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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 156 – 2 de Maio de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Entre a Terra e o Céu

André Luiz

(Parte 33)

Continuamos a apresentar o estudo da obra Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Ao tratar do tema reencarnação, que palavras disse Antonina ao enfermeiro?

Antonina disse-lhe que todos nós somos viajores no grande caminho da eternidade e que o corpo de carne é uma ofi­cina em que nossa alma trabalha, tecendo os fios do próprio destino. “Estamos chegando de longe, a revivescer dos séculos mortos, como as plantas a renascerem do solo profundo”, asseverou Antonina. (Entre a Terra e o Céu, cap. XXXV, págs. 230 a 232.) 

B. Que providência sugeriu Antonina com objetivo de asserenar o coração do enfermeiro?

Ela disse a Mário Silva que ele poderia ajudar Zulmira e Amaro, aproximando-se deles. E, enquanto lhe acariciava as mãos, convidou-o a visitarem juntos o casal sofredor, na noite se­guinte. Mário aceitou a gentileza, exultante, porque estava convencido de que, ao lado dela, en­contraria uma solução. (Obra citada, cap. XXXV, págs. 232 a 233.)

C. O pai do menino Júlio recebeu-os com afabilidade?

Sim. Amaro foi bastante afável e suas vibrações de afabilidade e carinho modificaram o íntimo do enfermeiro, permitindo ao rapaz sentir balsamizante desafogo. No tocante à morte de Júlio e à preocupação de Mário, Amaro tranquilizou-o dizendo: "Não havia motivo para tamanha preocu­pação. Desde a primeira visita médica, com­preendi que o nosso filhinho estava condenado. O soro foi o último re­curso". (Obra citada, cap. XXXVI, págs. 234 e 235.) 

Texto para leitura 

109. Somos viajores da eternidade - Descrito o próprio sofrimento, An­tonina conclamou: "Não se deixe abater, assim. Você está moço e as suas realizações no mundo podem ser as mais elevadas..." O rapaz então soluçou, desalentado: "Mas estou certo de que sou um assassino!..." Antonina retrucou: "Quem poderia confirmá-lo? É indispensável recor­demos que, atento à profissão, atendeu você a um menino completamente entregue ao domínio do crupe. O pequenino Júlio, à sua chegada, já es­taria ofegante, sob as asas da morte". Como o enfermeiro aludia ao re­morso e ao sentimento de derrota, seguido de medo de si mesmo, Anto­nina lhe perguntou, firme: "Mário, você acredita na reencarnação da alma?" E, antes que ele dissesse algo, ela prosseguiu: "Todos somos viajores no grande caminho da eternidade. O corpo de carne é uma ofi­cina em que nossa alma trabalha, tecendo os fios do próprio destino. Estamos chegando de longe, a revivescer dos séculos mortos, como as plantas a renascerem do solo profundo... Naturalmente, você, Amaro, Zulmira e Júlio estão recapitulando alguma tragédia que ficou distan­ciada no espaço e no tempo, mas viva nos corações. E, mediante o ca­rinho de sua confissão espontânea, não duvido de minha participação em algum lance da luta que motivou os acontecimentos da atualidade. Amor e ódio não se improvisam. Resultam de nossas construções espirituais nos milênios". Após tecer outras considerações sobre o assunto, Anto­nina ofereceu-se para cooperar com o seu esforço, de algum modo... "Colaborar? – atalhou o rapaz, quase alucinado – é impossível... O menino está morto..." Envolta nas irradiações de Clarêncio, Antonina alegou então: "E quem nos diz que Júlio não possa voltar à Terra? quem nos pronunciará incapazes de algo fazer a benefício da criancinha que partiu?".  "Como? como?" – indagou, atônito, o infeliz. "Escute, Má­rio" – replicou a bondosa mulher. "O egoísmo não se revela feroz tão somente em nossas alegrias. Muitas vezes, comparece também, asfixiante e terrível, em nossas dores. Isso se verifica, quando em nossa mágoa pensamos apenas em nós. Você se declara delinquente, amargurado, ven­cido, qual se fosse um herói repentinamente arrojado do altar da admi­ração pública à poeira da desconsideração". E ajuntou, objetiva: "Admito que concentrar demasiada atenção em culpas imaginárias é mera vaidade a encarcerar-nos na angústia vazia. Enquanto lastimamos a nossa imperfeição, perdemos a hora que seria justo utilizar em nossa própria melhoria". (Cap. XXXV, págs. 230 a 232) 

110. Antonina oferece ajuda - Modificando a inflexão da voz, que se fez mais firme, Antonina lembrou-lhe o padecimento de Amaro e Zul­mira, os sonhos maternos despedaçados, e propôs: por que não estender fraternos braços a eles? por que não visitá-los? por que não aprovei­tar esse mo­mento difícil para a renovação e o crescimento? Antonina então ponde­rou: "É possí­vel que a Divina Bondade esteja reservando ali algum serviço para o seu propósito de elevação. Quem sabe? A volta de Júlio pode efetuar-se. Para isso, porém, será necessário reerguer o ânimo ma­terno..." Chorando, Mário respondeu-lhe ao apelo: "Não tenho cora­gem!", ao que ela replicou, com energia: "Não, Mário! Em ocasiões des­sas, não é a coragem que nos falha e sim a humildade. Nosso orgulho neste mundo, apesar de inconsequente e vão, é por demais envolvente e excessivo. Não sabemos liberar a personalidade segregada no visco de nosso exage­rado amor próprio. Em suma, aprisionamos o coração na es­cura fortaleza da vaidade e não sabemos ceder..." Apegando-se ao socor­ro moral que lhe era lançado, o enfermeiro suplicou-lhe expusesse ela mesma o que ele deveria fazer. "Dê-me um plano", rogou o infeliz. A jovem viúva, então, sentindo-se verdadeiramente irmã dele, acari­ciou-lhe as mãos e, igualmente em lágrimas de emotividade e reconheci­mento, convidou-o a visitarem juntos o casal sofredor, na noite se­guinte. Mário aceitou a gentileza, exultante. Ele estava convencido de que, ao lado dela, en­contraria uma solução. (Cap. XXXV, págs. 232 a 233) 

111. A reconciliação - Três dias se passaram desde a desencarnação de Júlio, e Zulmira apresentava-se esgotada. No momento em que recebia a assistência magnética de Clarêncio, chegaram à sua casa Mário, Anto­nina e Haroldo. Amaro e Evelina fizeram as honras da casa. Acolhedor, embora triste, o ferroviário demonstrava seu contentamento por ver terminar ali velha e desagradável desavença. Ao lado de Mário cons­trangido e desajeitado, Antonina era toda simpatia e bondade, a cati­var, de imediato, a amizade dos anfitriões. O enfermeiro, após apre­sentá-la a Amaro, comentou a penosa impressão que lhe causara o fale­cimento de Júlio e pediu escusas por não haver reaparecido, como era do seu de­ver. A ocorrência desnorteara-o, a tal ponto que ele mesmo ficou aca­mado. Mário falava realmente comovido, porque seus olhos re­presavam-se de lá­grimas que não chegavam a cair. Aquela emotividade manifesta, aliada à sua humildade sincera, tocou o coração de Amaro, que se abriu também, amplamente. O genitor de Júlio revelou ter perce­bido a dor do enfer­meiro e confessou que sua aflição muito o comovera naquele transe di­fícil. A generosidade do ex-rival influenciou o en­fermeiro de modo decisivo. As vibrações de afabilidade e carinho que se desprendiam do aponta­mento afetuoso modificavam-lhe o íntimo, e isso permitiu ao rapaz sentir balsamizante desafogo. Ele então, repor­tando-se à tortura moral que o assaltara, assim que viu a criança inerte, deteve-se na breve descrição do complexo de culpa que o acome­tera. Teria seguido com se­gurança a indicação do médico? Não se enga­nara na dosagem? Amaro, bon­doso, tranquilizou-o, dizendo: "Não havia motivo para tamanha preocu­pação. Desde a primeira visita médica, com­preendi que o nosso filhinho estava condenado. O soro foi o último re­curso". (Cap. XXXVI, págs. 234 e 235) (Continua no próximo número.)

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita