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Crônicas e Artigos
Ano 4 - N° 154 - 18 de Abril de 2010

JANE MARTINS VILELA
limb@sercomtel.com.br
Cambé, Paraná (Brasil)


Fagulhas de amor
 

“Os cientistas estão descobrindo nesse momento que viver, como se viver e amar fosse uma coisa só, é a única forma de vida para os seres humanos, porque, realmente, essa é a forma de vida que a natureza inata do homem exige.” – Ashley Montagu. 

“O homem não tem escolha a não ser o amor. Pois quando não o faz, encontra suas alternativas na solidão, na destruição e no desespero.”  

Estas duas frases foram retiradas do livro Amor, de Leo Buscaglia, maravilhoso livro, que vale a pena ler. 

A Doutrina Espírita no-lo afirma sempre quando nos convida a amar, e assevera que o Espírito,  quando mais instruído, delicado, sensível, tem sentimentos, e o ponto máximo do sentimento é o amor. Frase também conhecida por todos os espíritas, a do Espírito de Verdade, quando assevera: “Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo”. 

Jesus, o cancioneiro máximo do amor, nos disse que seus discípulos seriam reconhecidos pelo muito que se amassem e ainda mais: “Um só mandamento eu vos deixo, um só mandamento eu vos dou: que vos ameis uns aos outros”. 

Quando observamos o nosso mundo e vemos tantas pessoas maravilhosas a amar, nosso coração se enche de júbilo, porque há milhares de pessoas entendendo isso e porque o amor cresce na face da Terra, onde se verifica a evolução paulatina dos sentimentos através dos milênios. 

Estamos vivendo numa época de transformações, nós o sabemos. Espíritos de diversos graus  evolutivos convivendo uns com os outros, compreensões diversas, sentimentos diferentes. Há aqueles que já entendem o amor e amam, deixando lições de afetividade comovedoras, há os que passam na indiferença, há os que caminham ainda na agressão. 

Um dia, o amor imperará na Terra. Até lá ainda veremos cenas como a que assistimos outro dia, a busca dos bens materiais, a ânsia pelo ter, separando famílias, afastando os afetos... 

Conheci dias atrás uma senhora cinquentenária, com sua netinha, uma linda mestiça de três anos, que beijava ternamente a avó e acariciava-lhe o rosto, numa demonstração evidente de afeto e de que já sabe dar afeto.  

Essa avó nos disse que cuida da neta desde que a menina nasceu, pois a mãe trabalha o dia todo e o pai está no Japão. Eles moraram no Japão por oito anos, vieram para cá, a mãe ficou grávida. Quando a menina tinha cerca de nove meses, o pai retornou ao Japão e a mãe ficou aqui, onde trabalha o dia todo. Quando vem buscar a menina, esta chora porque quer ficar com a avó, que é quem cuida dela e lhe dá o principal, o afeto, alimento do espírito. 

Nada de novidade há nisso, pois acontece com a maioria dos que trabalham fora, ausentes dos filhos. A avó, no entanto, derramando lágrimas, disse-nos que a menina só conhece o pai pelas imagens do computador e que, dias antes, falando com ele, começou a acariciar o computador, como se fosse ele o próprio pai. Aí a avó não aguentou, chorou. Que triste essa separação dos amores por causa do dinheiro! 

Compilando o trecho de um artigo do jornal do Conselho Federal de Medicina, de janeiro de 2008, lá está: 

“As mudanças no funcionamento da família, quando os pais deixam de se fazer presentes na educação dos filhos, graças à crescente necessidade de ascensão social e do desejo consumista de sucesso, dinheiro e status, causam a completa inversão de valores de uma sociedade que qualifica os seus membros pelo que possuem e não pelo que efetivamente são. A dignidade da pessoa humana é trocada pela falsa dignidade do acúmulo de bens e capital”. 

Ainda nesse artigo, reportando-se aos jovens, a essa geração, lemos: 

“Eles hoje sabem mais do que sabíamos sobre violência, medo, amor, sexo e depressão. E sofrem mais do que sofríamos. Se ontem precisávamos desesperadamente do abrigo de uma boa família e de pais amorosos e seguros, atualmente os jovens precisam dez vezes mais de pais que os ouçam, percam tempo com eles, dialoguem, discutam os problemas e lhes mostrem que a maturidade é experiência que vale a pena. A ternura e a renúncia ainda são as duas grandes virtudes que mantêm uma família unida e que asseguram aos jovens uma razão de viver...” 

O texto publicado pelo jornal do CFM está em perfeita concordância com o que nos ensina o Espiritismo, pois que, como sabemos, o amor é a destinação dos homens. 

O caso da menininha citado nesta crônica não é único. Milhares de famílias se encontram separadas... Graças à bondade divina, há uma avó que a ama e permite a ela desenvolver afeto.

Não nos cansemos jamais! Que seja o amor o nosso móvel até que definitivamente habite em nós! Amemos sempre mais até que possamos compreender que por muito que amarmos na vida, no estágio em que nos encontramos na Terra, o máximo de amor será apenas uma minúscula fagulha do grande amor divino. 

Amemos com todo o sentimento e em todas as ações, e um dia o amor viverá em nós e, uma vez plenos de amor, poderemos ensinar outros a amarem e, nesse dia, nosso mundo será feliz, porque felizes seremos nós! 


 


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