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O Espiritismo responde
Ano 4 - N° 159 - 23 de Maio de 2010
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)


 
 
Uma leitora nos pergunta por que Jesus de Nazaré é também chamado de Cristo pelos autores espíritas.

Em primeiro lugar, é bom recordar que a palavra Cristo [do lat. Christu e gr. Christós, 'o que foi ungido'] significa messias, redentor, ungido. Nesse sentido, o nome Cristo, referindo-se a Jesus de Nazaré, foi largamente usado por Paulo de Tarso em suas cartas, por Lucas em Atos dos Apóstolos, por João Evangelista no seu Evangelho e – em quase todas as suas obras – por Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo.

Eis algumas passagens em que Kardec o utilizou:

“A moral dos Espíritos superiores se resume, como a do Cristo, nesta máxima evangélica: Fazer aos outros o que quereríamos que os outros nos fizessem, isto é, fazer o bem e não o mal. Neste princípio encontra o homem uma regra universal de proceder, mesmo para as suas menores ações.” (O Livro dos Espíritos, introdução.)

"Entre os Espíritos inferiores, muitos há que são infelizes. Quaisquer que sejam as faltas que estejam expiando, seus sofrimentos constituem títulos tanto maiores à nossa comiseração, quanto é certo que ninguém pode lisonjear-se de lhe não caberem estas palavras do Cristo: ‘Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado’." (O Livro dos Médiuns, cap. XXV.)

“Podem dividir-se em cinco partes as matérias contidas nos Evangelhos: os atos comuns da vida do Cristo; os milagres; as predições; as palavras que foram tomadas pela Igreja para fundamento de seus dogmas; e o ensino moral. As quatro primeiras têm sido objeto de controvérsias; a última, porém, conservou-se constantemente inatacável. Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É terreno onde todos os cultos podem reunir-se, estandarte sob o qual podem todos colocar-se, quaisquer que sejam suas crenças, porquanto jamais ele constituiu matéria das disputas religiosas, que sempre e por toda a parte se originaram das questões dogmáticas.” (O Evangelho segundo o Espiritismo, introdução, item I.)

“Uma nuvem de maus Espíritos pode invadir uma localidade, e  ali se manifestar de diversas maneiras. Foi uma epidemia desse gênero que maltratou a Judeia ao tempo do Cristo; ora,  o Cristo, pela sua imensa superioridade moral, tinha sobre os demônios, ou maus Espíritos, uma superioridade moral tal que lhe bastava ordenar-lhes para se retirarem, para que eles o fizessem, e não empregava para isso nem sinais, nem fórmulas.” (Obras Póstumas, Manifestações dos Espíritos, item 60.) 

*

O motivo que, com certeza, levou Kardec a usar a palavra ora examinada está relacionado à ideia de Missionário divino atribuída a Jesus, a qual aparece com clareza em inúmeras passagens das obras de Kardec.

Vejamos:

No seu comentário à resposta dada à pergunta 625 d' O Livro dos Espíritos ("Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem, para lhe servir de guia e de modelo? R.: Vede Jesus"), o Codificador escreveu: "Jesus é para o homem o tipo da perfeição moral a que pode aspirar a humanidade na Terra. Deu no-lo oferece como o mais perfeito modelo, e a doutrina que ele ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque ele estava animado do Espírito divino e foi o ser mais puro que já apareceu sobre a Terra".

Em O Evangelho segundo o Espiritismo (cap. 1, item 4), o Codificador do Espiritismo afirma que o papel de Jesus "não foi simplesmente o de um legislador moralista sem outra autoridade além da palavra". "Ele veio cumprir as profecias que haviam anunciado a sua vinda, e a sua autoridade provinha da natureza excepcional do seu Espírito e da sua missão divina."  

E o mesmo ensino se lê em Obras Póstumas, págs. 136 e seguintes: "Jesus era um Messias divino pelo duplo motivo de que de Deus é que tinha a sua missão e de que suas perfeições o punham em relação direta com Deus." (...)  “É o filho bem-amado de Deus, porque, tendo alcançado a perfeição, que aproxima de Deus a criatura, possui toda a confiança e toda a afeição de Deus.”   

Não existe, pois, razão nenhuma para a estranheza suscitada pela pergunta de nossa leitora. 


 

 

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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita