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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 158 - 16 de Maio de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Entre a Terra e o Céu

André Luiz

(Parte 35)

Continuamos a apresentar o estudo da obra Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Odila contou à Zulmira a verdade sobre a identidade do menino Júlio?

Sim. Ela explicou à Zulmira que pesados compromissos com o pretérito obrigaram-no a aceitar as dificuldades do momento, tendo a existência frustrada por duas vezes, a fim de valorizar, com segurança, a bênção da escola terrestre. "O corpo de carne é uma veste que o nosso Júlio usou de dois modos diferentes, por nosso in­termédio”, aduziu Odila, que depois acrescentou: "Como vemos, somos duas mães, partilhando o mesmo amor". (Entre a Terra e o Céu, cap. XXXVII, págs. 242 a 244.)

B. Qual foi a reação de Zulmira ante a revelação recebida?

Ela se calou, pois percebia agora que a Bondade Divina reúne as almas nos mesmos laços de trabalho e esperança do caminho redentor. Recordou, então, a animosidade que experimentara por Júlio, logo após seu casamento, e seu ciúme diante das atenções que Amaro lhe dispensava, e reconheceu que a Providência Divina, ligando-o ao coração de mãe, lhe sublimara os sentimentos. Agora sentia por ele inexpressável carinho e ilumi­nado amor. De espírito assim transformado, via em Odila não mais a rival, mas a benfeitora que lhe seguira de perto a transfiguração. Enlaçou-se então a ela, em pranto silencioso, qual se lhe fora filha a ocultar-se nos braços maternais, e Odila, imensamente comovida, correspondia-lhe às manifestações afetivas, afagando-lhe os cabelos. (Obra citada, cap. XXXVII, págs. 244 e 245.)

C. No dia seguinte, ao acordar, Zulmira lembrou-se de ter visto o filho?

Sim. Ela estava convicta de que vira Júlio e abraçara-o. Onde e como? não sabia dizer. Antonina afirmou-lhe, então, ter certeza de que ela reencontrara o filhinho no plano espiritual. "A senhora julga então possível?", indagou a dona da casa, de olhos fais­cantes. "Como não? – aduziu Antonina, confortada – a morte não existe como a entendemos. Do Além, nossos amados que partiram estendem-nos os braços." (Obra citada, cap. XXXVII, págs. 245 a 247.) 

Texto para leitura 

115. Odila conta a verdade sobre Júlio - Ante a ob­servação do Ministro, Zulmira respondeu, semidesvairada: "É meu filho!" O instrutor disse-lhe, então: "Não ignoramos que Júlio se asi­lou na Terra em teu regaço e, por isso, fomos teus companheiros na presente viagem para que ame­nizes a tua dor. Entretanto, não admitas que o egoísmo te ensombre a alma!... Certamente, o carinho materno é um tesouro inapreciável, con­tudo não devemos olvidar que todos somos filhos de Deus, nosso Eterno Pai! Acalma-te! Pede ao Senhor os recur­sos necessários para que o teu devotamento seja um auxílio positivo ao pequenino necessitado!..." To­cada por essas palavras, Zulmira desfez-se em pranto. Enlaçada afetuosamente por Odila, reconheceu a primeira esposa de Amaro e recordou a luta que haviam atravessado, quando do afogamento de Júlio. O remorso voltou a refletir-se-lhe na mente e, atribulada, exclamou: "Odila! perdoa-me, perdoa-me!... agora vejo o inferno que te impus, despreocu­pando-me de teu filhinho... Hoje pago com lágrimas minha deplorável displicência! Ajuda-me, querida irmã!... Sê para o meu Júlio a guardiã que não fui para o teu!"  Odila acari­ciou-a, compadecidamente, di­zendo-lhe: "Tem paciência! a aflição é um incêndio que nos consome... Paguemos à vida o tributo da conformação na dor, para que sejamos efe­tivamente dignas do socorro celestial..." E, beijando-a nos olhos, aduziu: "Enxuga as lágrimas que te fustigam inutilmente. A serenidade é o nosso caminho de reestruturação espiri­tual. Não te reportes ao passado... Vivamos o presente, fazendo o melhor ao nosso alcance". Respondendo-lhe, Zulmira acentuou, em tom amargo: "Agora, porém, que sofro as agruras de minha prova, penso em teu anjinho..."  Odila, con­chegando-a de encontro ao peito, conduziu-a para mais perto do menino adormecido e, apontando-o, aclarou, satis­feita: "Ouve! meu filhinho é também o teu. Júlio de hoje é o nosso Jú­lio de ontem. Pesados compro­missos com o pretérito obrigaram-no a aceitar as dificuldades do mo­mento... Em nosso aprendizado de agora, teve a existência frustrada por duas vezes, a fim de valorizar, com segurança, a bênção da escola terrestre". "O corpo de carne é uma veste que o nosso Júlio usou de dois modos diferentes, por nosso in­termédio." E sorrindo, ante a com­panheira perplexa, Odila acrescentou: "Como vemos, somos duas mães, partilhando o mesmo amor". (Cap. XXXVII, págs. 242 a 244) 

116. Zulmira tenta compreender os fatos - A revelação feita por Odila imobilizou a garganta de Zulmira, que nada pôde falar. No imo d'alma, algo lhe alterou o campo emotivo; secaram-se-lhe as lágrimas; seu olhar se fez mais brilhante. Zulmira parecia uma estátua viva que, sem resistência, deixou-se conduzir por Odila até um leito próximo, para ajustar-se ao repouso preciso. Ela agora começava a compreender: Jú­lio, prematuramente expulso da experiência material pelo afogamento, tornara ao mundo em nova tentativa que redundara em fracasso... Por quê? por quê? O pensamento dolorido tentava penetrar os segredos do tempo, arrastando-a ao passado remoto, mas o cérebro doía-lhe, dilace­rado... Não lhe era possível naquelas circunstâncias o domínio das re­miniscências, mas percebia que a Bondade Divina reúne as almas nos mesmos laços de trabalho e esperança do caminho redentor... Recordou a animosidade que experimentara por Júlio, logo após seu casamento, e seu ciúme diante das atenções que Amaro lhe dispensava, e reconheceu que a Providência Divina, ligando-o ao coração de mãe, lhe sublimara os sentimentos... Agora sentia por ele inexpressável carinho e ilumi­nado amor... De espírito assim transformado, via em Odila não mais a rival, mas a benfeitora que lhe seguira de perto a transfiguração. Enlaçou-se então a ela, em pranto silencioso, qual se lhe fora filha a ocultar-se nos braços maternais, e Odila, imensamente comovida, cor­respondia-lhe às manifestações afetivas, afagando-lhe os cabelos. Cla­rêncio sugeriu-lhe repouso e, assim, Zulmira ficou só, no descanso justo, para que o corpo denso fosse mais amplamente beneficiado pelo sono reparador. Horas mais tarde, quando o relógio da Terra marcava nove da manhã, Zulmira – cujo Espírito foi reconduzido pelos amigos à sua casa – despertou no corpo físico. (Cap. XXXVII, págs. 244 e 245) 

117. Fome de fé - Retomando o equipamento cerebral mais denso, Zulmira não conseguiu lembrar-se com detalhes da excursão ao Lar da Bênção. Guar­dava a impressão nítida de que revira o filho em "alguma parte" e se­melhante certeza lhe restaurara a calma e a confiança. Sentia-se mais leve, quase feliz, e Evelina, quando a viu pela manhã, identifi­cou-lhe as melhoras, rendendo graças a Deus. A jovem levou Antonina e Lisbela ao quarto. Zulmira as saudou, satisfeita, relatando à visi­tante as impressões renovadoras de que se via dominada e agradecendo o cuidado de que era objeto. Estava convicta de que vira Júlio e abra­çara-o... Onde e como? não sabia dizer. Antonina afirmou-lhe ter cer­teza de que ela reencontrara o filhinho no plano espiritual. "A se­nhora julga então possível?", indagou a dona da casa, de olhos fais­cantes. "Como não? – aduziu Antonina, confortada – a morte não existe como a entendemos. Do Além, nossos amados que partiram esten­dem-nos os braços." E ajuntou: "Tenho igualmente um filho na Vida Maior que vem sendo para mim precioso sustentáculo". Zulmira demons­trou invulgar interesse na conversa. Há momentos em que somos castiga­dos pela fome de fé, e Antonina era uma fonte irradiante de otimismo e firmeza moral. Enquanto Evelina e Lisbela foram atender à limpeza do lar, as duas novas amigas passaram a mais íntimo entendimento, e isso foi realmente providencial, porque, quando o grupo socorrista saiu da casa de Amaro, notou que Zulmira, de alma restaurada, ao toque de no­vas esperanças, mostrava no rosto a tranquilidade segura de abenço­ada convalescença. (Cap. XXXVII, págs. 245 a 247) (Continua no próximo número.)


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita