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Crônicas e Artigos
Ano 4 - N° 156 - 2 de Maio de 2010

WELLINGTON BALBO
wellington_balbo@hotmail.com
Bauru, São Paulo (Brasil)

 
O casal Nardoni e a coerência da Doutrina Espírita


Em virtude do julgamento do casal Nardoni, o caso da garota Isabela, morta em março de 2008 após ser atirada do alto de um prédio, ocupou novamente grande espaço na mídia.

Natural, atitudes insanas cometidas contra crianças causam enorme comoção. O pai e a madrasta da garota foram acusados e várias pessoas reunidas para o julgamento de ambos. A sentença saiu em poucos dias e eles foram condenados.

Não vamos entrar no mérito da questão se o casal é culpado ou inocente. O ponto a ser abordado é bem outro: as penas impostas pelo tribunal humano e as impostas pelo tribunal da consciência.

Nada é mais doloroso e aprisionador do que o peso da culpa. O que são 20, 30 anos de confinamento em prisão se compararmos com as chamas da culpa queimando a consciência?

O que é a decisão de um júri humano perto da jurisprudência divina estampada na consciência de cada ser?

A pior prisão não é aquela que trancafia o corpo físico, mas, sim, aquela que atormenta a alma que se compromete com as leis divinas.

Nesse tipo de prisão não há qualquer liberdade ou tempo para banho de sol. Ela é implacável!

Frequentemente, aqueles que se enredam pelo caminho do crime são sumariamente chamados de “desalmados”. Mal sabem os acusadores que os “desalmados” habilitaram-se a penoso resgate. A Doutrina Espírita, no entanto, diverge da tese dos desalmados e explica que os chamados desalmados, marginais que segundo a opinião pública são monstros trajando o vestuário de gente, são Espíritos; Espíritos que se deixaram arrastar pelos impulsos primitivos da ira e por isso comprometeram-se em atos insanos. Pagarão por isso, sem dúvida, obedecendo à lei de causa e efeito. A consciência cedo ou tarde lhes cobrará, impondo sanções disciplinadoras e corretivas para que retomem o caminho do bem.

Quanto a nós outros, nada de violência, revide e pensamentos de revolta. Isso apenas piora a situação já tão lamentavelmente explorada pela imprensa sensacionalista.

Nossa postura deve ser cristã, serena, tranquila. Jesus recomendava piedade; se somos seus seguidores, devemos, pois, seguir seu conselho.

É um absurdo, uma atitude de total desequilíbrio agredir o advogado dos acusados, como fez um cidadão. Ele deveria estar em sua casa, cuidando de sua vida, preocupado com seus afazeres ao invés de tumultuar o que já está demasiadamente tumultuado. Diz o ditado popular: Muito ajuda quem não atrapalha. Portanto, não estejamos no rol daqueles que atrapalham. Muito melhor fazer o caminho inverso: Ajudar. Óbvio, muito mais eficaz.

Se sei que determinada situação escapa ao meu controle, que nada posso fazer para alterar o destino, o que faço? Reconheço minha pequenez e me entrego de corpo e alma em fervorosa oração, pedindo a proteção do Alto para os envolvidos. Pronto, nada além disso.

A violência apenas aumenta o clima de tensão ao invés de resolver o problema. Não podemos pagar o mal com o mal.

Os envolvidos em um caso tão doloroso estão sofrendo muito; é inadmissível sob o ponto de vista cristão atirarmos mais lenha nessa fogueira de mágoas e desencontros.

Cuidemos de nossa vida, deixemos de lado o julgamento, a acusação, os dardos mentais emitidos contra essa ou aquela criatura, porquanto cada um arcará com a responsabilidade de seus atos perante as leis da vida instituídas pelo Criador.

Podemos escapar do tribunal humano, mas não escaparemos do incorruptível tribunal da consciência. Assim sendo, inexistem razões para apelarmos à violência em qualquer situação, isso apenas demonstra o estado primitivo em que nos demoramos. Quanto ao casal, esses receberão o veredicto final da própria consciência. Se inocentes, mesmo trancafiados em inóspita prisão, estarão absolvidos pelas leis da vida. Se culpados, mesmo soltos e vivendo em confortável mansão, estarão sempre às voltas com os fantasmas de suas atitudes.

Quanto a nós? Oremos pelos envolvidos, é o melhor a ser feito.
 



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita