WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 157 - 9 de Maio de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Entre a Terra e o Céu

André Luiz

(Parte 34)

Continuamos a apresentar o estudo da obra Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Ao perder seu primeiro filho, Armando quase enlouqueceu. Que fato o amparou naquela circunstância?

Ele apegou-se à religião para não soçobrar e, graças a isso, compreendeu que somente nos compete acatar os desígnios de Deus, porque não passamos de criaturas necessitadas de socorro divino, a cada instante de nossa experiência hu­mana. Ao ouvi-lo, Antonina apoiou tais ideias e disse: "Sem dúvida, sem apoio espiritual, não avan­çaríamos um passo no terreno da verdadeira harmonia íntima. A morte do corpo nem sempre é o pior que nos possa acontecer. Quantas vezes os pais são constrangidos a acompanhar a morte moral dos filhos, no crime ou na viciação que não conseguem in­terromper?" E relatou que também perdera um filho ainda pequeno, mas procurou acomodar-se à saudade sem revolta, porque a Sabedoria do Senhor não deve ser menosprezada. (Entre a Terra e o Céu, cap. XXXVI, págs. 235 a 238.)

B. Vendo que o estado de Zulmira se agravara, que fez Mário Silva?

Ele se ofereceu para doar-lhe sangue, uma providência que o médico de Zulmira havia dito ser indispensável para salvá-la. Pouco depois, a transfusão começou, enquanto Antonina, assumindo a direção da enfermagem, parecia uma figura providencial. Além de amparar a doente com carinho, auxiliou o clínico e, ainda, colaborou com Evelina para que todas as medidas alusivas à higiene se efetuassem em harmonia. Após a transfusão, a enferma reagiu favoravelmente. (Obra citada, cap. XXXVI, págs. 238 a 240.)  

C. Onde se deu o encontro de Zulmira com o Espírito de seu filho?

O encontro ocorreu no Lar da Bênção, ao qual Zulmira, em Espírito, foi levada por Clarêncio. Quando eles penetraram o berçário onde o menino repousava, sob a abnegada vigilância de Blandina e Odila, Zulmira tentou arrojar-se sobre a criança sonolenta, mas Clarêncio a conteve delicadamente. (Obra citada, cap. XXXVII, págs. 241 e 242.)

Texto para leitura 

112. A sabedoria do Pai - Armando revelou ao en­fermeiro ter passado por provação igual àquela, quando perdeu o caçula de seu primeiro matrimô­nio, estranhamente afogado numa de suas raras excursões à praia. Na­quela época, quase enlouqueceu, mas, apegando-se à religião para não soçobrar, compreendia agora que somente nos com­pete acatar os desígnios de Deus, porque não passamos de criaturas ne­cessitadas de socorro divino, a cada instante de nossa experiência hu­mana. Antonina aprovou esse pensamento, dizendo: "Sem dúvida, sem apoio espiritual, não avan­çaríamos um passo no terreno da verdadeira harmonia íntima. A morte do corpo nem sempre é o pior que nos possa acontecer. Quantas vezes os pais são constrangidos a acompanhar a morte moral dos filhos, no crime ou na viciação que não conseguem in­terromper?" E relatou que também perdera um filho ainda pequeno, mas procurou acomodar-se à saudade sem revolta, porque a Sabedoria do Se­nhor não deve ser menosprezada. Amaro disse, na sequência, ter encon­trado no Catolicismo, sobretudo na lei­tura de Santo Agostinho, abenço­ado ensejo de renovação, e, como per­guntasse se Antonina era católica, esta informou ser adepta do Espiri­tismo, o que não impedia procurarem ambos o Mestre. Daí a ins­tantes chegou a casa o médico da famí­lia, para examinar Zulmira, que adoecera com a enfermidade do filho e desde a morte dele não mais se alimentara. A conversa envere­dou, pois, para a saúde da enferma e seus desajustes psíquicos ante­riores à gravidez. Com a maternidade triun­fante, ela se renovara, re­velara-se mais alegre, readquirira a saúde plena. Com a desencarnação da criança, nova crise se instalara naquela casa e a moléstia asilara-se, de novo, entre suas quatro pare­des. O enfermeiro, a permu­tar significativos olhares com Antonina, de quando em quando mostrava sua perplexidade e desencanto com o que ou­via. A confissão de Amaro constituía um testemunho de humildade pura. Mário via que seu antagonista era um homem comum, ne­cessitado, como ele, de paz e compreensão, e não o rival arrogante e orgulhoso que ele supunha em suas elucubrações mentais. (Cap. XXXVI, págs. 235 a 238) 

113. Mário doa sangue à enferma - Após ter examinado Zulmira, o médico tornou à sala. De semblante torturado, disse ao ferroviário: "Amaro, a providência é quase impossível quando a previdência não fun­ciona. A posição de Zulmira piorou muitíssimo nas últimas horas. O soro apli­cado desde ontem não trouxe o resultado preciso. O abatimento é enorme. Creio indispensável uma transfusão de sangue ainda esta noite, para que não sejamos amanhã surpreendidos por obstáculos insu­peráveis". Amaro empalideceu. Antonina voltou-se em silêncio para Silva, como a dizer-lhe, de coração para coração: "Não hesite. É a sua hora de ajudar. Aproveite a oportunidade". O enfermeiro levan­tou-se maquinalmente e, antes que Amaro falasse qualquer coisa, ele apre­sentou-se ao médico, explicando: "Doutor, se a minha cooperação for aceita, sentirei prazer nisso. Sou doador de sangue no hospital em que trabalho. Um telefonema seu ao pediatra amigo, a quem o senhor re­correu no caso de Júlio, pode confirmar as minhas palavras". Amaro, comovido, abraçou-o reconhecidamente, mas nada mais conseguiu dizer. Antonina pôs-se à disposição de Evelina para qualquer atividade ca­seira, enquanto o médico e Silva partiam em busca do material neces­sário. Uma hora depois, a transfusão começou. Assumindo a direção da enfermagem, Antonina parecia uma figura providencial. Amparou a doente com carinho, auxiliou o clínico e, ainda, colaborou com Evelina para que todas as medidas alusivas à higiene se efetuassem em harmonia. Após a transfusão, a enferma reagiu favoravelmente, mas o enfermeiro acusou profundo abatimento, enquanto em seus olhos brilhava uma luz diferente. Ele estava reabilitado perante a própria consciência. O mé­dico ministrou-lhe, de imediato, os recursos aconselháveis, e ele per­maneceu instalado comodamente, em larga poltrona, junto dos amigos. Nas despedidas, Antonina ofereceu-se para voltar na manhã seguinte, a fim de prestar a assistência devida à enferma. Amaro ficou muito con­tente com a oferta, que aceitou de pronto, considerando a enorme difi­culdade para se encontrar uma enfermeira ou governanta nessas ho­ras difíceis. No retorno a casa, Mário, fitando a companheira de ex­cursão com reconhecimento e carinho, sentiu-se reconciliado consigo mesmo e irradiava a alegria silenciosa de quem retorna à felicidade. (Cap. XXXVI, págs. 238 a 240) 

114. Zulmira revê o filho - Quando os amigos se afastaram, Clarêncio cercou Zulmira de cuidados especiais, aplicando-lhe passes de recon­forto. A injeção de sangue renovador lhe fizera grande bem. Pouco a pouco, acomodaram-se-lhe os centros de força. Desde a desencarnação do filho, ela não desfrutara tão acentuado repouso quanto naquela hora. Clarêncio recomendou a Odila preparasse o menino para o reencontro com a mãe. Zulmira vê-lo-ia, buscando energias novas. Quando ela se reti­rou para atender à sua missão, o Ministro falou: "Um sonho reconfor­tante é uma bênção de saúde e alegria para os nossos irmãos encarna­dos". Nesse momento, Zulmira, em Espírito, levantou-se e os contem­plou, surpresa. Seu olhar estava lúcido. Clarêncio afagou-a, como se o fizesse a uma filha, rogando-lhe calma e fé; em seguida, o grupo par­tiu, em demanda ao Lar da Bênção, conduzindo Zulmira. Ela, contudo, não percebeu o espe­táculo magnificente da Natureza, porquanto, intro­vertida, só pensava na imagem da criança morta. O Lar da Bênção mos­trava-se maravilhoso. Flores de rara beleza coloriam a estrada e em­balsamavam-na de suave perfume. Aqui e ali, doces melodias vibravam no ar. Zulmira parecia, porém, insensível à beleza do ambiente, em face da tortura interior de que se via possuída, mostrando, uma vez mais, que o paraíso da alma, em verdade, reside onde se lhe situa o amor. Quando o grupo penetrou o berçário onde o menino repousava, sob a ab­negada vigilância de Blan­dina e Odila, Zulmira tentou arrojar-se sobre a criança sonolenta, sendo delicadamente advertida por Clarêncio, que a sustentou, asseve­rando: "Zulmira, não perturbes o pequenino se o amas". (Cap. XXXVII, págs. 241 e 242) (Continua no próximo número.)


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita