WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco
 
Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 152 - 4 de Abril de 2010

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)


As demoradas e obscuras preparações da matéria

Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei.


“(...) A vida do homem é como o Sol das regiões polares durante o estio. Desce devagar, baixa, vai enfraquecendo, parece desaparecer um instante por baixo do horizonte. É o fim, na aparência; mas, logo depois, torna a elevar-se, para novamente descrever a sua órbita no céu”. - Léon Denis

Segundo o fiel discípulo de Kardec, Léon Denis , “a morte é apenas um eclipse momentâneo na grande revolução das nossas existências; mas basta esse instante para revelar-nos o sentido grave e profundo da vida. A própria morte pode ter também a sua nobreza, a sua grandeza. Não devemos temê-la, mas, antes, nos esforçar por embelezá-la, preparando-se cada um constantemente para ela, pela pesquisa e conquista da beleza moral, a beleza do Espírito que molda o corpo e o orna com um reflexo augusto na hora das separações supremas.

(...) A carne é um sonho; ela se dissipa. Se esse desvanescimento fosse o fim do homem, tiraria à nossa existência toda sanção. Quem quer que ame, sabe e sente que nenhum dos pontos de apoio do homem está sobre a Terra. Amar é viver além da vida. Sem esta fé, nenhum dom perfeito do coração seria possível; amar, que é o objetivo do homem, seria seu suplício. Esse paraíso seria o inferno. Não! Dizemo-lo bem alto, a criatura amante exige a criatura imortal. Para onde vamos após esta vida? Para a sombra? Não. Somos nós (encarnados) que estamos na sombra. Os chamados “mortos” estão na aurora; na irradiação, na verdade, na realidade, na recompensa, procurando lá no Alto a serenidade suprema.

O prodígio dessa grande partida celeste que se chama morte é que aqueles que partem não se afastam. Estão num mundo de claridade, mas assistem, testemunhas enternecidas, ao nosso mun¬do de trevas. Estão no alto, e muito perto. Vós que tendes visto desaparecer no túmulo um ser querido, não vos creiais abandonados por ele. Ele está ao vosso lado mais do que nunca. A beleza da morte é a presença; presença inexprimível das almas amadas sorrindo aos nossos olhos em lágrimas. O ser chorado desapareceu, mas não partiu. Não lhe percebemos mais seu doce rosto... Os mortos são os invisíveis, mas não são os ausentes. Rendamos justiça à morte. Não sejamos ingratos para com ela. É um erro crer que na obscuridade do túmulo tudo se perde. Muito pelo contrário: Aqui tudo se reencontra. O túmulo é um lugar de restituição. Aqui a alma recobra o infinito; aqui ela recupera a sua plenitude; aqui ela reentra na posse de sua misteriosa natureza; está desligada do corpo, desligada da necessidade, desligada do fardo, desligada da fatalidade...

A morte é a maior das liberdades, a ascensão resplandecente e sagrada”.

Para lograrmos a luz da Espiritualidade Maior, precisamos primeiramente vencer as trevas existentes em nossa intimidade, daí a necessidade dos estágios nos sombrios mundos materiais para as devidas depurações.

Ensina ainda o nobre conterrâneo de Kardec (1):

“(...) O Universo transborda de vida física e psíquica. Por toda parte o imenso formigar dos seres, a elaboração de almas que, quando escapam às demoradas e obscuras prepa¬rações da matéria, é para prosseguirem, nas etapas da luz, a sua ascensão magnífica”.

 

[1] DENIS, Léon. O Problema do Ser, do Destino e da Dor. 232. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2000, pp. 129-132.


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita