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Estudando as obras de Kardec
Ano 3 - N° 152 - 4 de Abril de 2010

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1865

Allan Kardec 

(Parte 15)

Damos prosseguimento ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1865. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 20 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Que ensina de novo o Espiritismo?

Esta questão foi o tema de abertura do número de agosto de 1865 da Revue. Comentando o assunto, Kardec admitiu, inicialmente, que o Espiritismo nada inventou, porque as verdades são eternas e, por esse motivo, devem ter germinado em todas as épocas. É o caso dos ensinamentos relativos à reencarnação, às penas eternas, à imortalidade, ao perispírito e a tantos outros. E acrescentou que o Espiritismo tinha ainda muito o que ensinar e jamais pretendeu ter dito a última palavra. Seu a, b, c foram as mesas girantes, mas ele não parou aí e deu desde então, e em poucos anos, passos bem grandes. (Revue Spirite de 1865, pp. 219 e 220.)

B. Qual é o objetivo essencial do Espiritismo?

Seu objetivo essencial é o melhoramento dos indivíduos. Os mistérios que o Espiritismo nos pode revelar são a parte acessória, porque isso de nada adianta se não formos melhores. É, pois, no seu melhoramento individual que todo espírita sincero deve trabalhar, antes de tudo. Só aquele que dominou suas más inclinações aproveitou realmente o Espiritismo e receberá a sua recompensa. Eis por que os bons Espíritos, por ordem de Deus, multiplicam suas instruções e as repetem à saciedade. (Obra citada, pág. 221.) 

C. Os resultados do Espiritismo limitam-se, então, aos ensinos morais?

Não. Eles não se limitam aos ensinos morais, mas abrangem outros aspectos adiante sintetizados: 1. Ele fornece a prova patente da existência e da imortalidade da alma. 2. Pela firme crença que desenvolve, exerce uma ação poderosa sobre o moral do homem, levando-o ao bem, consolando-o nas aflições e dando-lhe força e coragem nas provações da vida. 3. Retifica as ideias falsas a respeito do futuro da alma, do céu, do inferno, das penas e das recompensas, descerrando aos olhos do homem a vida futura. 4. Revela o que se passa no momento da morte e a desvela ao homem. 5. Com a pluralidade das existências abre um novo campo à filosofia e explica a causa das misérias humanas e das desigualdades sociais. 6. Dá a conhecer o mecanismo das sensações e das percepções da alma e dos fenômenos espíritas. 7. Prova as relações existentes entre o mundo corporal e o mundo espiritual, mostrando neste último uma das forças ativas da natureza. 8. Revela a causa das obsessões e dá os meios de as curar. 9. Faz-nos conhecer as verdadeiras condições da prece e seu modo de ação, revelando-nos a influência recíproca entre encarnados e desencarnados. 10. Dá-nos a conhecer a magnetização espiritual, antes ignorada, abrindo ao magnetismo uma nova via e conferindo-lhe um novo e poderoso elemento de cura. (Obra citada, pp. 222 e 223.)  

Texto para leitura

169. Na seção de livros, a Revue anuncia a nova edição do livro O que é o Espiritismo, de Kardec, consideravelmente aumentada. Ali se informa também que estava no prelo, para aparecer em agosto, como de fato ocorreu, o livro O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina segundo o Espiritismo. (Págs. 216 e 217.)

170. Que ensina de novo o Espiritismo? Este é o tema de abertura do número de agosto de 1865, que mereceu de Kardec alentadas considerações. (Págs. 219 e 220.)

171. Kardec admite, inicialmente, que o Espiritismo nada inventou, porque as verdades são eternas e, por esse motivo, devem ter germinado em todas as épocas. É o caso dos ensinamentos relativos à reencarnação, às penas eternas, à imortalidade, ao perispírito e a tantos outros. (Págs. 219 e 220.)

172. Não teria sido, porém, alguma coisa havê-los tirado do esquecimento? ter provado o que antes estava em estado de hipótese? ter demonstrado a existência de uma lei no que parecia fortuito?  (Pág. 220.)

173. O Espiritismo – observa Kardec – tem ainda muito o que ensinar e jamais pretendeu ter dito a última palavra. Seu a, b, c foram as mesas girantes, mas ele não parou aí e deu desde então, e em poucos anos, passos bem grandes. (Pág. 220.)

174. Os que reclamam novidades e novas revelações precisam antes esclarecer se já aproveitaram o que a doutrina espírita ensinou, porquanto só com o auxílio dessas instruções, se as aproveitarem, é que poderão elevar-se bastante para se tornarem dignos de receber um ensinamento superior.  (Pág. 221.)

175. O Espiritismo tende para a regeneração da humanidade. Ora, não podendo essa regeneração operar-se senão pelo progresso moral, resulta daí que seu objetivo essencial, providencial, é o melhoramento de cada um. Os mistérios que ele nos pode revelar são a parte acessória, porque isso de nada adianta se não formos melhores. É, pois, no seu melhoramento individual que todo espírita sincero deve trabalhar, antes de tudo. Só aquele que dominou suas más inclinações aproveitou realmente o Espiritismo e receberá a sua recompensa. Eis por que os bons Espíritos, por ordem de Deus, multiplicam suas instruções e as repetem à saciedade. (Pág. 221.)

176. Os resultados do Espiritismo, contudo, não se limitam apenas aos ensinos morais, mas abrangem aspectos outros que adiante sintetizamos: I – Ele fornece, como todos sabem, a prova patente da existência e da imortalidade da alma. II – Pela firme crença que desenvolve, exerce uma ação poderosa sobre o moral do homem, levando-o ao bem, consolando-o nas aflições e dando-lhe força e coragem nas provações da vida. III – Retifica as ideias falsas a respeito do futuro da alma, do céu, do inferno, das penas e das recompensas, descerrando aos olhos do homem a vida futura. IV – Revela o que se passa no momento da morte e a desvela ao homem. V – Com a pluralidade das existências abre um novo campo à filosofia e explica a causa das misérias humanas e das desigualdades sociais. VI – Dá a conhecer o mecanismo das sensações e das percepções da alma e dos fenômenos espíritas. VII – Prova as relações existentes entre o mundo corporal e o mundo espiritual, mostrando neste último uma das forças ativas da natureza. VIII – Revela a causa das obsessões e dá os meios de as curar. IX – Faz-nos conhecer as verdadeiras condições da prece e seu modo de ação, revelando-nos a influência recíproca entre encarnados e desencarnados. X – Dá-nos a conhecer a magnetização espiritual, antes ignorada, abrindo ao magnetismo uma nova via e conferindo-lhe um novo e poderoso elemento de cura. (Págs. 222 e 223.)

177. Dizem que os espíritas só sabem o a, b, c do Espiritismo. Aprendamos, então, a soletrar esse alfabeto – aconselha Kardec. E isso não é problema para um dia, porque passará muito tempo antes de haver o Espiritismo esgotado todas as combinações e recolhido todos os frutos. Os espiritistas já lançaram a semente em toda a parte? não restam mais incrédulos a converter, obsidiados a curar, consolações a dar, lágrimas a enxugar? Aí estão nobres ocupações que valem bem a vã satisfação de as saber um pouco mais e um pouco mais cedo que os outros.  (Págs. 224 e 225.)

178. A Revue  transcreve do livro intitulado: Mês de Maria, do padre Défossés, o relato feito pelo padre Dégenettes, antigo cura da igreja de Notre-Dame des Victoires, de Paris, o qual explica como nasceu a 3 de dezembro de 1836 a obra da arquiconfraria do Coração de Maria. O padre revela ali ter sido claramente intuído por uma voz que, vindo de seu íntimo, lhe dizia: “Não farás nada, teu ministério é nulo. Vê, há quatro anos estás aqui; que ganhaste? Tudo está perdido, este povo não tem mais fé. Por prudência deverias retirar-te!” Noutro momento, a voz acrescentou: “Consagra tua paróquia ao santíssimo e imaculado Coração de Maria”. Como a voz se fez ouvir outra vez, o padre, para se livrar dessas ideias, passou a compor os estatutos da associação, o que logrou fazer com extrema facilidade. Assim nasceu a arquiconfraria. (Págs. 225 a 228.)

179. Comentando o fato, Kardec diz que o fenômeno da mediunidade auditiva foi ali de máxima evidência. A reprodução do fenômeno é indício certo de que ele se realizou em virtude de uma lei e que, por isso, não sai da ordem natural. Aliás, fatos análogos ao do padre Dégenettes estão no número dos mais vulgares entre os mediúnicos; as comunicações por via auditiva são muito numerosas. (Pág. 228.)

180. O Sr. Delanne, que transmitiu a Kardec o fato acima relatado, juntou ao seu relato uma comunicação do Espírito do padre Dégenettes, obtida pela sra. Delanne, na qual o sacerdote confirma ter possuído na última existência corpórea o dom da mediunidade, que ele então ignorava. Diz Kardec que o padre Dégenettes comunicou-se depois diversas vezes, ditando palavras dignas da elevação de seu Espírito. (Págs. 228 a 230.)

181. A respeito desse padre, Kardec refere um caso curioso que Dégenettes relatou certa vez durante um sermão proferido em sua igreja: Uma pobre operária sem trabalho, depois de orar na igreja, encontrou na saída um senhor que lhe disse: “Buscai trabalho; ide à rua tal, procurai a sra. Fulana de tal: ela vo-lo arranjará.” A pobre agradeceu e foi ao endereço indicado, onde realmente precisavam de uma empregada. O que intrigou a senhora foi o fato de ela ficar sabendo, visto que nada dissera a qualquer pessoa. A operária começou a trabalhar e logo deparou um retrato no salão. “Olhai, senhora”, disse ela, “o senhor que me mandou foi este” e apontou o retrato. “Impossível”, respondeu-lhe a dona da casa, “este retrato é de meu filho morto há três anos”. A operária replicou: “Não sei como é isto; mas o reconheço perfeitamente”. (Pág. 230.)(Continua no próximo número.)


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita