilitamos para o serviço à família maior que se constitui da Humanidade inteira. O parente neces­sitado de tolerância e carinho representa o ponto difícil que nos cabe vencer, valendo-nos dele para melhorar-nos em humildade e compreensão. Um pai incompreensivo, um esposo áspero ou um filho de condução in­quietante, simbolizam linhas de luta benéfica, em que podemos exerci­tar a paciência, a doçura e o devotamento até ao sacrifício!... Espe­cialmente, no tocante aos filhos, não nos esqueçamos de que pertencem a Deus e à vida, acima de tudo!..." Na sequência, Clara aludiu à bên­ção que representa o esquecimento do passado, na esfera carnal. Esse esquecimento é compensado, no entanto, com o sopro renovador de aben­çoada esperança que todos sentimos quando se recebe um filho. Não po­demos olvidar que os filhos são sempre laços preciosos da existência, a nos requisitar equilíbrio e discernimento em todas as decisões. É imprescindível, pois, para desobrigar-nos da grande tarefa que a ma­ternidade nos impõe, entender-lhes o psiquismo diferente do nosso, a exigir, muitas vezes, um tipo de felicidade que não se harmoniza com o nosso modo de ser. "Saibamos, assim, prepará-los, sem egoísmo, para o destino que lhes compete! O carinho escravizante – asseverou a ins­trutora – assemelha-se a um mel envenenado, enredando-nos na sombra. Conservemos nosso espírito arejado pela justiça, para que a nossa afe­tividade seja uma bênção com a possibilidade de educar os que nos cer­cam, na escola do trabalho salutar!..." Zulmira, aproveitando a pausa que se fez espontânea, perguntou-lhe como agir para solucionar os pro­blemas com segurança. Clara respondeu que ambas haviam superado dias alarmantes de crise espiritual e conquistaram o ensejo de reestrutura­ção do próprio destino. Agora era tempo de semear. "Valorizemos a oportunidade de reaproximação", conclamou a instrutora. "São vocês dois núcleos de força, suscetíveis de operar valiosas transformações nos grupos domésticos a que se ajustam. Façamos da amizade o entendi­mento fraterno que tudo compreende e tolera, movimenta e ajuda, na ex­tensão do Sumo Bem. A vizinhança e a convivência, no fundo, são dons que o Senhor nos concede a benefício de nosso próprio reajuste." Como ambas ensaiassem novas perguntas, Clara acentuou: "Não temam. A prece é o fio invisível de nossa comunhão com o Plano Divino e, à luz da oração, viveremos todos juntos. Em todas as dúvidas, prefiramos para nós a renunciação construtiva". "Situar a responsabilidade de nosso lado é facilitar a solução dos problemas." (Cap. XXXIX, págs. 258 a 260) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita