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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 4 - N° 160 - 30 de Maio de 2010

WELLINGTON BALBO
wellington_plasvipel@terra.com.br
Bauru, São Paulo (Brasil)
 

Wellerson Santos: 

“Muito ainda temos a aprender e estudar para que
o conhecimento alargue as nossas mentes”
 

O jovem confrade mineiro lembra-nos que o dia em que nos amarmos verdadeiramente, como Jesus nos ama, nossa vida adquirirá um maior sentido e seremos felizes

 

Wellerson Santos (foto), nosso entrevistado da semana, nasceu em Campo da Mata, interior do Estado de Minas Gerais, e atualmente reside em Belo Horizonte, capital mineira. Fiel aos princípios doutrinários, é apreciador das obras básicas de Kardec. Médium, orador e escritor espírita, vem percorrendo diversas cidades de nosso país proferindo palestras de divulgação doutrinária. Embora tenha somente 33 anos, Wellerson traz boa bagagem na tribuna espírita, onde debutou na adolescência.  

Na presente entrevista, ele nos fala sobre seu  trabalho  no  setor  de  divulgação do

Espiritismo e outros assuntos que certamente interessarão aos nossos leitores.  

O Consolador: Você é muito jovem e já está em andanças divulgando a Doutrina Espírita. Desde quando começou a fazer palestras? 

Tive a bênção de nascer em um lar espírita. Desde menino, meu avô, Ulisses dos Santos, com quem fui criado, me incentivou a leitura de O Livro dos Espíritos e dos livros de bolso do venerando Espírito Emmanuel. Quando completei doze anos, nas reuniões públicas do Centro Espírita Paulo de Tarso, instituição que minha família ajudou a fundar em Carmo da Mata, interior de Minas Gerais, eu, frequentemente, era posto para ler e comentar pequeninas mensagens, durante quinze minutos, nas reuniões públicas. Quando me mudei para a Capital mineira, com quinze anos, logo ingressei na Mocidade Espírita Joanna de Ângelis, pertencente à Fraternidade Espírita Irmão Glacus, casa em que atualmente trabalho. Logo, nos primeiros meses, busquei orientação espiritual com o Mentor da referida instituição e por meio da psicografia do médium Ênio Wendling vim a saber dos meus compromissos no campo da oratória. A partir daí, fiz o Curso de Expositores e passei a realizar pequenas palestras nas reuniões da própria Mocidade e, posteriormente, nas reuniões públicas da casa de Glacus. Atualmente, tenho sido convidado a realizar palestras, seminários, conferências, no interior do nosso e em outros Estados do Brasil. Tenho tentado levar adiante o meu compromisso firmado com a Doutrina Espírita, divulgando o Evangelho de Jesus onde quer que o solicitem.  

O Consolador: Pelos lugares onde tem passado com palestras, quais suas percepções do Movimento Espírita? 

Nos últimos tempos, graças ao incansável trabalho de adeptos fervorosos da nossa amada Doutrina, a divulgação do Espiritismo tem-se avolumado. Nossa Doutrina é nova, apenas 153 anos, e muito temos a realizar. Conforme disse Allan Kardec sob a orientação do Espírito de Verdade, os bons ainda são tímidos. Nós, os cristãos, precisamos transpor as barreiras da comunicação, levando a mensagem consoladora aos corações sofridos. Certa ocasião, entrevistando o querido confrade Richard Simonetti, em relação ao Sesquicentenário de O Livro dos Espíritos, ele me disse que nós espíritas possuímos um excelente produto, mas um péssimo marketing. Concordo com o estudioso e escritor espírita. O Movimento Espírita Brasileiro tem crescido, mas podemos, com certeza, fazer muito mais se nos unirmos. Em cada cidade pela qual passei, tenho notado dificuldades semelhantes enfrentadas pelos confrades espíritas, mas, de modo geral, poderia dizer, sem sombra de dúvida, que todos têm-se esforçado para fazer o melhor. Acredito que precisamos ainda nos fortalecer, falar apenas uma língua, utilizando-nos, para isso, das obras kardequianas. O Pentateuco de Kardec é a base fundamental que fornece respaldo, orientação segura, de modo a se evitar dissensões, opiniões pessoais e fanatismos. 

O Consolador: Como vai o Movimento Espírita na cidade de Belo Horizonte? As casas ali são unidas?  

O Movimento Espírita mineiro, conforme está registrado nos Anais do Espiritismo, sempre foi muito atuante, haja vista o trabalho inolvidável do venerando médium Francisco Cândido Xavier. Na atualidade, possuímos a União Espírita Mineira - Casa Máter do Espiritismo em Minas Gerais -, que tem buscado, enquanto Federativa, nortear os passos de suas filiadas realizando encontros, seminários, palestras para os Conselhos Regionais que coordenam as atividades em suas respectivas cidades. Em Belo Horizonte temos mais de uma centena de instituições espíritas, mas vejo que, infelizmente, os trabalhos, de certo modo, ainda são isolados. Cada Casa Espírita desempenha e realiza da melhor forma possível suas atividades, mas poucas são as que se unem para a realização de grandes eventos. No meu modo de ver, para que o Movimento Espírita, não apenas o mineiro, mas o brasileiro, possa se fortalecer será necessário uma Unificação Maior de valores. E como exemplo a ser seguido, na empreitada da Unificação, não podemos deixar de lembrar o trabalho incansável realizado pelo inesquecível Adolfo Bezerra de Menezes.  

O Consolador: Como afloraram suas faculdades mediúnicas? 

A mediunidade eclodiu em mim em tenra idade. Recordo-me de que por volta dos quatro para cinco anos de idade eu já via Espíritos em minha residência, no interior de Minas Gerais. Por diversas vezes, meu avô e alguns familiares surpreenderam-me dando aulas improvisadas a crianças invisíveis aos olhos carnais. Por ser de uma família espírita, eles compreendiam o acontecido e me esclareciam. Confesso que, no início, tive muitas dificuldades em lidar com os fenômenos, tinha medo, porque nem sempre os Espíritos que se me apresentavam eram equilibrados. O tempo passou e na adolescência, já em Belo Horizonte, a mediunidade psicofônica aflorou de forma dolorosa, por processos obsessivos. Àquela época me adentrei por uma estrada diferenciada, a Umbanda, embora frequentasse concomitantemente a Casa Espírita. Acredito que aquele deveria ser um período de grande aprendizado para o meu Espírito. E durante um largo período fui auxiliado pelos Espíritos do culto africanista, trabalhando, inclusive, na mediunidade. O Espírito Manoel Philomeno de Miranda pela mediunidade de Divaldo Pereira Franco, no livro Loucura e Obsessão, traz lições belíssimas acerca dos cultos afro-brasileiros. O tempo passou, e, posteriormente, desvinculei-me definitivamente do culto africanista e passei a trabalhar como médium nas reuniões de desobsessão do Centro Espírita Oriente, instituição espírita da cidade de Belo Horizonte. Inicialmente, havia sido convidado a auxiliar, na referida reunião, como médium vibracional, e após algumas semanas, quando me assentei à mesa, passei a servir de instrumento para os Espíritos. Permaneci ali por alguns meses, tendo que me afastar por questões de emprego. Posteriormente, buscando orientação espiritual na Fraternidade Espírita Irmão Glacus, fui direcionado para a reunião de Educação Mediúnica, onde muito aprendi. Foi nessa reunião, em especial, que a mediunidade de psicografia despontou de forma mais ostensiva, apesar de antes já haver recebido páginas esparsas em outras reuniões. Com a ampliação da atividade da oratória espírita e trabalhando das 13h às 22h horas, todos os dias da semana, precisei me afastar da reunião mediúnica a fim de priorizar as palestras e de atender aos convites que surgiram ao encontro do meu compromisso já referido anteriormente pelo Irmão Glacus. Hoje, realizo a psicografia em meu lar, junto a um grupo de suporte, em horários determinados pela Espiritualidade. Tenho recebido várias mensagens que sempre submeto ao crivo doutrinário dos companheiros mais experientes. Algumas delas já se encontram no prelo, com o aval da Espiritualidade Superior, aguardando publicação.  

O Consolador: Você realiza um trabalho sobre a vida dos apóstolos. Conte-nos essa experiência. 

Fui convidado pelo Departamento Doutrinário da Fraternidade Espírita Irmão Glacus a realizar palestras, durante todo o ano de 2000, nas reuniões públicas da instituição. Nessas exposições, discursava sobre a vida dos doze apóstolos, um em cada mês. Ao final das palestras, diversas pessoas me procuravam pedindo-me referências e perguntando se existia algo publicado sobre o assunto. Até que, em certa ocasião, dois amigos queridos, Andreia e Samuel, convidaram-me a gravar um DVD sobre a vida de Jesus e dos Apóstolos. Aceitei o convite e, na noite de gravação da conferência, lançamos o primeiro CD da Série Apóstolos: André – O Apóstolo da alegria. O objetivo é gravar doze CDs, um para cada apóstolo. Além do primeiro, já citado, foram também lançados os CDs Simão Pedro – O Apóstolo da liderança e Tiago Maior – O Apóstolo da energia. Utilizei-me de fontes históricas, bíblicas e espíritas para compilar esse trabalho. O trabalho relativo aos doze apóstolos é o meu tesouro, a minha joia preciosa. Eu tive um imenso prazer e alegria em pesquisar, buscar a fundo a vida extraordinária desses doze homens que acompanharam o Mestre e que nos servem de exemplo, embora eles sejam pouco conhecidos no meio cristão e espírita. Realmente esta foi uma experiência ímpar, trazendo ao meu espírito valorosos ensinamentos.  

O Consolador: Como foi o desenvolvimento de sua obra em parceria com o médium Wagner Gomes da Paixão? 

Tive a oportunidade de conhecer Wagner na minha adolescência, em Brumadinho, cidade vizinha a Belo Horizonte, por meio de um tio que o havia convidado para palestrar na Casa Espírita de que, à época, ele era presidente. Após esse breve contato, encontrei-me com Wagner outras vezes na União Espírita Mineira e em eventos esporádicos dentro do Movimento Espírita. No ano de 2008, a União Espírita Mineira, por ocasião da comemoração dos seus 100 anos de fundação, realizou um Congresso. Tive então a grata satisfação de cobrir o evento para o jornal Evangelho e Ação, órgão de divulgação da instituição na qual milito atualmente, entrevistando diversos confrades. Wagner estava na lista dos entrevistados e prontamente me recebeu. Após a realização do trabalho, enviei-lhe o material, para que ele pudesse fazer as correções devidas e, posteriormente, a publicação. Após a edição da matéria, Wagner me informou que várias pessoas haviam comentado com ele a respeito do teor das perguntas realizadas com os entrevistados. Surgiu então a vontade de fazer um livro, falando sobre diversos assuntos e temas, desde os mais simples até os mais complexos. Wagner com muito carinho aceitou o convite e passei a elaborar perguntas com o auxílio especial de Lincoln, um grande amigo. Fizemos toda a obra via internet, este poderoso meio de comunicação que pode ser utilizado de forma útil em nossas vidas. Finalizado o livro, a Federação Espírita de Santa Catarina editou-o. Diálogo Espírita é um livro com 409 perguntas, respondidas, criteriosamente, por Wagner à luz da Doutrina Espírita, pautado, especialmente, em Kardec, Emmanuel e André Luiz.   

O Consolador: A mídia tem  dado grande destaque ao Espiritismo. Você, como divulgador, tem-se aproveitado disso? De que maneira? 

A mídia é um poderoso veículo de comunicação que a sociedade terrestre possui. Infelizmente, nem sempre ela está compromissada com fatos verdadeiros e/ou pesquisas idôneas. Embora a mídia, televisiva e impressa, esteja realizando um trabalho de divulgação da temática espiritualista, nós espíritas devemos tomar muito cuidado e estar prontos para esclarecer. Por ocasião do Centenário de nascimento de Chico Xavier seu nome foi estampado nos jornais, revistas e programas televisivos, mas quantos enganos e tropeços por falta de informações verídicas. Particularmente, enquanto divulgador da Doutrina Espírita, não tenho me aproveitado disso, senão quando chamado na tentativa de esclarecer algum lamentável engano. Claramente que nessa análise não incluo a Imprensa Espírita que, de forma valorosa, tem crescido bastante, alargado suas potencialidades e luzes. Porém ainda temos muito a fazer e a avançar na conquista do espaço midiático, para que os verdadeiros princípios kardequianos se espalhem devidamente, alentando corações e iluminando mentes. 

O Consolador: Percebe-se em suas palavras o apreço pelo estudo. Quais obras você indica aos leitores de nossa revista para que eles tenham um sólido conhecimento doutrinário? 

Diria aos leitores que primeiramente leiam Kardec. Muito ainda temos a aprender e estudar para que o conhecimento alargue as nossas mentes, possibilitando, por conseguinte, o entendimento das obras subsidiárias que vieram depois. Após o estudo sério das obras da Codificação, indico o estudo de André Luiz, na série Mundo Espiritual, de Emmanuel e das obras memoráveis de Yvonne do Amaral Pereira, Zilda Gama, tão esquecidas, Divaldo Franco e outros que vêm tentando realizar um trabalho sério e compromissado com a Verdade. Minha indicação seria esta, mas devo ressaltar que o espírita empenhado sabe ler tudo que lhe chega às mãos e utilizar do critério ensinado por Paulo de Tarso: “Discerni tudo e ficai com o que é bom” (I Ts 5:21).  

O Consolador: Pode deixar o contato para os leitores que quiserem conhecer mais sobre o seu trabalho? 

Podem visitar o meu blog:  http://wellersonespiritismo.blogspot.com/ 

O Consolador: Qual é a mensagem final que você deixa para os nossos leitores? 

A mensagem que posso deixar é a exortação proferida pelo nosso Divino e Amado Mestre Jesus: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (João 13:14). O dia em que nos amarmos verdadeiramente como Ele nos ama, a nossa vida adquirirá um maior sentido e seremos felizes. Chegará o dia, que não está nem muito longe, nem muito perto, em que todos nós faremos parte de um único rebanho, sob a tutela de um só pastor.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita