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Joias da poesia contemporânea
Ano 3 - N° 153 - 11 de Abril de 2010
 

 

 Teatro

Lulu Parola (Aloísio Lopes Pereira de Carvalho)

 

Quanto caboclo iludido

No esforço de ovacionar!

Quanto tempo, em vão perdido!

Mas, amanhã, sem ruído,

Dona Morte vai chegar!...

 

Vejam vocês, minha gente,

Que teatro original!

Dentro dele quem não sente

O poder da nossa mente,

Nossa cultura ideal?

 

Quanta buzina que soa!

Quantos carros em ação!

Vejam só quanta pessoa,

Gente rica e gente à-toa...

Hoje é dia de função!

 

Que moderna arquitetura!

Colunatas no jardim,

Decoração, escultura,

E paredes com pintura

De uma beleza sem fim!

 

Brilha a riqueza excessiva!

Luz solar em profusão.

Muita música festiva,

E criança que se esquiva

Circulando no saguão.

 

Mas em meio ao vozerio,

Rápido, surge um senhor

Em pleno palco vazio.

Silêncio quase sombrio

No recinto encantador.

 

A exibição que se espera

Afinal vai começar!

O povo que se aglomera

Olha o ator de cara austera,

Ele agora vai falar!

 

Surgirão flores e cenas?

Arte e ciência também?

Montagens grandes, pequenas?

Bons episódios que apenas

Falem da força do bem?

 

Nada disso! Ai nossos calos!

Escutem! Todos vão ver!

Nem gritos e nem abalos!

É a grande briga de galos,

De matar ou de morrer!...

 

Quanto caboclo iludido

No esforço de ovacionar!

Quanto tempo, em vão, perdido!

Mas, amanhã, sem ruído,

Dona Morte vai chegar!...

 

 

Aloísio Lopes Pereira de Carvalho, jornalista e poeta de humor fino e original, nasceu em Salvador-BA em 27-3-1866 e faleceu na mesma cidade em 2-2-1942. Manteve de 1891 a 1919 uma seção diária de versos humorísticos no Jornal de Notícias, de Salvador, intitulada «Cantando e Rindo», assinando-a Lulu Parola, pseudônimo literário com que se popularizou. Foi um dos fundadores da Academia de Letras da Bahia, deputado estadual, redator de A Tarde, de 1925 até o dia de sua desencarnação. O poema acima consta do livro Antologia dos Imortais, obra psicografada pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita