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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 159 - 23 de Maio de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Entre a Terra e o Céu

André Luiz

(Parte 36)

Continuamos a apresentar o estudo da obra Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Como explicar a súbita mudança na vida do enfermeiro Mário Silva?

A explicação desse fato foi dada pelo Ministro Clarêncio. "Graças a Jesus, vemos nosso enfermeiro efetiva­mente modificado", comentou o Ministro. "Dir-se-ia que uma revolução explodiu dentro dele", observou André. "O amor é assim – acentuou o instrutor, imperturbável –, uma força que transforma o destino." Ele se referia à influência benéfica de Antonina sobre todos eles – Mário, Amaro e Zulmira. (Entre a Terra e o Céu, cap. XXXVIII, págs. 248 e 249.) 

B. A amizade é importante para a garantia da felicidade conjugal?

Evidentemente. A felicidade é quase impraticável nas afeições impulsivas que estou­ram do sentimento à maneira de champanha ilusória. Tais palavras foram ditas por Amaro ao enfermeiro Mário. "O amor dos namorados, com noventa graus à sombra, por vezes é simples fogo de palha, deixando apenas cinza”, disse-lhe Amaro. “À medida que se me alonga a ex­periência no tempo, reconheço que o matrimônio, acima de tudo, é união de alma com alma. Falo com o discernimento do homem que se consorciou por duas vezes. A paixão, meu caro, é responsável por todas as casas de boneca que oferecem por aí espetáculos dos mais tristes. A amizade pura é a verdadeira garantia da ventura conjugal." E Amaro concluiu: "Sem os alicerces da comu­nhão fraterna e do respeito mútuo, o casamento cedo se trans­forma em pesada algema de forçados do cárcere social". (Obra citada, cap. XXXVIII, págs. 250 e 251.) 

C. Mário Silva e Antonina acabaram se casando?

Sim. A cerimônia ocorreu na casa de Amaro e Zulmira, que gentilmente ofereceram seu lar para a festividade, a que muitos Espíri­tos acorreram. A casa estava repleta de pes­soas amigas. À noite, na casinha singela de Antonina, reuniram-se quase todos os convidados, novamente. Os recém-casados queriam orar, em companhia dos laços afetivos, agradecendo ao Senhor a ventura da­quele dia inolvidável. O lar humilde jazia tomado de entidades afetuo­sas e iluminadas, inspirando entusiasmo e esperança, júbilo e paz, para os noivos. Na sala estreita e lotada, um velho tio da noiva le­vantou-se e dispôs-se à oração. O Ministro abeirou-se dele e afagou-lhe a cabeça, e, no abençoado calor da inspiração com que Clarêncio lhe envolvia a alma, o familiar de Antonina pronunciou comovente roga­tiva a Jesus, suplicando-lhe auxiliasse a todos na obediência aos seus divinos desígnios. (Obra citada, cap. XXXVIII, págs. 252 a 254.)

Texto para leitura 

118. O amor transforma o destino - A tempestade de sentimen­tos, no grupo a que Clarêncio dava sua assistência, amainou, pouco a pouco... Júlio aguardava sem sofrimento o retorno à vida física. Zul­mira, sob a in­fluência benéfica de Antonina, renovara-se para a vida. Mário Silva, transformado pela convivência com a jovem viúva, afeiço­ara-se a ela profundamente. Sólida amizade fizera-se entre as persona­gens desta história. Semanalmente eles se visitavam, com intraduzível contenta­mento para Evelina, que se convertera em pupila de Antonina, tão grande a sua afinidade. O lar de Amaro transfigurara-se. O enfer­meiro parecia ter voltado à juventude; a camaradagem social modifi­cara-lhe a feição; perdera a taciturnidade em que a maioria dos sol­teirões mer­gulha. Amigo dos filhos de Antonina, estes fizeram dele o confidente de suas realizações. Por várias vezes Amaro e a esposa par­ticiparam do culto evangélico em casa de Antonina, retirando-se depois edificados e felizes. Aquela mulher, viúva e digna, cada vez mais crescia na admi­ração de todos e, dentro de suas possibilidades limitadas, o ferroviá­rio passou a fazer pela educação inicial dos me­ninos quanto lhe era possível, associando o enfermeiro em todos os seus empreendimentos dessa ordem. Certa manhã de domingo, Mário foi à casa de Amaro, para aguardar a chegada de Antonina com as crianças. Todo o grupo familiar iria almoçar, ao ar livre, em parque próximo. Clarêncio, vendo aquela cena, estava feliz. "Graças a Jesus, vemos nosso enfermeiro efetiva­mente modificado", comentou o Ministro. "Dir-se-ia que uma revolução explodiu dentro dele", observou André. "O amor é assim – acentuou o instrutor, imperturbável –, uma força que transforma o destino." De­pois, informou haver consultado o pro­grama traçado para a reencarnação de Antonina, que se havia comprome­tido a colaborar, maternalmente, para que Leonardo Pires obtivesse novo corpo na Terra.  Como, na con­dição de Lola Ibarruri, fora a causa do crime cometido por Leonardo, ela agora, como mãe, cuidaria de sua educação. (Cap. XXXVIII, págs. 248 e 249) 

119. Casamento requer a amizade pura - Hilário entendeu que Antonina iria casar-se com Mário Silva, mas antes que o dissesse Clarêncio elucidou: "Silva e Leonardo enlaçaram-se em complicadas dívidas um para com o outro. Desde muito tempo, cultivam o espinheiro da aversão recíproca. Induzidos agora às teias da consanguinidade, esperamos se reeduquem. Da Lei ninguém foge..." Enquanto o Ministro assim falava, Amaro disse ao enfermeiro: "Escuta, Mário. Não me assiste o direito de qualquer interferência em tua vida, entretanto, sentindo-te por meu irmão, venho refletindo acerca do futuro... Não te parece que Antonina seja a mulher digna do teu ideal de homem de bem?" Como Mário ficasse corado e nada respondesse, Amaro prosseguiu: "Desde o teu regresso à nossa amizade, observo com respeito crescente a distin­ção dessa mu­lher, cuja aproximação tem sido uma bênção em nossa casa. Moça ainda, pode fazer a felicidade de um lar que seria um santuário para as tuas experiências. Comove-me anotar-lhe os sacrifícios de mãe jovem, quando, com a tua aliança, preservaria a própria saúde, indis­cutivelmente tão preciosa a tanta gente. Já me inteirei da posição dela na fábrica em que trabalha. É querida de todos. Para muitas co­legas, tem sido a enfermeira e a irmã abnegada de sempre. Seus chefes veneram-lhe a conduta irrepreensível. Isso é admirável numa viúva de apenas trinta e dois anos. Além disso, reparo-lhe os filhinhos unidos ao teu coração, como se te pertencessem. Não te dói vê-la enfrentar sozinha a batalha em que se consome?" Mário, algo refeito da surpresa, replicou, humilde: "Compreendo... Tenho examinado essa possibilidade, no entanto, não sou mais uma criança..."  "Por isso mesmo – replicou o amigo, encorajado –, a hora presente exige método, reconforto, prote­ção... Um pouso doméstico é investimento dos mais preciosos para o fu­turo." O enfermeiro, relutante, respondeu informando que seu coração assemelhava-se "a um pássaro entorpecido": "Sinto-me francamente inca­paz de uma paixão..." "Que tolice! – asseverou Amaro, bem humorado – a felicidade é quase impraticável nas afeições impulsivas que estou­ram do sentimento à maneira de champanha ilusória..." E acentuou: "O amor dos namorados, com noventa graus à sombra, por vezes é simples fogo de palha, deixando apenas cinza. À medida que se me alonga a ex­periência no tempo, reconheço que o matrimônio, acima de tudo, é união de alma com alma. Falo com o discernimento do homem que se consorciou por duas vezes. A paixão, meu caro, é responsável por todas as casas de boneca que oferecem por aí espetáculos dos mais tristes. A amizade pura é a verdadeira garantia da ventura conjugal". "Sem os alicerces da comu­nhão fraterna e do respeito mútuo, o casamento cedo se trans­forma em pesada algema de forçados do cárcere social." O enfermeiro ouviu tais reflexões, enlevado e surpreso. Ele pensava, sim, que Anto­nina era a mulher ideal, capaz de entender-lhe o coração, e devotara-se a ela e aos três pequenos com imenso carinho e confiança que, se fosse compe­lido um dia à separação, se sentiria lesado em suas mais caras alegrias... (Cap. XXXVIII, págs. 250 e 251) 

120. Um casamento feliz - Enquanto Amaro falava, Mário ia rememorando a conduta e os gestos da jovem viúva. O valor e a humildade com que ela afrontava os mais difíceis problemas da vida tocavam-lhe as fibras re­cônditas do ser. O sacrifício pelos filhos, o desprendimento das futi­lidades, a solidariedade humana com que pautava suas relações com o próximo e, sobretudo, seu caráter cristalino, de que dava provas em todos os lances da vida comum, apareciam, naquele momento, em sua ima­ginação, de modo diferente... Longos momentos passou, assim, revivendo e meditando o passado. Depois, como se despertasse de longa fuga men­tal, encarou o amigo e lhe disse: "Amaro, tens razão. Não posso deso­bedecer ao comando da vida". Nesse ponto Antonina e os filhos chega­ram, e tal fato monopolizou as atenções de todos, que estavam muito felizes. Passados alguns dias, amigos espirituais de Antonina levaram a André e Clarêncio as notícias do contrato promissor. Mário e a jovem viúva esperavam casar-se em breves dias, o que de fato aconteceu, em casa de Amaro e Zulmira, que gentilmente ofereceram seu lar para a ce­rimônia civil, realizada na mais absoluta simplicidade. Muitos Espíri­tos acorreram à residência de Amaro, inclusive as freiras que consa­gravam ao enfermeiro particular estima. A casa estava repleta de pes­soas amigas. À noite, na casinha singela de Antonina, reuniram-se quase todos os convidados, novamente. Os recém-casados queriam orar, em companhia dos laços afetivos, agradecendo ao Senhor a ventura da­quele dia inolvidável. O lar humilde jazia tomado de entidades afetuo­sas e iluminadas, inspirando entusiasmo e esperança, júbilo e paz, para os noivos. Na sala estreita e lotada, um velho tio da noiva le­vantou-se e dispôs-se à oração. O Ministro abeirou-se dele e afagou-lhe a cabeça, e, no abençoado calor da inspiração com que Clarêncio lhe envolvia a alma, o familiar de Antonina pronunciou comovente roga­tiva a Jesus, suplicando-lhe auxiliasse a todos na obediência aos seus divinos desígnios. Terminada a prece, Haroldo, Henrique e Lisbela, vestidos de branco, distribuíram licores e guloseimas. Nesse instante, viu-se que Evelina, no fulgor de sua primavera juvenil, aceitava a proteção carinhosa de um rapaz que a fitava, enamorado. Era Lucas, ir­mão de Antonina, que morava na capital paulista e em breve se casa­ria com a primogênita de Amaro. (Cap. XXXVIII, págs. 252 a 254) (Continua no próximo número.)
 

 


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