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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 155 – 25 de Abril de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  

 

Entre a Terra e o Céu

André Luiz

(Parte 32)

Continuamos a apresentar o estudo da obra Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Por que os passes magnéticos não poderiam ajudar Mário Silva?

Clarêncio explicou: "O auxílio dessa natureza ampara-lhe as forças, mas não resolve o problema. Silva deve ser atingido na mente, a fim de melhorar-se. Requisita ideias renovadoras e, no momento, Antonina é a única pessoa capaz de reerguê-lo com mais segu­rança". E acrescentou: "Tudo na vida tem a sua razão de ser. Noutra época, Silva, na personalidade de Esteves, aliou-se a Antonina, então na experiência de Lola Ibarruri, para se afogarem no prazer pecami­noso, com esquecimento das melhores obrigações da vida. Atualmente, estarão reunidos na recuperação justa. Os que se associam na leviandade, à frente da Lei, acabam esposando enormes compromissos para o reajustamento necessário. Ninguém confunde os princípios que regem a existência". (Entre a Terra e o Céu, cap. XXXIV, págs. 224 a 226.)

B. Em situações como a de Mário Silva o desabafo ajuda?

Sim. E de novo a explicação veio de Clarêncio: "O desabafo descarregar-lhe-á a atmosfera mental, favorecendo-lhe o alívio e a recepção de elementos renovado­res". Dito isso, o Ministro abraçou-o, envolvendo-o em amorosa solicitude. Aquele amplexo afetuoso e longo pareceu a André um apelo às energias recônditas do rapaz que, de imediato, levantou-se e vestiu-se e, ignorando por que assim agia, dirigiu-se à casa de Antonina, que o acolhera carinhosamente na antevéspera. (Obra citada, cap. XXXV, págs. 227 e 228.) 

C. Que é que Antonina disse a Mário a respeito da dor e sua importância em nossa vida?

Primeiramente, Antonina disse-lhe que compreendia seu drama de homem rudemente provado na forja da vida, e relatou-lhe, em seguida, suas próprias lutas e decepções. Casando-se por amor, viu-se espoliada em suas melhores esperanças ao ser relegada pelo marido a dolorosa penúria. Depois, quando era intensa a agonia doméstica, viu um filhinho morrer ao toque das aflitivas provações que lhe flagelavam a casa. "Graças a Deus, todavia, reconheço – disse ela ao enfermeiro – que seríamos tão-somente ignorância e miséria sem o auxílio da dor." "O sofrimento é uma espécie de fogo invisível, plasmando-nos o caráter." (Obra citada, cap. XXXV, págs. 228 a 230.) 

Texto para leitura 

106. Insuficiência dos passes - André indagou ainda se a freira já es­tava informada sobre a existência de vida noutras esferas e noutros mundos. Clarêncio meneou a cabeça e respondeu: "Isso não. Ela não ofe­rece a impressão de quem se libertou do círculo das próprias ideias para caminhar ao encontro das surpresas de que o Universo transborda. Mentalmente, revela-se adstrita às concepções que elegeu na Terra, como sendo as mais convenientes à própria felicidade". Era preciso, porém, ter por ela a maior consideração pelo bem que praticava. O mo­mento de seu entendimento chegaria na hora certa, porque cada Espírito tem uma senda diversa a percorrer, como os planetas possuem rota pró­pria. No caso de Mário Silva, a lição maior a ser destacada era a da sementeira e dos seus frutos. O enfermeiro, apesar da sua ruinosa im­pulsividade, era prestimoso no atendimento aos enfermos, tornando-se credor do carinho alheio. Embora não devotado às lides religiosas, irritável e agressivo, revelava-se correto cumpridor de seus deveres e sabia ser paciente e caridoso, no desempenho das próprias obrigações, com o que granjeou a simpatia de muitos. Disso é que decorria o atendimento prestado pela irmã desencarnada. O ensinamento era efeti­vamente comovedor, mas acabou sendo interrompido pelos gemidos de Má­rio, que, impressionado com a morte de Júlio, conservava aflitivo com­plexo de culpa e tinha seu pensamento ligado ao falecido, à maneira de imagem fixada na chapa fotográfica. Mário havia passado o dia acamado, sob extrema perturbação, e nem mesmo foi à casa de Antonina, conforme previa, porquanto se sentira vencido, envergonhado. André perguntou se não seria possível socorrê-lo através de passes magnéticos, ao que Clarêncio respondeu, seguro de si: "O auxílio dessa natureza ampara-lhe as forças, mas não resolve o problema. Silva deve ser atingido na mente, a fim de melhorar-se. Requisita ideias renovadoras e, no mo­mento, Antonina é a única pessoa capaz de reerguê-lo com mais segu­rança". E acrescentou: "Tudo na vida tem a sua razão de ser. Noutra época, Silva, na personalidade de Esteves, aliou-se a Antonina, então na experiência de Lola Ibarruri, para se afogarem no prazer pecami­noso, com esquecimento das melhores obrigações da vida. Atualmente, estarão reunidos na recuperação justa. Os que se associam na levian­dade, à frente da Lei, acabam esposando enormes compromissos para o reajustamento necessário. Ninguém confunde os princípios que regem a existência". Clarêncio informou, então, que no dia seguinte à tarde eles voltariam à casa de Mário, para conduzi-lo à residência de Anto­nina. Pouco depois, a freira regressou ao aposento do enfermeiro, as­sistida por outra irmã, que os cumprimentou com atenciosa reserva. Am­bas haviam sido designadas para a tarefa de auxílio ao cooperador do­ente. A congregação encarregar-se-ia de todos os trabalhos de vigilân­cia e enfermagem espiritual, enquanto Mário assim permanecesse. (Cap. XXXIV, págs. 224 a 226) 

107. Em casa de Antonina - No dia imediato, o grupo voltou, passando primeiro pelo lar de Zulmira, cuja posição orgânica era mais aflitiva. Apesar dos cuidados médicos e da preocupação de Amaro e Evelina, a torturada mãezinha deixava-se morrer. Diante da apreensão de André, Clarêncio afirmou: "Aguardemos. Numa equipe, quase sempre a melhora de um companheiro pode auxiliar a melhora de outro. A recuperação de Silva, ao que me parece, influenciará nossa amiga, na defesa contra a morte..." Ministrado a ela o recurso magnético, o grupo foi à casa do enfermeiro, que continuava superexcitado quanto na véspera, mas abne­gadamente assistido pelas duas freiras, que persistiam, dedicadas, na oração. As religiosas deram conta de que o doente prosseguia em deses­pero, mas Clarêncio as confortou. Em seguida, tocando a fronte de Má­rio com a destra, orou sem alarde. Qual se recebesse preciosa transfu­são de forças fluídicas, Silva aquietou-se, revelando-se mais calmo, apesar de triste. Sua expressão facial transformou-se em dolorosa se­renidade. O instrutor aplicou-lhe alguns passes de auxílio e explicou que Mário necessitava ouvir a palavra de Antonina, mas estava hesi­tante, por crer-se responsável pela morte de Júlio. Acariciando-lhe a fronte, o Ministro elucidou: "O desabafo descarregar-lhe-á a atmosfera mental, favorecendo-lhe o alívio e a recepção de elementos renovado­res". Em seguida, abraçou-o, envolvendo-o em amorosa solicitude. Aquele amplexo afetuoso e longo pareceu a André um apelo às energias recônditas do rapaz que, de imediato, levantou-se e vestiu-se e, igno­rando por que assim agia, dirigiu-se à casa da família que o acolhera carinhosamente na antevéspera. (Cap. XXXV, págs. 227 e 228) 

108. O sofrimento é um "fogo invisível" - Antonina e os filhos abriram-lhe os braços, alegremente, e a pequena Lisbela dependurou-se-lhe ao pescoço, depois de um beijo comovente. A renovada mulher, preocupada, notou o abatimento de Mário e, percebendo-lhe a angústia oculta, indu­ziu-o à conversação particular, em singelo recanto da sala, onde fazia com os filhos o culto da oração. Mário, após pedir desculpas por tra­tar de assunto pessoal, desabafou por inteiro, relatando em minúcias sua convivência com Zulmira, o namoro, o rompimento do noivado, seu sofrimento, as ideias negativas e, por fim, o reencontro com a ex-noiva e o ex-rival, junto do filho agonizante. Referiu-se então ao ódio inexplicável que sentira pelo menino moribundo e expôs-lhe a con­vicção de haver contribuído para a morte da criança que detestara, à primeira vista. Antonina sentiu por ele a piedade amorosa com que as mães se dispõem ao soerguimento espiritual dos filhos sofredores e ro­gou-lhe serenidade, mas Mário, em pranto convulsivo, era um doente que reclamava mais ampla intervenção. Atraída irresistivelmente para ele, a nobre amiga ponderou, carinhosa: "Mário, quando caímos é preciso que nos levantemos, a fim de que o carro da vida, em seu movimento inces­sante, não nos esmague. Conhecemo-nos há dois dias, no entanto sinto que profundos laços de fraternidade nos reúnem. Não acredito estejamos aqui juntos, obedecendo a simples acaso. Decerto, as forças que nos dirigem a existência impelem-nos aos testemunhos afetivos desta hora. Enxugue as lágrimas para que possamos ver o caminho... Compreendo o seu drama de homem rudemente provado na forja da vida, entretanto, se posso pedir-lhe alguma coisa, rogar-lhe-ia bom ânimo". Ela relatou-lhe então as suas próprias lutas e decepções. Casando-se por amor, viu-se espoliada em suas melhores esperanças ao ser relegada pelo marido a dolorosa penúria. Depois, quando era intensa a agonia doméstica, viu um filhinho morrer ao toque das aflitivas provações que lhe flagelavam a casa... "Graças a Deus, todavia, reconheço – disse ela – que se­ríamos tão somente ignorância e miséria sem o auxílio da dor". "O so­frimento é uma espécie de fogo invisível, plasmando-nos o caráter."  (Cap. XXXV, págs. 228 a 230) (Continua no próximo número.)


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita