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Estudando a série André Luiz
Ano 4 - N° 154 – 18 de Abril de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  


Entre a Terra e o Céu

André Luiz

(Parte 31)

Continuamos a apresentar o estudo da obra Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Por que Zulmira se encontrava prostrada e em situação lastimável?

Ela ainda rememorava a cena do afogamento de seu enteado, sem imaginar que o retivera nos braços como filho, e pensava que a perda deste era uma punição por sua culpa. A morte de Júlio constituía, no entanto, dolorosa pena imposta ao seu coração. A pobre mulher reconhecia-se esma­gada; o complexo de culpa retomara-lhe o cérebro e enfermara-lhe o co­ração. Após examiná-la e ver diver­sos medicamentos à cabeceira, Clarêncio informou: "O remédio de Zul­mira é daqueles que a farmácia não possui. Virá dela mesma. Precisamos refazer-lhe a esperança e o gosto de viver. Descontrolou-se-lhe, de novo, a mente. Desinteressou-se da luta e a abstenção de alimentos acarreta-lhe a inanição progressiva". (Entre a Terra e o Céu, cap. XXXIV, págs. 218 e 219.) 

B. Que entidade assistia o enfermeiro Mário em sua casa?

Era uma freira desen­carnada que rezava junto dele. Ela ali estava, desde algumas ho­ras, em ser­viço de vigilância, pois o estado de Mário era francamente anormal e ela temia a intromissão de Espíritos "diabólicos". A freira colaborava no hospital onde trabalhava Mário Silva, de quem ela disse, piedosa: "É um cooperador devotado às crianças doentes e a cuja assiduidade e carinho muito passamos a dever". E, numa linguagem genuinamente cató­lica ro­mana, ajuntou: "Muitas almas benditas têm descido do Céu para teste­munhar-lhe agradecimento”. (Obra citada, cap. XXXIV, págs. 220 e 221.) 

C. A que organização pertencia a bondosa irmã?

Ela pertencia a uma organização espiritual de servido­res católicos, dedicados à caridade evangélica. "Temos diversas insti­tuições dessa natureza, em cujos quadros de serviço inúmeras entidades se preparam gradualmente para o conhecimento superior", acrescentou o Ministro, explicando que todas as escolas religiosas dispõem de gran­des valores na vida espiritual. "Nas religiões – aditou Clarêncio –, o campo da sublimação está povoado pelos Espíritos generosos e libe­rais, conscientes de nossa suprema destinação para o bem, ao passo que, nas linhas escuras da ignorância, ainda enxameiam as almas pesa­das de ódio e egoísmo". (Obra citada, cap. XXXIV, págs. 221 a 224.) 

Texto para leitura 

103. Zulmira adoece - Na noite seguinte, Odila – que já sabia do drama vivido no passado por seus familiares – veio buscar socorro para Zul­mira, que se arrojara a profundo abatimento, recusando remédio e ali­mentação. Era mais de meia-noite, na cidade, quando Clarêncio e seus dois pupilos atravessaram a porta acolhedora da casa de Amaro. Zulmira jazia no leito em prostração deplorável. Emagrecera de modo alarmante. Fundas olheiras roxas contrastavam com a acentuada palidez do rosto. Rememorava ainda a cena do afogamento de seu enteado, sem imaginar que o retivera nos braços como filho. Pensava que a perda deste era uma punição por sua culpa, mas a morte do filho constituía dolorosa pena imposta ao seu maternal coração. A pobre mulher reconhecia-se esma­gada. O complexo de culpa retomara-lhe o cérebro e enfermara-lhe o co­ração. Valeria a pena erguer-se e viver? Após examiná-la e ver diver­sos medicamentos à cabeceira, Clarêncio informou: "O remédio de Zul­mira é daqueles que a farmácia não possui. Virá dela mesma. Precisamos refazer-lhe a esperança e o gosto de viver. Descontrolou-se-lhe, de novo, a mente. Desinteressou-se da luta e a abstenção de alimentos acarreta-lhe a inanição progressiva". Não seria saudável para ela re­encontrar-se com o menino? A essa pergunta de Hilário, Clarêncio res­pondeu afirmativamente; contudo, Júlio precisava ainda de pelo menos uma semana de absoluto repouso. (Cap. XXXIV, págs. 218 e 219)

104. Auxílio a Mário - O Ministro entrou em ação, aplicando-lhe recursos magnéticos, com o concurso de André. A tensão nervosa de Zulmira atin­gira, porém, o apogeu e apenas conseguiram sossegá-la, sem conduzi-la ao sono reparador. Odila, fortalecida, tomava-a aos seus cuidados, quando ocorreu um fato imprevisto. Mário Silva, desligado do corpo fí­sico, com a rapidez de um relâmpago penetrou o quarto, de olhos esga­zeados, como um louco, contemplou a doente por alguns instantes e afastou-se. Clarêncio elucidou o acontecido: "É sabido que o crimi­noso habitualmente volta ao local do crime. O remorso é uma força que nos algema à retaguarda". E, dito isso, avisou: Mário voltará. Com efeito, o enfermeiro, pouco depois, retornou ao aposento de Zulmira e, fixando a enferma, rojou-se de joelhos, exclamando: "Perdão! per­dão!... sou um assassino! um assassino!..." Em seguida, antes que fosse auxiliado pelo grupo socorrista, projetou-se para fora da casa. Clarêncio, condoído com o que viu, dispôs-se a soerguê-lo. Num átimo, eles se dirigiram à casa do enfermeiro, onde este vivia um pesadelo aflitivo, contido no leito à custa de poderosos anestésicos. Uma freira desen­carnada rezava junto dele. Interrompendo a prece, a irmã os saudou com simpatia, informando que ali estava, desde algumas ho­ras, em ser­viço de vigilância, pois o estado de Mário era francamente anormal e ela temia a intromissão de Espíritos "diabólicos". Clarêncio não de­clinou sua posição. "É enfermeira?", perguntou o instrutor. Ela disse não ser propriamente do serviço de saúde, mas colaboradora no hospital onde Mário trabalhava. Fitando o rapaz, acrescentou, piedosa: "É um cooperador devotado às crianças doentes e a cuja assiduidade e carinho muito passamos a dever". E, numa linguagem genuinamente cató­lica ro­mana, ajuntou: "Muitas almas benditas têm descido do Céu para teste­munhar-lhe agradecimento. Isso tem acontecido tantas vezes que, com alguns médicos e assistentes, fez-se credor das melhores atenções de nossa Irmandade". (Cap. XXXIV, págs. 220 e 221)

105. Onde vivem os ouvidos de Deus - Clarêncio perguntou à irmã como soubera que Mário estava assim tão conturbado. Ela não fora notificada diretamente, contudo, como ele não compareceu às tarefas habituais, isso foi suficiente para indicar que algo de grave estava acontecendo. Sua superiora a designara para verificar o que havia e, desde então, encontrava-se presa naquela casa, porque não supunha a existência de tantos Espíritos das trevas na vizinhança. A freira explicou então que trabalhava sob a direção de Madre Paula, que lhe explicou "ser a en­fermagem nas casas públicas de tratamento uma forma de purgatório be­nigno, até que possamos merecer novas bênçãos de Deus". No leito, Má­rio gemia inquieto, e Clarêncio passou a afagar-lhe a fronte. A irmã acercou-se respeitosamente do Ministro e disse, calma: "Irmão, Madre Paula costuma dizer-nos que os ouvidos de Deus vivem no coração das grandes almas. Estou certa de que escutastes minhas rogativas. Tenho-vos por emissários da Corte Celeste. Acredito que, desse modo, me com­pete a obrigação de confiar-vos nosso doente". Dito isso, a freira au­sentou-se, prometendo voltar em breve tempo. Clarêncio informou então que a bondosa irmã pertencia a uma organização espiritual de servido­res católicos, dedicados à caridade evangélica. "Temos diversas insti­tuições dessa natureza, em cujos quadros de serviço inúmeras entidades se preparam gradualmente para o conhecimento superior", acrescentou o Ministro, explicando que todas as escolas religiosas dispõem de gran­des valores na vida espiritual. "Nas religiões – aditou Clarêncio –, o campo da sublimação está povoado pelos espíritos generosos e libe­rais, conscientes de nossa suprema destinação para o bem, ao passo que, nas linhas escuras da ignorância, ainda enxameiam as almas pesa­das de ódio e egoísmo". "Achamo-nos em evolução e cada um de nós res­pira no degrau em que se colocou." A freira teria penetrado a verdade com que fomos surpreendidos depois da morte? A essa pergunta de An­dré, Clarêncio respondeu, de forma enigmática: "Cada Inteligência só recebe da verdade a porção que pode reter". "Mas essa freira sabe que deixou o mundo, sabe que desencarnou e prossegue, assim mesmo, como se via antes?", indagou André. "Sim", confirmou Clarêncio, imperturbável. (Cap. XXXIV, págs. 221 a 224) (Continua no próximo número.)
 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita