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Crônicas e Artigos
Ano 4 - N° 156 - 2 de Maio de 2010

EUGÊNIA PICKINA 
eugeniamva@yahoo.com.br 
Londrina, Paraná (Brasil)
   
 

Pondo-se em movimento


Sei de homens e mulheres que nunca se curaram do passado. No geral, temos em relação a isso duas atitudes: gratidão ou lamento. Mas o lamento caberia no caso de uma vida guiada por medos e pelo mal sombrio – e, por isso, sempre à espera do pior: a letargia, o desgosto, que retiram da existência o seu mistério poético, deixando-a sem viço.

Nada disso!

Em outras palavras, é sadio trabalhar a si mesmo e nossas feridas, mas contando para nós próprios a verdade de nossa alma. Insistir em viver essa verdade, ainda que sejam necessários vários anos.

Sabemos que a vida não nos é dada como uma peça de arte e dificilmente ela se apresenta, desde o nascimento, como espetacular. Ora, a vida não tem outro fim senão ela mesma, porquanto está sujeito ao fluxo da evolução... Logo, o trabalho em prol da própria Alma funcionaria como uma espécie de autossalvação. Afinal, haveria felicidade sem criação?

Sim, o passado pode ser uma catástrofe – o sentido, então, é sair dele. Ao lado disso, todo o restante da vida pode então sugerir algo novo – milagre do amanhã, embora a escuridão da noite anterior...

E esqueçamos a apatia, a gasta preguiça – frutos impuros que impregnam de solidão a alma-corpo, pois sulcam a desesperança tal qual o barco que fica preso à ilha, fixado nos cais, pois sem rumo ou destino.

Inóspitas regiões há em nós... Por isso o valor do trabalho relacionado ao autoconhecimento, que dura a existência inteira. E a vida não tem culpa deste nosso gasto pranto, muito menos de nossos repetidos lamentos que teimam em acordar fantasmas e nos impedir de desfrutar as bênçãos diárias.

Então apenas se pôr em marcha, pois é isso que nos é pedido.

É certo que as feridas da vida em sua honestidade talvez comprimam a alma ou motivem o despertar da consciência. Contudo, somente o despertar da consciência poderá trazer luminosidade à jornada, sempre sujeita a mudanças e retomadas.

Com efeito, Miguel de Unamuno lança a cada um de nós  o desafio que nos cabe: “Sacuda essa tristeza, e recupere seu espírito... Atire-se como semente enquanto caminha, e... não vire o rosto, pois isto significaria voltá-lo à morte, e não deixe o passado reprimir seu movimento”. 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita