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Clássicos do Espiritismo
Ano 4 - N° 155 – 25 de Abril de 2010

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
 

Memórias do Padre Germano

Amália Domingo Sóler

(Parte 17)

Damos continuidade nesta edição ao estudo do clássico Memórias do Padre Germano, que será aqui estudado em 20 partes. A fonte do estudo é a 21ª edição do livro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Que recomendação Padre Germano nos fez com relação aos presidiários?

Padre Germano pede-nos com ênfase em seu livro: “Amai! amai muito os presos! Procurai instruí-los. Justo é, decerto, castigar o delinquente, mas convém, por mais justo, fazê-lo abrindo-lhe as portas da regeneração. Triturando, espezinhando o corpo do preso, apenas levais o desespero à sua alma, e ai! -- não espereis ações generosas de espíritos desesperados”. Segundo Germano, não adianta abrir Ateneus e Universidades, se antes não começarmos a instruir os criminosos, cuja ignorância os condena a perpétua servidão. (Memórias do Padre Germano, pp. 298 e 299.)

B. Padre Germano era contra os conventos?

Sim. Suas ideias a respeito disso são absolutamente claras. Ele sempre desejou que a mulher amasse a Deus “engrandecendo-se, instruindo-se, moralizando-se, humanizando-se, e não com essas virtudes tétricas e frias, que excluem o altruísmo e o perdão”. “Mulheres! – conclama Padre Germano – adorai a Deus embalando o berço dos vossos filhos, ajudando vossos pais, auxiliando vossos maridos, consolando os necessitados.” (Obra citada, pp. 312 e 313.)

C. Que dizia Padre Germano a respeito do celibato religioso?

Ao criticar o celibato religioso, Germano é peremptório: “Homens e mulheres só foram criados para se unirem debaixo das leis que regem a constituição da família, vivendo moralmente, sem violar os votos contraídos. Tudo quanto se afasta das leis naturais há de produzir o que até agora se tem visto: sombras densas, obscurantismo fatal, superstição religiosa, negação do progresso e desconhecimento de Deus”. E acrescentou: “A escola materialista deve sua origem ao abuso das religiões”. (Obra citada, pág. 314.)

Texto para leitura 

140. Muitos anos depois, um velho coberto de andrajos apareceu a Germano pedindo uma esmola destinada a crianças cujos pais estivessem encarcerados. Fazia dez anos que o ancião assim procedia, em homenagem à memória de alguém que o havia salvo das mãos dos Penitentes Negros. Todos os anos, no dia 1o de janeiro, a coleta era repartida por vinte meninos e, ao fazê-lo, o velho lhes pedia orassem pela alma de seu benfeitor -- o Padre Germano. A narrativa comoveu-o profundamente, porque ele estava diante do mesmo Lauro, a quem  havia ajudado e que supunha estivesse Germano morto.  (P. 297)

141. Parece que a morte apenas aguardara o reencontro dos dois amigos, pois Lauro, logo que se retirou daquela aldeia, tropeçou em falso, despenhou-se numa rampa e morreu, sendo seu corpo sepultado por Germano ao lado da menina pálida dos cabelos negros. (P. 298)

142. Padre Germano, em face de sua experiência, pede-nos com ênfase: “Amai! amai muito os presos! Procurai instruí-los. Justo é, decerto, castigar o delinquente, mas convém, por mais justo, fazê-lo abrindo-lhe as portas da regeneração. Triturando, espezinhando o corpo do preso, apenas levais o desespero à sua alma, e ai! -- não espereis ações generosas de espíritos desesperados”. Germano lembra que não adianta abrir Ateneus e Universidades, se antes não começarmos a instruir os criminosos, cuja ignorância os condena a perpétua servidão. (PP. 298 e 299)

143. No cap. 27, intitulado “Os votos religiosos”, Padre Germano abomina os conventos e a clausura imposta às mulheres que professam. “De uma mulher sensível é lícito esperar todos os sacrifícios e heroísmos”, assevera o pároco, que, no entanto, adverte: “se amando, ela é um anjo, transforma-se em demônio quando, fanatizada por qualquer credo religioso, a Humanidade lhe é indiferente”. “O demônio... Ah! se essa entidade existisse, se o Espírito do mal tivesse razão de ser, certo se encarnaria nas mulheres fanáticas.” (PP. 302 e 303)

144. Ouvindo tais mulheres em confissão, Germano chegava a ficar petrificado. Ignorância, servilismo e, no fundo de tudo, quanta imoralidade! “As mulheres, pode-se dizer, fazem falta em qualquer parte, menos nos claustros e nos bordéis.” (PP. 304 e 305)

145. Neste capítulo, Padre Germano conta o caso de uma jovem de nome Eloísa, a quem, por ser filha espúria de determinada dama da sociedade, o pai destinou à vida religiosa. Ajudado por Miguel, que mais tarde se tornaria seu fiel colaborador na igreja da aldeia, o Padre conseguiu libertar a moça minutos antes de professar. Levada por ele a seu verdadeiro pai, Eloísa acabou se casando com o rapaz a quem amava. Finalizando o caso, Germano confessa, com profunda satisfação, ter evitado, na última vez que viveu na Terra, mais de quarenta “suicídios”, isto é, votos religiosos. (PP. 308 a 312)

146. Suas ideias a respeito são absolutamente claras. Ele sempre desejou que a mulher amasse a Deus “engrandecendo-se, instruindo-se, moralizando-se, humanizando-se, e não com essas virtudes tétricas e frias, que excluem o altruísmo e o perdão”, informando que as mulheres que vivem em comunidades religiosas não se amam, nem se podem amar, uma vez que desdenham a educação do sentimento. “Mulheres! -- conclama Padre Germano -- adorai a Deus embalando o berço dos vossos filhos, ajudando vossos pais, auxiliando vossos maridos, consolando os necessitados.” (PP. 312 e 313)

147. Criticando o celibato religioso, Germano é peremptório: “Homens e mulheres só foram criados para se unirem debaixo das leis que regem a constituição da família, vivendo moralmente, sem violar os votos contraídos. Tudo quanto se afasta das leis naturais há de produzir o que até agora se tem visto: sombras densas, obscurantismo fatal, superstição religiosa, negação do progresso e desconhecimento de Deus”.  E acrescenta: “A escola materialista deve sua origem ao abuso das religiões”. (P. 314)

148. Soou a hora, adverte Padre Germano, de remover do Cristianismo as invencionices e os dogmas que tanto o desfiguraram, como as ideias de purgatório, inferno, limbo e céu -- lugares inventados pela casta sacerdotal --, e proclamar a todas as gentes que não há, nos limites da eternidade incalculável, senão duas coisas -- o futuro e o progresso.  (P. 314) (Continua na próxima edição.)


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita