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Crônicas e Artigos
Ano 4 - N° 158 - 16 de Maio de 2010

MARCUS VINICIUS DE AZEVEDO BRAGA
acervobraga@gmail.com

Guará II, Distrito Federal (Brasil)


Louva-ação


A palavra louvor tem na sua acepção associados os verbos elogiar, exaltar, glorificar e vangloriar. São atos que conduzem  à divulgação de virtudes ou atos valorizados por um determinado indivíduo ou grupo. A palavra louvor tomou no sentido religioso da expressão “Louvar a Deus” um sentido próprio, onde, através de cantos, orações e cerimônias, diversas denominações religiosas no decorrer da história renderam graças às suas divindades, com motivações que passam do escambo ao medo e do orgulho à fé.

O Livro dos Espíritos trata da Lei de Adoração, onde poderíamos classificar o louvor como um dos aspectos exteriores dessa adoração, ou seja, dessa relação do indivíduo com a divindade. Jesus já nos falava dessa questão, ao nos apresentar a parábola do publicano e do fariseu, que exemplifica a relação do homem com as forças maiores.

A adoração entendida como elevação do pensamento a Deus, onde a criatura reconhece a grandeza do Criador e com ele cria um elo de ligação e de afinidade – conforme nos mostram as declarações dos Espíritos –, apresenta um conceito de louvor um pouco diferente do habitualmente aceito. Mas, às vezes, não percebemos essa mudança de paradigma...

Nosso entendimento do Criador deve abandonar de vez resquícios antropomórficos e, se falamos em exaltar e glorificar, não será no sentido da lisonja, pois essas querelas do Espírito encarnado não se aplicam a Deus. O “exaltar” não é para exaltar a divindade e, sim, no sentido de individual ou coletivamente demonstrar a valorização dos sentimentos que emanam de Deus. O louvor vivo deve ser sempre associado à ação no bem, como corrobora a pergunta n° 654 de “O Livro dos Espíritos”: “Deus prefere os que o adoram do fundo do coração, com sinceridade, fazendo o bem e evitando o mal”. Francisco de Assis na Idade Média  teve seu  insight fundamentado nesta questão.

Sem fórmulas ou ritos especiais, a pedra de toque é o sentimento puro, a emanação que permita à criatura sintonizar com o Criador, independente de fatores sociais, geográficos ou étnicos. A oração como forma mais consagrada de louvor é onde a criatura se liga à fonte criadora, como o raio de luz que atinge as plantas que vivem no fundo do oceano.

Essa mudança no paradigma é importante para a condução do nosso cotidiano, onde, preocupados com aspectos exteriores, vivemos presos ainda à ideia de agradar a Deus. Essa carga atávica é muito forte, pois foram séculos da figura divina sectarista do “Senhor dos Exércitos”. Agradar a Deus é lembrar as palavras de Jesus, quando disse: “Quando fizerdes a um destes pequeninos, é a mim que o fazeis”. Qualquer outra parafernália pode se transformar em instrumento de prepostos que se arvoram a ser Deus, com seus caminhos exclusivistas, na longa sina da dominação do homem pelo homem, utilizando entre outros sistemas a religião.

Cantar, orar, louvar, agradecer... Verbos que, se “recheados” de sentimento puro, exprimem a nossa comunhão com o mais alto. No momento do testemunho, o pedido. No momento da alegria, o agradecimento. O Espiritismo vem acrescentar a esse binômio com a pergunta n° 654 de “O Livro dos Espíritos”, um terceiro vértice: O louvor. Louvar a Deus, sim, de forma sincera e coerente, no amor às criaturas e ao nosso próximo. Somente com  esse louvor sincero e construtivo, integrado e interdependente, construiremos a fé nos testemunhos e a sabedoria nos peditórios. Exaltar o bem é repeti-lo, exemplificá-lo, valorizá-lo. O bem não pode ser tímido... Se algum aspecto formal assumir valor maior no nosso louvor, a expensas de agradar ao nosso Pai, lembremos que o maior exemplo que esse Pai nos enviou nasceu em um humilde estábulo, e que na hora de ensinar o “Pai Nosso”, cercado do povo, lembrou-nos de “santificar o Seu nome, assim na Terra como no céu”. 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita