WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudando as obras de Kardec
Ano 4 - N° 156 - 2 de Maio de 2010

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1865

Allan Kardec 

(Parte 19)

Damos prosseguimento ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1865. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 20 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. A passagem dos irmãos Davenport pela Europa foi prejudicial ao movimento espírita?

Evidentemente. A presença deles foi bastante prejudicial ao movimento espírita europeu. “Como se sabe – advertiu Kardec –, o que falta aos que confundem o Espiritismo com a charlatanice é saber o que é o Espiritismo. Sem dúvida poderão sabê-lo pelos livros, quando se derem à pena. Mas, que é a teoria ao lado da prática?” “Não basta dizer que a doutrina é bela; é necessário que os que a professam mostrem a sua aplicação.” O mau exemplo dado pelos médiuns americanos é que deu causa a esses comentários de Kardec. (Revue Spirite de 1865, pp. 315 a 316.)

B. Chegou a Kardec notícia sobre o Espiritismo no Brasil?

Sim. Sob o título “O Espiritismo no Brasil”, Kardec informa que no jornal Diário da Bahia fora publicada no dia 28 de setembro de 1865, a pedido de Luis Olympio Telles de Menezes, José Álvares do Amaral e Joaquim Carneiro de Campos, uma refutação a um artigo do dr. Déchambre, contrário ao Espiritismo, publicado no dia anterior pelo mesmo jornal. O Codificador elogiou a iniciativa dos confrades da Bahia. (Obra citada, pp. 323 a 325.)

C. A fé espírita pode ajudar na prevenção de certas enfermidades?

Sobre este assunto, Kardec diz que toda causa tendente a fortificar o moral é um preservativo e só assim, nesse sentido, é que se pode dizer que a fé espírita pode ajudar na prevenção de certas enfermidades, o que não significa que os espíritas sejam imunes a elas. A razão é simples: a fé espírita dá serenidade à alma e essa serenidade secunda a eficácia dos remédios, ao passo que a perspectiva do nada mergulha o moribundo na ansiedade do desespero que em nada contribui para a sua melhora. (Obra citada, pp. 325 a 328.)  

Texto para leitura 

221. O número de novembro de 1865 inicia-se com a transcrição de uma mensagem aprovada por unanimidade pela Sociedade Espírita de Paris e dirigida aos espíritas da França e do estrangeiro. Trata-se de uma moção de reconhecimento e apoio enviada pela Sociedade numa hora em que se redobravam na Europa os ataques contra os espiritistas. (Págs. 315 e 316.)

222. A alocução feita por Kardec na reabertura das sessões da Sociedade de Paris, ocorrida em outubro próximo passado, foi também transcrita na Revue. O Codificador fez ali, como não podia ser diferente, alusão ao grande barulho que ocorrera durante o recesso anual da Sociedade, embora não entrasse em detalhes, que ele considerava no momento inteiramente supérfluos. E pediu a todos os confrades que se unissem numa santa comunhão de pensamentos, para enfrentarem a tempestade, pondo de lado as suscetibilidades e as questões menores, em favor de algo mais importante, que é a causa espírita. (Págs. 316 a 319.)

223. Ficou evidente que a presença dos irmãos Davenport na Europa foi bastante prejudicial ao movimento espírita europeu. “Como se sabe – advertiu Kardec –, o que falta aos que confundem o Espiritismo com a charlatanice é saber o que é o Espiritismo. Sem dúvida poderão sabê-lo pelos livros, quando se derem à pena. Mas, que é a teoria ao lado da prática?” “Não basta dizer que a doutrina é bela; é necessário que os que a professam mostrem a sua aplicação.” (Págs. 315 e 316.)

224. Num artigo logo a seguir, Kardec diz que começava a acalmar-se a situação causada pelos irmãos Davenport, após a bordoada lançada pela imprensa contra eles e o Espiritismo. Este, contudo, saíra incólume aos golpes recebidos, porque muitas vozes respeitáveis se levantaram para mostrar que o Espiritismo não pode ser confundido com seus adeptos. Exemplo dessas manifestações publicadas pela imprensa é a carta do Sr. Breux, de Perpignan, divulgada a 8 de outubro pelo Journal des Pyrénées-Orientales. (Págs. 320 e 321.)

225. O Codificador, após transcrever a carta referida, acrescentou: “Todas as refutações que temos sob os olhos, e que foram dirigidas aos jornais, protestam contra a confusão que fizeram entre o Espiritismo e as sessões dos srs. Davenport. Se, pois, a crítica persiste em torná-los solidários, é porque o quer”. (Pág. 322.)

226. Em um poema intitulado “Um fenômeno”, de sua autoria, o Sr. Dombre, de Marmande, alude indiretamente ao tema tratado por Kardec, quando lembra, em sua estrofe final: “A verdade sempre tem sua contrafação:/ Cabe-nos distinguir, pela comparação,/ A verdade do embuste.” E conclui: “Para julgar direito os efeitos e as causas,/ Ao céptico faltam duas coisas:/ Um pouco de modéstia – e boa fé.” (Págs. 315 e 316.)

227. Sob o título “O Espiritismo no Brasil”, Kardec informa que no jornal Diário da Bahia fora publicada no dia 28 de setembro de 1865, a pedido de Luis Olympio Telles de Menezes, José Alvares do Amaral e Joaquim Carneiro de Campos, uma refutação a um artigo do dr. Déchambre, contrário ao Espiritismo, publicado no dia anterior pelo mesmo jornal. Elogiando a iniciativa dos confrades da Bahia, Kardec afirma que as citações textuais das obras espíritas, como eles haviam feito, são a melhor refutação das deformações que certos críticos tentam impor à doutrina, visto que esta se justifica por si mesma. (Págs. 323 a 325.)

228. Aludindo a uma carta do Sr. Repos Filho, de Constantinopla, onde o cólera acabara de fazer pelo menos 70 mil vítimas, Kardec observa que seria absurdo crer que a fé espírita pudesse ser um brevê de garantia contra a referida doença. Já estava, porém, comprovado cientificamente que o medo, enfraquecendo o moral e o físico das pessoas, torna o homem mais impressionável e mais suscetível de ser atingido pelas moléstias contagiosas. Ora, toda causa tendente a fortificar o moral é um preservativo e só assim, nesse sentido, é que se pode dizer que a fé espírita pode ajudar na prevenção de certas enfermidades, o que não significa que os espíritas sejam imunes a elas. (Págs. 325 a 328.)

229. A razão é simples: a fé espírita dá serenidade à alma e essa serenidade secunda a eficácia dos remédios, ao passo que a perspectiva do nada mergulha o moribundo na ansiedade do desespero que em nada contribui para a sua melhora. Além dessa influência moral, o Espiritismo produz outra mais material: a moderação nos hábitos e o abandono dos excessos e dos vícios, o que concorre para uma vida mais saudável. (Págs. 328 e 329.)

230. A propósito do cólera numerosas comunicações foram dadas na Sociedade Espírita de Paris, das quais a Revue  transcreveu uma delas, assinada pelo doutor Demeure. (Págs. 329 a 331.)

231. Da mensagem do dr. Demeure destacamos as informações seguintes: I – O cólera não é uma afecção imediatamente contagiosa; por isso, os que vivem onde ela grasse não devem temer prestar socorros aos enfermos. II – Não existia então um remédio universal contra essa moléstia, visto como o mal varia de conformidade com o temperamento dos indivíduos, seu estado moral, seus hábitos e o clima. III – O melhor preservativo consistia, pois, nas precauções de higiene sabiamente recomendadas pelos especialistas encarnados. IV – O medo, em casos semelhantes, é, muitas vezes, pior que o mal em si mesmo. A confiança em si e em Deus é, portanto, em tais circunstâncias, o primeiro elemento da saúde. (Págs. 329 a 331.)

232. Com o título “Um novo Nabucodonosor”, a Revue relata em todas as suas minúcias o caso do jovem Alexandre R..., que vivia na cidade de Kazan, na Rússia, onde cursava a Universidade, até que foi envolvido por uma obsessão terrível causada por seu irmão Voldemar, morto aos 16 anos. A partir daí, por mais de 20 anos, Alexandre viveu só, sem roupas, numa espécie de cabana que não possuía portas nem janelas, exposto assim ao vento e ao frio que, naquela região, chegava a 30 graus abaixo de zero. Evocado na Sociedade Espírita de Paris, o obsessor confirmou que era ele que dominava o irmão e assim o punia pelo não cumprimento de uma promessa. Um Espírito protetor, comunicando-se em seguida, confirmou a história e disse que o fato tinha origem no passado dos dois rapazes. (Págs. 331 a 337.)

233. A alusão ao rei Nabucodonosor, feita por um sonâmbulo inglês, tinha fundamento, porque Nabucodonosor – explicou o protetor espiritual – não passara de um obsidiado que agia, quando em crise, como uma fera. Alexandre R... também se comportava e dava urros como se fera fosse. (Pág. 337.) (Continua no próximo número.)


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita