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Crônicas e Artigos
Ano 4 - N° 157 - 9 de Maio de 2010

JANE MARTINS VILELA
limb@sercomtel.com.br
Cambé, Paraná (Brasil)


Oportunidade aproveitada


Numa conversa fraterna com um bondoso casal amigo, de pequena cidade do estado de São Paulo, foi-nos confidenciado como se tornaram espíritas, numa época em que não tínhamos as facilidades de hoje.

Permitiram-nos contar sua história.

Em 1959, quando se casaram, dez dias após o casamento, a esposa, saudável até então, uma das moças mais belas da cidade, começou a ter terríveis quadros convulsivos. Na época, o marido, que ficticiamente chamaremos de José, era católico convicto, da Congregação Mariana – andava, até, com a gravata que identificava o fato. Ela também, a quem nominaremos Beatriz, igualmente católica ferrenha.

Ficaram compungidos com a doença. Foram ao médico, que lhes deu o diagnóstico de epilepsia, dizendo que não havia cura para o quadro e que ela deveria tomar Gardenal para o resto da vida.

A despeito do tratamento, as convulsões eram frequentes e fortes, a ponto de a família se revezar para que ela não ficasse sozinha. Uma senhora, amiga da família, os orientou a procurar socorro num Centro Espírita, alegando, dada a sua experiência, que se tratava de um caso de influência espiritual. Por desespero, eles venceram o preconceito e foram. No Centro Espírita, foram orientados a manter a medicação e tomar passes, fazer o Evangelho em casa e estudar o Espiritismo.

Beatriz, cansada da medicação, que a deixava sonolenta e como que obtusa no raciocínio, resolveu parar a medicação por conta própria. Faziam o Evangelho regularmente e enfrentavam serenamente a oposição severa da família pela nova crença.

Beatriz começou a sonhar que se encontrava com um Espírito que tinha muito ódio – uma mulher – que ela descobriu ter sido esposa de seu marido em encarnação anterior.

Foram muitos anos de estudo e evangelho. Foram se educando no Espiritismo, amansando-se, tornando-se melhores. As crises convulsivas foram diminuindo até pararem totalmente. Um dia, Beatriz sonhou com esse Espírito, que lhe disse que tinha conseguido perdoá-los e que ainda daria muitas alegrias a eles. Beatriz viu a feição da jovem, que se revelou de cabelos claros e luminosos e de expressivos olhos azuis. Ela fixou bem o olhar.

Passaram-se os anos. O único filho do casal se casou. Quando nasceu a primeira neta, eles foram visitá-la – tinha dois dias. Beatriz a pegou no colo e ela abriu os olhos e sorriu – com apenas dois dias! Eram os mesmos luminosos olhos azuis que ela fixara na memória. Ali estava o Espírito que os havia perdoado, em seus braços.

O casal nos contou que essa neta os adora, tem uma ligação especial com o avô, e hoje é uma adolescente dócil e meiga, sempre a agradá-los. Um amor imenso com eles e, para completar, não há ninguém da família, nem paterna, nem materna, que tem olhos azuis. Ela recebeu a herança genética de ambos os pais e achou um jeito de se identificar.

Esse casal, já de idade, é exemplo de trabalhadores perseverantes na cidade onde moram, na seara do Espiritismo. São felizes, recebem-nos com alegria, agindo como os cristãos dos primeiros tempos, e nos sentimos à vontade como eles, como se da família. A grande família espiritual, a família espírita.

O amor redimirá as criaturas e fará da Terra um mundo melhor, um mundo de regeneração.

Como somos felizes pelo conhecimento espírita! “O amor cobre uma multidão de pecados”, disse-nos o apóstolo Pedro, e um dia ele reunirá todas as criaturas num mesmo ideal.

Felizes os que aproveitam as oportunidades, como o José e a Beatriz, melhorando-se e cultivando amigos com a bondade que revelam.

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita