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Clássicos do Espiritismo
Ano 3 - N° 151 - 28 de Março de 2010

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
 

Memórias do Padre Germano

Amália Domingo Sóler

(Parte 13)

Damos continuidade nesta edição ao estudo do clássico Memórias do Padre Germano, que será aqui estudado em 20 partes. A fonte do estudo é a 21ª edição do livro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Qual foi a consequência imediata do primeiro sermão do Padre Germano?

As ideias tornadas públicas em sua primeira missa selaram seu destino, visto que logo no dia seguinte o Geral dos Penitentes Negros o procurou e lhe disse:“Vai-te, foge, uma vez que tua palavra é inspirada pelo inimigo de Deus!”, acrescentando que, para não dizerem que a Igreja o abandonava, lhe caberia preencher a vaga de um curato de aldeia. (Memórias do Padre Germano, pp. 222 e 223.)

B. Padre Germano permaneceu na aldeia para onde o enviaram?

Não. Diz ele que a aldeia continha muitas mulheres formosas desejosas de confiar ao pároco os seus segredos, um encargo insuportável, por apresentar-se superior às débeis forças do homem. “Se o demônio existisse – assevera Padre Germano – dir-lhe-ia ter sido ele o inventor da confissão. Falar com uma mulher, sem peia alguma; saber, um por um, dos seus pensamentos, dos seus mais íntimos desejos; dominar sua alma; regulamentar seu método de vida e depois... ficar isolado ou cometer um crime, abusando da confiança, da ignorância de uma mulher... ou ver passar gozos e alegrias, como visões fantásticas de um sonho, é impossível!” (Obra citada, pág. 223.)

C. Decidido a não ficar naquele lugar, que fez Padre Germano?

Acompanhado de Miguel e Sultão, ele caminhou dias e dias, parando em diversas aldeias, sem em parte alguma sentir-se bem, até que encontrou a aldeia onde passaria todos os anos restantes de sua existência. A paisagem encantadora daquele sítio impressionou tanto o Padre Germano que, durante largo tempo, permaneceu imerso em extática meditação, enquanto, em resposta ao seu desejo de ficar, uma voz longínqua lhe dizia: “Ficarás!”. Conduzido pelas crianças até à aldeia, os habitantes o receberam com afeto e um ancião lhe disse: “Chegais bem a tempo e com a maior oportunidade, porque o nosso cura está moribundo e sabe Deus quantos meses, ou mesmo anos, ficaríamos sem pastor...” Curiosamente, naquela mesma noite o velho cura deixava a Terra, abrindo a vaga para Germano. (Obra citada, pp. 224 a 227.)

Texto para leitura 

104. No cap. 21, Padre Germano reitera que a Igreja não é mãe, mas madrasta, e que o sacerdote desejoso de cumprir o seu dever é um indivíduo profundamente desgraçado. Se as paredes dos conventos falassem!... revelações horríveis, confissões patéticas seriam de todos conhecidas, afirma Germano. (P. 220)

105. O amor de Germano pela Igreja era grande. Isto ele sempre o disse, e foi por amá-la tanto que desejou vê-la despojada de suas ricas e subversivas vestes e de seus palácios de mármore. Essas e outras ideias tornadas públicas em sua primeira missa selaram, porém, o seu destino, visto que logo no dia seguinte o Geral dos Penitentes Negros o procurou e lhe disse: “Vai-te, foge, uma vez que tua palavra é inspirada pelo inimigo de Deus!”, acrescentando que, para não dizerem que a Igreja o abandonava, lhe caberia preencher a vaga de um curato de aldeia. (P. 222)

106. Sobre esse momento difícil de sua vida, anotou Padre Germano que, antes de seguir ao seu destino, sofreu o desterro, a fome e a calúnia, e, ao chegar o momento de tomar posse de sua pequena igreja, sentiu frio. Situado num vale rodeado de altíssimas montanhas, constantemente coberto de espesso nevoeiro, naquele lugarejo a Natureza não falava à alma, nem havia formosas paisagens que elevassem o Espírito. (PP. 222 e 223)

107. A aldeia continha muitas mulheres formosas desejosas de confiar ao pároco os seus segredos, um encargo insuportável, por apresentar-se superior às débeis forças do homem. “Se o demônio existisse -- conta Padre Germano --, dir-lhe-ia ter sido ele o inventor da confissão. Falar com uma mulher, sem peia alguma; saber, um por um, dos seus pensamentos, dos seus mais íntimos desejos; dominar sua alma; regulamentar seu método de vida e depois... ficar isolado ou cometer um crime, abusando da confiança, da ignorância de uma mulher... ou ver passar gozos e alegrias, como visões fantásticas de um sonho, é impossível!” (P. 223)

108. Decidido a não mais residir naquele lugar, onde lutavam em plena efervescência as paixões, a ignorância e a mocidade, Padre Germano, acompanhado de Miguel e Sultão, caminhou dias e dias, parando em diversas aldeias, sem em parte alguma sentir-se bem, até que encontrou a aldeia onde passaria todos os anos restantes de sua existência. (P. 224)

109. A paisagem encantadora daquele sítio impressionou tanto o Padre Germano que, durante largo tempo, permaneceu imerso em extática meditação, enquanto, em resposta ao seu desejo de ficar, uma voz longínqua lhe dizia: “Ficarás!”... (P. 225)

110. Conduzido pelas crianças até à aldeia, os habitantes o receberam com afeto e um ancião lhe disse: “Chegais bem a tempo e com a maior oportunidade,  porque o nosso cura está moribundo e sabe Deus quantos meses, ou mesmo anos, ficaríamos sem pastor...” Curiosamente, naquela mesma noite o velho cura deixava a Terra, abrindo a vaga para Germano. (PP. 226 e 227)

111. No cap. 22, Padre Germano narra o seu reencontro com sua mãe, que o abandonara aos cinco anos de idade. Havia oito anos que ele chegara à aldeia e já formara ali uma grande família, além de transformar a velha igreja em ninho de amor e de esperança. (P. 230)

112. Uma tarde, quando o Padre Germano estava entregue aos estudos, Sultão entrou e apoiou sua cabeça nos joelhos do pároco; em seguida, fitou-o, ladrou lastimoso e cerrou os olhos. Dois meninos que acompanhavam o cão, ao verem-no piscar os olhos, alternativamente, puseram-se a rir e um deles disse: “Padre, não entendeis o que vos diz Sultão? É que encontramos uma pobre cega”. Era a mãe que Germano perdera na infância e nunca mais vira. (PP. 230 e 231) (Continua na próxima edição.)


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita