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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 151 - 28 de Março de 2010

LEDA MARIA FLABOREA
ledaflaborea@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

Falando com você 


– Alô, é Fulano?
 

– Sim, sou eu! 

– Sou Beltrana, amiga de sua mãe... 

– Pois não! 

– Desculpe-me por interromper suas férias, bem merecidas com certeza..., mas eu gostaria de lhe dizer que sua mãe foi internada. 

– Está mal? 

– Muito, não. Está muito fraca, muito magra e muito cansada. O médico achou melhor interná-la. 

– Que ela estava assim, eu já sabia. Falei com ela antes de viajar. Só não fui vê-la porque não deu tempo. Sabe como é viagem de férias... São tantas providências a serem tomadas... 

– Entendo como é difícil conciliar tudo! 

– Mas se ela não está tão mal assim, terça-feira estarei de volta. 

– Você deve saber o que está fazendo, afinal é sua mãe e deve conhecê-la melhor que Cicrano que está com ela no hospital, cuidando para que nada lhe falte. Nem mesmo o carinho da família. Se bem que acabo de me lembrar, ele não faz parte da família, pois é só afilhado dela, não é verdade? 

– É verdade. Ela o batizou! 

– Fulano, desculpe-me, mais uma vez, ter interrompido seu descanso, suas merecidas férias. Estou falando muito, não é? Mas acabo de me lembrar de uma vez em que sua mãe estava muito feliz por ter sido aprovada em um concurso público que daria a ela a chance de iniciar uma vida profissional e na data em que deveria se apresentar você amanheceu com uma febre muito alta e foi preciso chamar o médico com urgência. Sua mãe quase enlouqueceu de tanto sofrimento pelo medo de perdê-lo. O médico riu muito dizendo a ela que você só tinha uma inflamação na garganta e que a febre era normal nesses casos. Ele o medicou e para a sua mãe foi um longo dia de espera até que você, na manhã seguinte, não tivesse mais nada. É claro que ela perdeu a oportunidade do trabalho profissional, mas para ela o que interessava era que seu filho estivesse bem. 

– Ela comentou qualquer coisa assim, uma vez... 

– Sabe, lembro-me dela jovem, bonita, corpo bem feito, muito inteligente, sempre muito alegre, como somos todos antes que a maturidade ou os problemas nos obriguem a encarar a vida com maior responsabilidade e mais consciência. Quando ficou grávida, parece que ficou mais bonita ainda. E com que felicidade exibia o seu “estado de graça”, como ela dizia. Mas a gravidez lhe trouxe problemas posteriores. Seu corpo deformou-se e essas marcas ficaram para sempre. Pensa que ela se queixou? Qual nada! Dizia que você era mais importante do que qualquer medida estética. 

Sua mãe teve muitos sonhos interrompidos, muitos projetos que nunca se concretizaram porque não havia tempo para ela. E as noites que passou em claro, cuidando da sua catapora, da caxumba, das dores de ouvido que não o deixavam dormir. Você e toda a família!! Descanso? Nem pensar! No dia seguinte lá estava ela cuidando de você, da casa, do seu pai... Ela sempre foi assim: incansável. Digo porque hoje, tão velhinha e tão doente, não é nem uma sombra daquela mulher forte – ou se fazendo de forte tantas vezes para que você não desanimasse diante dos dissabores da vida – que faria qualquer coisa para vê-lo bem. 

E quando você foi para a escola pela primeira vez! Quanta vez ficou estudando – assuntos que nem se lembrava mais – para melhor ajudá-lo a compreender o mundo que se abria para você. Era um misto de felicidade, orgulho e muito medo, porque você estava crescendo. E, acredite, não era medo de perdê-lo, mas, sim, de que você não fosse feliz com seus filhos, quando os tivesse, como ela era com você. Porque Deus, dizia ela, nunca tinha sido tão generoso com seus filhos como havia sido com ela ao mandá-lo para seus braços. Mas você deve estar sabendo de todas essas histórias. Não conheço mãe alguma que não goste de contar casos sobre seu filho. Penso que faz parte da felicidade de ser mãe. 

– Mas, se está dizendo que ela não está tão mal, eu volto, então, só na terça-feira. 

– Veja você que estou novamente a tagarelar. Desculpe-me, mais uma vez, e tenha um bom dia e bom descanso com sua família. 

É através da luta planetária que nos proporciona penas e aflições, com ocultas lições de crescimento, que a voz de Deus nos fala. Sábia e amorosa a nos conclamar em cada momento à reflexão e à renovação de valores. Voz interior que nos assombra – voz de Deus em nós – e que nos chama ao cumprimento do dever moral frente ao Amor, à Justiça e à Caridade, com orientação segura a nos guiar o caminho evolutivo, rumo à felicidade. 

– Alô, é fulano? Quem está falando é Beltrana, novamente. Lamento informar que sua mãe descansou. 
 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita