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Estudando as obras de Kardec
Ano 4 - N° 157 - 9 de Maio de 2010

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1865

Allan Kardec 

(Parte 20 e final)

Concluímos nesta edição o estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1865. O texto condensado do volume citado foi aqui apresentado em 20 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. O repouso eterno após a morte é um fato ou uma quimera?

Dissertando sobre a vida dos Espíritos, o Espírito de Sonnez afirma que o repouso eterno que os homens esperam encontrar após a morte é uma quimera. O repouso eterno não existe; aliás, nada no mundo goza de repouso, nem as montanhas, que parecem estar numa imobilidade eterna. Como a perfeição é o objetivo da criação, para atingi-la, todos – átomos, moléculas, minerais, animais, planetas e Espíritos – se empenham num movimento incessante. A vida espiritual é, assim, uma atividade incessante. (Revue Spirite de 1865, pp. 342 e 343.)

B. Pode-se dizer que o Espiritismo é uma crença?

Sim; pelo menos é isso que Kardec dizia. O Codificador escreveu que o Espiritismo é uma crença, e quem quer que creia na existência e na sobrevivência das almas, e na possibilidade de relações entre os homens e o mundo espiritual, é espírita. Muitos o são intuitivamente, sem jamais terem ouvido falar de Espiritismo ou de médiuns. É-se espírita por convicção; assim, não é necessário fazer parte de uma sociedade para sê-lo, e a prova disso é que nem a milésima parte dos adeptos frequenta reuniões. (Obra citada, pp. 353 a 356.)  

C. Os incrédulos quando desencarnam mudam de opinião?

Segundo Kardec, quando os incrédulos desencarnam são evidentemente forçados a reconhecer que ainda vivem, que a vida continua e que, como Espíritos que são, podem comunicar-se com os homens. Mas sua apreciação do mundo espiritual varia, em razão de seu desenvolvimento moral, de seu saber e da elevação de sua alma. (Obra citada, pp. 366 a 372.)  

Texto para leitura 

234. O Espírito de São Bento, reportando-se ao assunto, confirmou o que acima foi dito, isto é, que a punição de Nabucodonosor não é uma fábula. Sob o domínio de um perseguidor invisível, ele ficava privado por algum tempo do livre exercício de suas faculdades intelectuais e agia como um animal, o que transformou o poderoso déspota em objeto de piedade para todos, porquanto a Providência o tinha ferido no seu orgulho. (Págs. 337 e 338.)

235. Um assinante de Paris, referindo-se à mediunidade do vidente de Zimmerwald, lembra em carta dirigida à Revue a semelhança entre as faculdades do vidente e as de José, o chanceler do Egito. “O gênero de mediunidade que assinalais – conclui o leitor – existia, pois, entre os egípcios e os judeus.” Kardec concorda com a observação e reitera sua afirmação de que o Espiritismo não descobriu, nem inventou os médiuns, mas tão-somente as leis da mediunidade. Eis por que é ele a verdadeira chave para a compreensão do Antigo e do Novo Testamento, onde abundam fatos desse gênero. (Págs. 339 a 341.)

236. O Espírito de Sonnez, falando sobre a vida dos Espíritos, diz que o repouso eterno que os homens esperam encontrar após a morte é uma quimera. O repouso eterno não existe; aliás, nada no mundo goza de repouso, nem as montanhas, que parecem estar numa imobilidade eterna. Como a perfeição é o objetivo da criação, para atingi-la, todos – átomos, moléculas, minerais, animais, planetas e Espíritos – se empenham num movimento incessante. A vida espiritual é, assim, uma atividade incessante. (Págs. 342 e 343.)

237. Na seção de livros, a Revue informa que estava no prelo, para sair em poucos dias, a 3a edição de O Evangelho segundo o Espiritismo, revista, corrigida e modificada. (Pág. 343.)

238. O número de dezembro de 1865 começa com um apelo de Cárita, a eloquente e graciosa pedinte, em favor dos pobres de Lyon. Depois de transcrever a mensagem assinada por esse Espírito, Kardec acrescentou: “É com felicidade que nos fazemos intérpretes da boa Cárita e esperamos que ela não tenha dito em vão: abri-me! Se ela bate à porta com tanta insistência, é que o inverno aí bate por seu lado”. (Págs. 345 a 347.)

239. Em seguida, a Revue noticia a abertura de uma subscrição pública no escritório da Revue Spirite em benefício dos pobres de Lyon e das vítimas do cólera. O montante das somas recebidas e sua distribuição seriam submetidos ao controle da Sociedade Espírita de Paris. (Pág. 347.)

240. Em um artigo sobre romances espíritas, Kardec destaca dois deles: Espírita (traduzido no Brasil como O Ignorado Amor), escrito por Théophile Gautier, e A Dupla Vista, de Élie Berthet, no qual critica apenas o fato de haver apresentado a faculdade da dupla vista como uma doença. “Podem fazer-se romances sobre o Espiritismo, como sobre todas as coisas”, assevera Kardec. Quando o Espiritismo for conhecido e compreendido em sua essência, fornecerá às letras e às artes fontes inesgotáveis de deslumbrante poesia.  (Págs. 347 a 353.)

241. A Revue transcreve duas cartas dirigidas por um de seus assinantes, o Sr. Blanc de Lalésie, aos jornais Le Temps e Univers Illustré. Em ambas o missivista protesta contra as críticas injustas que vinham sendo neles publicadas reiteradamente contra o Espiritismo. A propósito dessas cartas, Kardec tece algumas considerações inéditas que importa enfatizar: I – O Espiritismo é uma crença. II - Quem quer que creia na existência e na sobrevivência das almas e na possibilidade de relações entre os homens e o mundo espiritual, é espírita, e muitos o são intuitivamente, sem jamais terem ouvido falar de Espiritismo ou de médiuns. III – É-se espírita por convicção. Por isso, não é necessário fazer parte de uma sociedade para sê-lo, e a prova é que nem a milésima parte dos adeptos frequenta reuniões. (Págs. 353 a 356.)

242. O relato de como a mediunidade da psicografia eclodiu numa jovem camponesa, quase iletrada, da pequena aldeia de E..., departamento de Aube, levou Kardec a revelar uma informação até então inédita. “Não conhecemos – disse o Codificador – um único gênero de mediunidade que não se tenha revelado espontaneamente, mesmo o da escrita.” (Págs. 357 a 359.)

243. Sob o título “Um camponês filósofo”, a Revue publica o relato que o Sr. Delanne fez a respeito de duas brochuras escritas e publicadas por um vinhateiro do interior da França, as quais têm por objeto: Deus, os anjos, as almas dos homens, a alma animal, as forças físicas, os elementos, a organização e o movimento. O autor era um humilde artesão que vivia da venda de legumes e outros produtos agrícolas. Examinando trechos das duas obras, reproduzidos pela Revue, Delanne chama a atenção para as ideias de alto alcance filosófico nelas contidas, o que demonstra que seu autor era alguém possuidor de bagagem cultural formada em existências anteriores, visto que nesta ele mal cursara a escola de sua aldeia. (Págs. 359 a 365.)

244. Tendo esses fatos sido discutidos na Sociedade Espírita de Paris, um Espírito que se intitulou Luís de França confirmou o pensamento de Delanne e, reportando-se a uma conhecida frase de Jesus, revelou que, como ao tempo do Cristo, que quis honrar e erguer o trabalhador escolhendo nascer entre os artífices, os anjos do Senhor recrutavam agora seus auxiliares entre os corações simples e honestos e os homens de boa vontade que exercem as mais humildes profissões. (Págs. 365 e 366.)

245. Quando os mais incrédulos e obstinados desencarnam, são evidentemente forçados a reconhecer que ainda vivem, que a vida continua e que, como Espíritos que são, podem comunicar-se com os homens. Sua apreciação do mundo espiritual varia, porém, em razão de seu desenvolvimento moral, de seu saber, da elevação de sua alma. Após essas considerações, Kardec transcreve na Revue quatro comunicações de pessoas bastante esclarecidas, embora incrédulas quando encarnadas, e que, situadas agora no mundo espiritual, reconhecem o erro em que incidiram na existência recém-finda. (Págs. 366 a 372.)

246. Duas comunicações do Espírito de Baluze sobre o estado social da mulher e a influência que o Espiritismo exerce e exercerá sobre a família encerram a Revue de 1865. “As mães – diz Baluze – serão realmente mães; penetradas do espírito espírita, serão a salvaguarda das filhas amadas. Ensinando-lhes o papel magnífico que estão chamadas a desempenhar, dar-lhe-ão a consciência de seu valor.” (Págs. 373 a 377.)


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita