WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco
 
Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 153 - 11 de Abril de 2010

WELLINGTON BALBO
wellington_plasvipel@terra.com.br
Bauru, São Paulo (Brasil)
 

Edir Macedo, Allan Kardec e D. Petronilda

 
Em entrevista à TV Record, o bispo Edir Macedo afirmou ser contra as religiões, visto que muitas guerras foram disseminadas e fomentadas em nome delas. Ele foi além e disse que o importante é o caráter da pessoa e isso não depende de denominação religiosa. 

O que o bispo diz trata-se somente de verdade parcial, não podemos generalizar, porquanto o mal não está na religião, mas, sim, no fanatismo. É do fanatismo que deriva a intolerância religiosa, não raro tingindo de sangue terras que, ironicamente, são chamadas de santas. 

No entanto, o bispo não está totalmente equivocado e para justificá-lo recorro ao inesquecível Allan Kardec, quando desfraldou a bandeira: Fora da caridade não há salvação. É verdade, caro leitor, o bispo Edir Macedo provavelmente se apoiou em Allan Kardec para proferir aquelas palavras na entrevista, pois perceba que Kardec não disse: Fora do Espiritismo não há salvação ou fora da Igreja não há salvação. Ele foi claro: Fora da caridade não há salvação. Portanto, pouco importa a religião seguida pelo indivíduo, pois o importante serão suas atitudes e posturas perante a vida, o próximo e si mesmo. 

A propósito, os próprios Espíritos benévolos em O Livro dos Espíritos afirmam que para conseguir sucesso existencial o primordial é a prática do bem. Logo, fácil compreender que nenhuma religião contém o passaporte para a felicidade além túmulo, porquanto para que gozemos da paz de consciência o importante é, como afirma Kardec, praticar a sublime virtude da caridade. 

Aliás, nisso reside a justiça divina, pois coloca o sucesso espiritual em nossas mãos, independentemente da religião que professamos. Consequentemente, pouco importa se vamos à Igreja Universal do Reino de Deus ou ao Centro Espírita, porque o que vale são nossas atitudes. 

Por isso a relevância de destacar a vida de D. Petronilda, personagem real de algumas das crônicas que escrevi. D. Petronilda sempre vivenciou em plenitude a máxima inspiradamente exposta por Kardec: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO. De sua boca brotavam palavras de esperança reconfortando aflitos da alma, de suas mãos o carinho para os necessitados e com seus parcos rendimentos supria as necessidades de seus irmãos de caminhada. 

Certa vez presenteou com moderna máquina de lavar uma amiga que trabalhava lavando roupas e havia quebrado o braço. Detalhe: a compra fora efetuada em diversas prestações e pagas regularmente com seus rendimentos. Seu desprendimento era notável. Não foram poucas as ocasiões em que socorreu os vizinhos com sua boa vontade para o trabalho de auxílio ao próximo. Colaborava com as mamães de primeira viagem arrumando a casa para que elas pudessem cuidar do bebê com mais tranquilidade. Tudo isso era feito em suas poucas horas de folga. Uma incansável e anônima trabalhadora do bem. Infelizmente não tive a oportunidade de passar grandes momentos ao seu lado. Tudo que eu sabia sobre essa pequena grande mulher devia-se a relatos que me chegavam por conhecidos em comum. Um dia, porém, tive a chance de vê-la na formatura de seu filho e que coincidentemente era minha formatura também. Aquela mulher de semblante sereno não sabia, mas na multidão havia alguém que muito a admirava. 

Certamente ela também não sabe, mas sempre relatei seus exemplos em palestras. A propósito, neste final de semana enquanto eu divulgava a vida de D. Petronilda nas cidades de Americana e Santa Bárbara, ela se mudava para a pátria espiritual. Os médicos que a atenderam ao longo dos quatro meses de sua enfermidade relatam sua impressionante serenidade ante as dificuldades do já cambaleante corpo físico. Ela não reclamava, a única coisa que pedia era sua bíblia, queria partir lendo as palavras do Mestre. Sua religião? Ah, isso pouco importa, pois como afirmou Kardec é a caridade que nos abre as portas da felicidade, e isso não faltou a D. Petronilda.


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita