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Crônicas e Artigos
Ano 4 - N° 154 - 18 de Abril de 2010

MARCUS VINICIUS DE AZEVEDO BRAGA
acervobraga@gmail.com

Guará II, Distrito Federal (Brasil)


O velho Chico

“O rio atinge os seus objetivos porque aprendeu a contornar obstáculos.”
André Luíz em “Agenda Cristã”


Nascido na Serra da Canastra, no belo Estado de Minas Gerais, o Rio São Francisco atravessa o Estado da Bahia, fazendo a divisa ao norte com Pernambuco, bem como constituindo a divisa natural dos estados de Sergipe e Alagoas, tendo sua foz no oceano Atlântico, perfazendo 2.830 km de extensão. Chamado de Opará pelos indígenas pré-cabralianos, é também chamado de rio da Integração Nacional, rio dos currais ou carinhosamente de “Velho Chico”. Ele dá vida ao Sertão, com seu nome inspirado em Francisco de Assis, o sol que iluminou a Idade Média na busca de resgatar a essência do amor do Cristo. Apresenta grandes trechos navegáveis, irriga plantações, é palco de lazer para os turistas, sendo um rio de grande importância econômica, social e cultural. Ele banha cinco estados da Federação, contando com 90 afluentes pela margem direita e 78 afluentes pela margem esquerda, num total de 168 afluentes, sendo 99 deles perenes. Sua história se confunde com a história de nosso país, sendo palco de romances e vidas, imbricado à alma do brasileiro.

Nascido a 2/4/1910 em Pedro Leopoldo, no belo Estado de Minas Gerais, Francisco Cândido Xavier psicografou quatrocentos e doze livros, vindo a desencarnar aos 92 anos de idade, em 30/6/2002, em decorrência de parada cardíaca. Foi e é conhecido como “Chico Xavier”, ou mesmo “Chico Amor Xavier” ou o “Cândido Chico Xavier”. Ele dá vida ao Sertão da Alma e seu nome foi inicialmente Francisco de Paula Cândido, dado em homenagem ao santo católico Francisco de Paula, sendo substituído pelo nome paterno de Francisco Cândido Xavier, logo que rompeu com o catolicismo. Apresenta uma biografia gloriosa, mas de muitas lutas, transportando mensagens do além para os que necessitam e irrigando incessantemente o coração das pessoas, com as suas palavras e o seu exemplo. Sua vida foi palco de grandes momentos da vida nacional no século XX, tendo grande importância para a caminhada espiritual da humanidade. Cândido no nome e apesar de “Chico”, era grande nas atitudes. Sua história se confunde com a história de nosso país, nos ofertando romances e vidas, imbricado à alma do brasileiro.

O Brasil, e em especial os espíritas, se prepara para comemorar este ano o centenário de nascimento de Chico Xavier, esse rio caudaloso que arrastou o nosso povo à prática do bem. Apesar do que muitos pensam, a grandeza e a perenidade de Chico não se fez pelos seus dons mediúnicos e sim pelo que ele fazia deles. O seu exemplar mandato mediúnico, com disciplina e humildade, esclareceu, consolou e orientou a vida das pessoas, servindo de paradigma para a “Mediunidade com Jesus”. Esse momento de comemorações não deve ser o de alimentar discussões, tais como se Chico foi Kardec, ou se vai nascer de novo em breve, ou se a mensagem psicografada é mesmo dele. Essas atitudes beiram o personalismo com que nós açodamos os médiuns, como budistas que tentam descobrir o Buda reencarnado, e em última análise contrariam o que ele disse e vivenciou na Terra como médium. Importa nestas comemorações refletirmos sobre a sua mensagem, o seu exemplo e quanto ainda falta caminhar. Importa, acima de tudo, a homenagem íntima no altar do nosso coração.

O Rio São Francisco deságua no litoral do belo Estado de Alagoas. Chico, na sua eterna Minas Gerais, voltou ao mar da Pátria Espiritual em um dia de festa. Assim como o rio é atacado diariamente pela poluição, nosso Chico foi e é atacado pela incompreensão. O Rio São Francisco, com seus inúmeros afluentes, se espalha pelo sertão levando a vida. Chico, com as sua psicografia, se espraia pela história de nosso país, espalhando o amor e a esperança. Assim como o Rio São Francisco chega ao seu destino, aprendendo a contornar obstáculos, seguiu Chico em sua vida tortuosa, contornando com amor as dificuldades para prosseguir na sua missão, rememorando a lição por ele mesmo psicografada.

Neste 2010 que já caminha célere, em que a nossa mente, por uma questão cronológica, se volta para o “velho Chico”, pensemos que o nosso coração, para além de dados e fatos, deve se voltar para o “novo Chico”, na herança que dele recebemos e que frutifica e se renova a cada dia, nas palavras abençoadas que, como faróis, guiam aqueles que navegam no tortuoso mar da vida.  


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita