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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 152 - 4 de Abril de 2010

MARCOS PAULO DE OLIVEIRA SANTOS 
mpoliv@bol.com.br
Taguatinga, Distrito Federal (Brasil)
 

Jogaram água na fervura


Ainda recordo-me do alvoroço em escala global causado pela candidatura de Barack Obama, cujo lema “Yes, we can” (Sim, nós podemos), deixou a todos embevecidos e com esperanças de um mundo melhor. Dentre os discursos proferidos por Obama no acalorado período de eleições daquele país, estava o fim da guerra no Iraque, já que uma parcela considerável do seu partido era contrária à guerra e aos vultosos investimentos nas ações bélicas. Mas, paradoxalmente, ele mesmo era favorável ao incremento da força no Afeganistão.  

Ele – um homem jovem, negro, inteligente e portador de um carisma mundial –, defendeu as instituições família e religião; apregoava o amor à pátria, instigando o ufanismo quase irracional dos norte-americanos... Obama era o arquétipo ideal da “mudança”. E por isso merecia a vitória sobre o conservador McCain. 

O tempo passou...  

E a Obamamania foi tão intensa que os comitês e instituições que realizam a escolha do prêmio Nobel da Paz decidiram homenageá-lo. Certamente, esses organizadores estavam delirando e sofriam (como a população mundial) de altos picos de febre. Em verdade, Obama não fez nada pela concretização da paz mundial, ao contrário, sua política sub-reptícia fomenta cisões e o mundo estertora. 

Na entrega do galardão, Obama asseverou ser adepto da filosofia da não-violência de ícones mundiais como Martin Luther King e Mohandas Gandhi, todavia, justificou que em determinados contextos para a preservação da paz faz-se necessária a guerra. Asseverou que “onde a força for necessária, temos um interesse estratégico e moral em respeitarmos determinadas regras de conduta. E mesmo quando enfrentamos um adversário imoral, que não respeita regra nenhuma, acredito que os Estados Unidos devem permanecer exemplares no respeito pelas leis da guerra”.     

Em dezembro de 2009, ele enviou 30 mil soldados norte-americanos ao Afeganistão; constantemente fez solicitações ao congresso americano de maiores investimentos em armamentos de guerra, para a manutenção da irracionalidade humana. Teve um intrincado problema com a prisão em Guantánamo. E, recentemente, vendeu armas a Taiwan aumentando a tensão nas relações com a China. Sem mencionarmos a guerra (que ele não fez questão de lutar e a única que se justifica) contra os graves problemas climáticos que solapam o planeta Terra e que foi alvo de muita discussão e pouca ação em Copenhagen.

Uma flagrante contradição: querer a paz, fomentando guerras. (Viva a hipócrita beleza americana!).  

Não existem justificativas para as guerras. Quando se vai para um confronto armado é porque a racionalidade, que nos difere dos animais ditos inferiores, foi colocada de lado e somente a ação por meio da força se faz sentir. Tola ação da “civilização” hodierna. Não se esperam essas atitudes de um Nobel da Paz. Definitivamente, jogaram água na fervura. O caldo desandou, perdeu o sabor.  

Ele é mais um que perpetua as políticas anteriores de Bush. (Ainda há tempo para mudança, se ele de fato acreditar no “Yes, we can” e adotar políticas mais humanitárias.) 

Mas Obama deve compreender que não foi com guerras que Albert Schweitzer, Martin Luther King Jr., Madre Teresa de Calcutá concretizaram mudanças significativas no mundo, se fizeram ouvir, serem respeitados e seguidos por multidões (diga-se de passagem, que todos esses foram laureados com o Nobel da Paz). E tampouco foram outorgados presidentes de nações. Mas foram considerados líderes globais, porque suas filosofias e suas crenças de amor e respeito ao próximo pautaram suas ações que contagiaram toda a família humana. Aliás, essa deve ser a postura de todos aqueles que militam nas lides espiritistas.          

 


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