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Crônicas e Artigos
Ano 4 - N° 155 - 25 de Abril de 2010

ALTAMIRANDO CARNEIRO
alta_carneiro@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)
 


Bibelôs que  vivem e sentem


Todos os filhos da criação são filhos do Pai e irmãos do homem... Deus quer que auxiliemos aos animais, se necessitarem de ajuda. Toda criatura em desamparo tem o mesmo direito à proteção, disse Francisco de Assis.


No Antigo Egito, os gatos eram não somente animais domésticos, mas objetos de adoração; matar um gato era crime, passível de pena de morte.

O cientista alemão Wilhelm Von Humboldt (1767-1835) disse que “o grau de evolução de um povo se mede pela forma com a qual trata os animais”.

O romancista russo Léon Tolstoi (1828-1910) afirmou que “maltratar animais  é uma demonstração de covardia e ignorância”.

No livro segundo, capítulo “Os três reinos” de O Livro dos Espíritos, questão 592, lemos que: “... No Físico, o homem é como os animais e menos bem provido que muitos dentre eles; a Natureza lhes deu tudo aquilo que o homem é obrigado a inventar com a sua inteligência, para prover às suas necessidades e à sua conservação. Seu corpo se destrói como o dos animais, isto é certo, mas o seu Espírito tem um destino que só ele pode compreender, porque só ele é completamente livre.”

Allan Kardec complementa a resposta dos Espíritos à sua pergunta (questão 593), sobre se os animais só agem por instinto: “Além do instinto, não se poderia negar a certos animais a prática de atos combinados, que denotam a vontade de agir num sentido determinado e de acordo com as circunstâncias. Há neles, portanto, uma espécie de inteligência, mas cujo exercício é mais precisamente concentrado sobre os meios de satisfazer às suas necessidades físicas e prover à conservação. Não há entre eles nenhuma criação, nenhum melhoramento; qualquer que seja a arte que admiremos em seus trabalhos, aquilo que faziam antigamente é o mesmo que fazem hoje, nem melhor nem pior, segundo formas e proporções constantes e invariáveis. Os filhotes separados de sua espécie não deixam de construir o seu ninho de acordo com o mesmo modelo, sem terem sido ensinados. Se alguns são suscetíveis de uma certa educação, esse desenvolvimento intelectual, sempre fechado em limites estreitos, é devido à ação do homem sobre uma natureza flexível, pois não fazem nenhum progresso por si mesmos, e esse progresso é efêmero, puramente individual, porque o animal, abandonado a si próprio, não tarda a voltar aos limites traçados pela Natureza”.

Sobre a linguagem dos animais, os Espíritos esclarecem (questão 594) que não têm uma linguagem formada de palavras e sílabas, mas têm um meio de se comunicarem entre si. “Eles dizem muito mais coisas do que supondes, mas a sua linguagem é limitada, como as próprias ideias, às suas necessidades”.

A respeito do  livre-arbítrio, a questão 595 deixa claro que os animais não são simples máquinas, “mas sua liberdade de ação é limitada pelas suas necessidades e não pode ser comparada à do homem. (...) Sua liberdade é restrita aos atos da vida material”.

Quanto à aptidão de alguns animais para imitar a linguagem do homem, a questão 596 diz que é devido à conformação particular dos órgãos vocais, secundada pelo instinto da imitação. “O símio imita os gestos; certos pássaros imitam a voz.”

Uma questão instigante é a da destruição dos seres vivos uns pelos outros. No item 20 do capítulo III do livro A Gênese,  Allan Kardec enfatiza que essa destruição é uma das leis da Natureza e que “o conhecimento do princípio espiritual, considerado em sua verdadeira essência, e da grande lei da unidade que constitui a harmonia da criação, é o único que pode dar ao homem a chave do mistério...; a verdadeira vida do animal, tal qual a do homem, não se encontra no envoltório corporal, como também não se encontra em seu vestuário; ela está no princípio inteligente, que preexiste, e que sobrevive ao corpo...”

Há, no animal um princípio independente da matéria e que sobrevive ao corpo. Uma alma, se assim o quisermos classificar, mas inferior à do homem. “Há, entre a alma dos animais e a do homem, tanta distância quanto entre a alma do homem e Deus.” (questões 597 e 597-a).

Esse princípio é o princípio inteligente. “Os Espíritos são individualizações do princípio inteligente, como os corpos são individualizações do princípio material.”  (questão 79)

Complementando  o assunto, esclarecem os Espíritos (questão 598), que a alma dos animais conservam sua individualidade, mas não a consciência de si mesma. “A vida inteligente permanece em estado latente.”

A alma do animal “fica numa espécie de erraticidade, pois não está unida a um corpo. Mas não é um Espírito errante. O Espírito errante é um ser que pensa e age por sua livre vontade; o dos animais não tem a mesma faculdade. É a consciência de si mesmo que constitui o atributo principal do Espírito. O Espírito do animal é classificado, após a morte, pelos Espíritos incumbidos disso, e utilizado quase imediatamente; não dispõe de tempo para se pôr em relação com outras criaturas”. (questão 600)

No  seu caminho evolutivo,  um dia a alma animal inicia a longa caminhada da espécie humana, em direção à angelitude. Quando o princípio inteligente atinge o grau necessário para ser Espírito e entra no período de humanidade, não tem mais relação com o seu estado primitivo e não é mais a alma dos animais, como a árvore não é a semente.

Seguindo a lei do progresso,  compreendemos que os animais também sofrem. Emmanuel considera que “ninguém sofre tão-somente para resgatar o preço de alguma coisa”. E Herculano Pires, na obra O mistério do ser ante a dor e a morte, registra: “Sofrem porque evoluem e porque toda evolução, consciente ou inconsciente é sempre acompanhada das dores do parto que anunciam as transações evolutivas para planos superiores... A dor apresenta-se em todo o cosmos, como decorrência natural dos processos evolutivos”. 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita