WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

 
Clássicos do Espiritismo
Ano 4 - N° 154 – 18 de Abril de 2010

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
 

Memórias do Padre Germano

Amália Domingo Sóler

(Parte 16)

Damos continuidade nesta edição ao estudo do clássico Memórias do Padre Germano, que será aqui estudado em 20 partes. A fonte do estudo é a 21ª edição do livro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Que fato levou muitos nobres e sacerdotes a mudar-se para a aldeia em que Germano vivia?

Após sangrenta guerra que acometeu o país, a peste semeou a desolação e o terror pelas cidades fratricidas. A aldeia onde Germano vivia fora uma das poucas em que a epidemia não fez vítimas, o que foi atribuído à Fonte da Saúde, cuja água, segundo o vulgo, era preservativo de todas as moléstias. Foi por isso que o lugar foi invadido por nobres e sacerdotes que, em vez de ficarem nas suas dioceses, para ali acorreram, por medo da peste. (Memórias do Padre Germano, pp. 268 a 270.)

B. Que palavras Padre Germano disse a respeito da ociosidade e do desespero?

Ele escreveu: “Se a ociosidade é mãe de todos os vícios, o desespero é o pior conselheiro do homem”. “A fome - lembra ele - irrita, a sede enlouquece, e de um louco se pode esperar todas as loucuras.” Enquanto os ricos forem muito ricos e os pobres muito pobres, cometer-se-ão crimes na Terra. É que os primeiros, demasiado felizes, enfarados de suas fortunas, entregam-se à desordem das paixões, em busca de sensações novas, ao passo que os pobres, no seu desalento, sorrindo de amarga ironia, dizem: “Já que Deus não se lembra de nós, vivamos como se Ele não existisse; esqueçamos suas leis, já que a Providência nos não sorriu”. (Obra citada, pág. 283.)

C. Como Padre Germano gostaria que os sentenciados fossem tratados?

“Eu queria o castigo do criminoso – diz ele -, mas queria, igualmente, que se lhe desse instrução, que o moralizassem, que lhe fizessem conhecer o remorso.”  Foi essa ideia que o levou, certa vez, a penetrar os subterrâneos da fortaleza guardada pelos Penitentes Negros, onde ele encontrou indivíduos presos, de pé, em nichos gradeados com fortes barras de ferro, sem poderem sentar-se, à falta de espaço. Inflamado pelo fogo da inspiração divina, Germano foi até o Rei e conseguiu convencê-lo a dar aos acusados um julgamento justo nos tribunais civis, sendo-lhe preciso forte poder de persuasão, visto que o soberano não desejava malquistar-se com os Penitentes Negros, sabendo que daí lhe poderia advir a morte, mais cedo ou mais tarde. (Obra citada, pp. 287 a 292.)

Texto para leitura 

131. Neste capítulo, Germano narra um fato ocorrido em seu país quando, após sangrenta guerra, a peste semeou a desolação e o terror pelas cidades fratricidas. A aldeia onde ele vivia fora uma das poucas em que a epidemia não fez vítimas, o que foi atribuído à milagrosa Fonte da Saúde, cuja água, segundo o vulgo, era preservativo de todas as moléstias. Por causa disso, o lugar foi invadido por nobres e sacerdotes que, em vez de ficarem nas suas dioceses, para ali acorreram, por medo da peste. (P. 268)

132. Entre os bispos chegados à aldeia, veio um, de nome Favônio, que se valia da religião para dissimular bastardas ambições e que muito havia trabalhado para fazer da Fonte da Saúde um comércio lucrativo para a Igreja. Entendendo que a epidemia fora provocada pela cólera de Deus, o bispo assim o disse, do púlpito da velha igreja, o que levou Padre Germano a contraditá-lo publicamente. Deus jamais se encoleriza, pois é superior a todas as paixões humanas, esclareceu Germano, explicando que a peste sobrevém às guerras, não como castigo, mas como consequência da infecção atmosférica pela decomposição de centenas de cadáveres, cujos gases deletérios contaminam o ar. No mesmo sermão, Padre Germano censurou seus colegas por haverem abandonado suas paróquias e seus fiéis, no momento em que poderiam lhes ser mais úteis. (PP. 269 e 270)

133. Na sequência de seu discurso, Padre Germano rejeitou o sofisma religioso que atribuía valor miraculoso à água da Fonte da Saúde e reiterou que jamais consentiria na realização dos sonhos de alguns bispos. “Enquanto eu viver, não se abusará aqui da credulidade religiosa”, afirmou Germano, adiantando que aquele, dos ali presentes, que mais bebera daquela água iria morrer antes de reentrar no seu palácio. Referia-se a Favônio, o bispo que falara, do púlpito, aos fiéis daquela aldeia. (PP. 273 e 274)

134. A predição quanto à morte do bispo Favônio realizou-se integralmente, visto que ele morreu, de morte natural, em meio da viagem de regresso à sua cidade. (P. 281)

135. No cap. 26, “Os encarcerados”, Padre Germano adverte: “Se a ociosidade é mãe de todos os vícios, o desespero é o pior conselheiro do homem”. “A fome -- lembra ele -- irrita, a sede enlouquece, e de um louco se pode esperar todas as loucuras.” Enquanto os ricos forem muito ricos e os pobres muito pobres, cometer-se-ão crimes na Terra. É que os primeiros, demasiado felizes, enfarados de suas fortunas, entregam-se à desordem das paixões, em busca de sensações novas, ao passo que os pobres, no seu desalento, sorrindo de amarga ironia, dizem: “Já que Deus não se lembra de nós, vivamos como se Ele não existisse; esqueçamos suas leis, já que a Providência nos não sorriu”. (P. 283)

136. O pároco diz que os presos sempre tiveram nele um defensor decidido e que seu trabalho favorito era inspirar resignação e esperança aos habitantes dos presídios, que são, incontestavelmente, os seres mais desgraçados do planeta. (P. 285)

137. As masmorras o revoltavam. “Eu queria o castigo do criminoso -- lembra Padre Germano --, mas queria, igualmente, que se lhe desse instrução, que o moralizassem, que lhe fizessem conhecer o remorso.”  Foi essa ideia que o levou, certa vez, a penetrar os subterrâneos da fortaleza guardada pelos Penitentes Negros, onde ele encontrou  indivíduos presos, de pé, em nichos gradeados com fortes barras de ferro, sem poderem sentar-se, à falta de espaço, tendo ainda argolas nos pés, na cintura e no peito, que os prendiam à parede. (PP. 287 a 289)

138. Padre Germano conseguiu conversar com vários dos encarcerados, entre eles Lauro, que era inocente do crime que lhe fora imputado. Inflamado pelo fogo da inspiração divina, Germano pôs-se a caminho e conseguiu convencer o próprio Rei a dar aos acusados um julgamento justo, nos tribunais civis, sendo-lhe preciso forte poder de persuasão, visto que o soberano não desejava malquistar-se com os Penitentes Negros, sabendo que daí lhe poderia advir a morte, mais cedo ou mais tarde. (PP.  290 a 292)

139. O processo daqueles acusados custou a Germano noites e noites de insônia, perseguições sem conto, ameaças terríveis, mas ele teve, enfim, a ventura de ver Lauro em liberdade. Os demais tiveram pena proporcional à sua falta, mas seus bens ficaram na posse de suas respectivas famílias. (P. 294)(Continua na próxima edição.)


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita