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Clássicos do Espiritismo
Ano 4 - N° 157 - 9 de Maio de 2010

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
 

Memórias do Padre Germano

Amália Domingo Sóler

(Parte 19)

Damos continuidade nesta edição ao estudo do clássico Memórias do Padre Germano, que será aqui estudado em 20 partes. A fonte do estudo é a 21ª edição do livro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Seis horas depois de nascer, um bebê foi arrojado ao mar por sua própria mãe. Há alguma explicação para isso?

Fatos como esse têm sua causa no passado. O Espírito do bebê mencionado foi um desses cegos que tropeçou e caiu repetidas vezes, mas chegou, finalmente, a reconhecer os próprios erros. Senhor dos mares, muita gente -- crianças, mulheres, velhos... -- sofreu sob o jugo do seu despotismo. Vilfredo -- eis o seu nome – passou por diversos tormentos e em inúmeras encarnações veio a perecer no mar, cenário dos seus crimes, lugar no qual contraiu as maiores responsabilidades. Ele, na verdade, desejaria viver para progredir, mas esse gozo não lhe podia ainda ser outorgado, e é essa a razão por que a vida sempre se lhe frustra aos primeiros anos. Tantas crianças deitou ao mar quando estorvavam suas viagens, que justo é sucumbir do mesmo modo. Surdo aos lamentos de tantas mães desoladas, justo é que as ondas fiquem surdas aos lamentos de sua mãe arrependida. (Memórias do Padre Germano, pp. 337 a 340.)

B. Que ensinamento podemos extrair do caso Vilfredo?

Ao narrar esse caso, Padre Germano ensina-nos que a lei de Deus é sempre o bem e para que um ser morra não é preciso que haja assassinos. O homem morre, naturalmente, quando lhe chega a hora, e salva-se quando tem de salvar-se, ainda em meio aos maiores perigos. Quando isso se dá, dizem que foi obra do acaso ou um milagre. Mas não há milagre nem casualidade: o que há e haverá, eternamente, é justiça, e justiça infalível! Ademais, todo aquele que se regozijou com as dores alheias não tem o direito de ser feliz. A ventura não se usurpa, mas obtém-se por direito divino, quando cumprimos todos os deveres humanos. Eis por que Vilfredo não pôde ainda ser feliz. Homem, não amou a Humanidade. Forte, oprimiu os fracos. Talentoso, só utilizou seu talento para o mal. Nada mais justo, pois, que a vida lhe seja peregrinação penosíssima e que a Natureza só lhe proporcione pungentes espinhos. (Obra citada, pp. 340 e 341.)

C. Quem foi Maria do Milagre?

Maria do Milagre, em sua anterior encarnação, tendo nascido menina, foi arrojada ao mar, numa cestinha de vime, numa manhã de primavera. Um menino, que contava então doze anos de idade, viu o berço e o recolheu, salvando a criança das águas, a qual, no mesmo dia, foi batizada com o nome de Maria do Milagre, visto que o povo simples daquela região considerara milagrosa a sua salvação. (Obra citada, pp. 345 e 346.)

Texto para leitura  

157.  No cap. 31, Padre Germano relata uma história comovente de um bebê que, com seis horas apenas de nascido, foi arrojado ao mar por sua própria genitora, infeliz mãe desesperada que buscava fugir de si mesma. (P. 337)

158. Germano diz que o Espírito daquela criança foi um desses cegos que tropeçou e caiu repetidas vezes, mas chegou, finalmente, a reconhecer os próprios erros. Senhor dos mares, muita gente -- crianças, mulheres, velhos... -- sofreu sob o jugo do seu despotismo. Um dia, nascido na maior das misérias, ele cresceu a mendigar o próprio alimento, até à idade em que pôde entregar-se a trabalhos mais rudes. Empregou-se então como grumete de uma galera que fora aprisionada em águas da Índia, exatamente nas paragens onde, no passado, ele, como pirata, semeara o terror e a morte. (PP. 338 e 339)

159. A tripulação da nave foi toda passada ao fio da espada, ao passo que a ele concederam a vida, para o internar na Índia e submetê-lo, durante quarenta e cinco anos, aos mais horrendos tratos, em que sofreu, alternativamente, os suplícios da água e do fogo, o corpo picado de flechas, quando não arrastado à cauda de fogosos cavalos. Curiosamente, não havia tortura que lhe causasse a morte, pois que todas as feridas se lhe curavam naturalmente. (P. 339)

160. Vilfredo  -- eis o seu nome -- passados esses anos de crudelíssimos tormentos, teve, ainda, várias encarnações e em todas elas veio a perecer no mar, cenário dos seus crimes, lugar no qual contraiu as maiores responsabilidades. Ele, na verdade, desejaria viver para progredir, mas esse gozo não lhe pode ser outorgado, e é essa a razão por que a vida sempre se lhe frustra aos primeiros anos. Tantas crianças deitou ao mar quando estorvavam suas viagens, que justo é sucumbir do mesmo modo. Surdo aos lamentos de tantas mães desoladas, justo é que as ondas fiquem surdas aos lamentos de sua mãe arrependida. (P. 340)

161. Padre Germano, narrando o caso Vilfredo, ensina que a lei de Deus é sempre o bem e para que um ser morra não é preciso que haja assassinos. O homem morre, naturalmente, quando lhe chega a hora, e salva-se quando tem de salvar-se, ainda em meio aos maiores perigos. Quando isso se dá, dizem que foi obra do acaso ou um milagre. Mas não há milagre nem casualidade: o que há e haverá, eternamente, é justiça, e justiça infalível! (P. 340)

162. Todo aquele que se regozijou com as dores alheias não tem o direito de ser feliz. A ventura não se usurpa, mas obtém-se por direito divino, quando se têm cumprido todos os deveres humanos. Eis por que Vilfredo não pôde ainda ser feliz. Homem, não amou a Humanidade. Forte, oprimiu os fracos. Talentoso, só utilizou seu talento para o mal. Nada mais justo, pois, que a vida lhe seja peregrinação penosíssima e que a Natureza  só lhe proporcione pungentes espinhos. (P. 341)

163. A esperança, porém, existe para ele e todas as pessoas incursas nas penas da lei incorruptível. Também para ele haverá, um dia, uma família, na qual encontrará mãe amorosa que viva a espreitar os seus sorrisos, esperando, ansiosa, o balbucio primeiro dos seus lábios. Não há inverno que não tenha primavera, como não há outono que não tenha estio. Um dia, pois, despontará para Vilfredo a aurora! (P. 343)

164. O cap. 32, intitulado “Os mantos de espuma”, é assinado por Maria do Milagre, que na última encarnação, tendo nascido menina, foi arrojada ao mar, numa cestinha de vime, em formosa manhã de primavera. Um menino, que contava então doze anos de idade, viu o berço e o recolheu, salvando a criança das águas, a qual, no mesmo dia, foi batizada com o nome de Maria do Milagre, visto que o povo simples daquela região considerara milagrosa a sua salvação. (PP. 345 e 346) (Continua na próxima edição.)


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita