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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 151 - 28 de Março de 2010

ADILTON PUGLIESE
santospugliese@hotmail.com

Salvador, Bahia (Brasil)


Projeto “psicossoma”

“Nele estão sediadas as gêneses patológicas de distúrbios dolorosos (...) ensejando a aceleração das perturbações psíquicas de largo porte”.
(Joanna de Ângelis) (1)


As raízes profundas do panorama que a Terra apresenta, nos dias hodiernos, com estarrecedores quadros de animosidade entre muitas criaturas, destruindo lares, abalando nações e coletividades, gerando medo e mal-estar, estão no descontrole pretérito dos sentimentos, das relações estremecidas entre os indivíduos, ocasionando ódios e ressentimentos que se arrastam séculos afora.

Inutilmente, o psiquiatra moderno e o terapeuta da Psicologia procurarão (e não encontrarão) na vida atual os motivos que provocam a totalidade dos distúrbios neurológicos de seus pacientes, portadores de psicopatias e esquizofrenias em variados graus. Dirigida a anamnese e a catarse apenas para os episódios da corrente existência, mesmo recuando à fase infantil, visando descobrir traumas nesse período, ou devassando comportamentos e impulsos esdrúxulos, originários nas perturbações da libido, conforme a tese freudiana, o diagnóstico nunca será completo, permanecendo o facultativo na periferia, no universo dos efeitos, sem distinguir as causas profundas das emoções em desgoverno. 

O método psicanalítico e os recursos psicofarmacológicos são avançados, contudo, nem sempre a terapêutica aplicada logra os resultados desejados, porquanto o epicentro do mal não é atingido, podendo, a qualquer momento, como acontece, ocorrer a recidiva, deixando perplexo o terapeuta e angustiado o paciente, levando-o a perigosos quadros depressivos. 

Muita falta faz a visão reencarnacionista e a dimensão ética da psicoterapia espírita nesses casos dramáticos. O ódio e o rancor têm, na maioria dos casos, causas remotas aquém da vida presente, o que sugere ocorrências traumáticas em vidas passadas, cujos efeitos se transladaram para a vida contemporânea, em cumprimento à Lei de Ação e Reação, colocando o ser sob a faixa de sintomas, de sensações que se lhe afiguram como um destino implacável, uma herança genética irreversível e incurável, sobretudo quando localiza, em seu grupo familiar ascendente, situações análogas, vendo-se, então, herdeiro de doenças e enfermidades de origem orgânica ou mental, que não teria gerado diretamente, por ser congênita essa patologia, consoante a explicação da moderna Biologia, nos estudos da hereditariedade. 

Se fosse possível abrir o portal que sela (com o esquecimento temporário) as existências anteriores, descobrir-se-ia o “mundo” fantástico que cada indivíduo possui, somatório de suas experiências em inúmeras vidas passadas, no tempo e no espaço terrestre, experiências essas “solidárias umas com as outras”, consoante a assertiva do Codificador, (2) expressando-se, em a nova existência, nos impulsos, nas tendências, na “personalidade” que delineia os fatores psicológicos do indivíduo, tornando-o único, especial, um viajante no Tempo, conduzindo tudo o que acumulou em séculos de renascimentos, portando um vasto patrimônio de conquistas e fracassos, no campo moral e intelectual. 

Todo esse acervo acumulado no perpassar do Tempo está registrado no corpo espiritual, o indestrutível corpo celeste, assim identificado pelo Apóstolo Paulo (I Coríntios, 15:40), denominado por Allan Kardec de perispírito e que o Espírito André Luiz designou como Psicossoma (do grego: psykhé, alma, espírito, e soma, corpo).  (3) 

Nesse corpo fluídico, imperecível, modelo organizador biológico, já tornado visível e observável nos laboratórios da Ciência, que lhe deu a denominação de corpo bioplásmico, é que estão os arquivos profundos das causas da animalidade humana, dos ódios e ressentimentos, sendo desconhecidas ainda essas origens remotas, enigma que o Espiritismo esclarece e que, brevemente, as Academias Científicas, os Conselhos de Medicina e os estudiosos do comportamento humano aceitarão como verdade irrefutável, gerando, a partir daí, um novo mapeamento da criatura humana na sua composição tríplice de Corpo, Perispírito e Espírito, dando origem a projeto semelhante ao do Genoma Humano, que devassou o código genético do ser, até os limites, até as fronteiras do corpo físico.  

Considerado o terceiro projeto mais importante do século, após o primeiro, que foi o “Projeto Manhattan”, que resultou, lamentavelmente, na bomba atômica, em 1945, e do segundo, o “Projeto Apolo”, que levou o homem à lua, em 1969, o “Projeto Genoma Humano” é o principal centro da atenção das ciências biológicas neste final de milênio, em face das perspectivas da cura de doenças, abrindo discussões em torno da geneterapia, ou seja, a técnica de introdução de genes no paciente que supriria necessidades e corrigiria anomalias várias de origem genética. (4) 

Reportando-nos, porém, à quinta obra da Codificação Espírita, A Gênese, lançada em 1868, identificamos o pensamento de Allan Kardec: “O perispírito representa importantíssimo papel no organismo e numa multidão de afecções, que se ligam à Fisiologia, assim como à Psicologia. O estudo das propriedades do perispírito, dos fluidos espirituais e dos atributos fisiológicos da alma abre novos horizontes à Ciência e dá a chave de uma multidão de fenômenos incompreendidos até então, por falta de conhecimento da lei que os rege – fenômenos negados pelo materialismo, por se prenderem à espiritualidade”. (5) (destacamos)

Certamente, um projeto importante do Terceiro Milênio estaria ligado à existência do Espírito Imortal e, consequentemente, do seu envoltório fluídico, o perispírito, o psicossoma, que preside à formação e constituição do corpo físico; “o verdadeiro arquivo das vivências e experiências do Espírito, acompanhando-lhe a expansão da individualidade e do progresso”. Esse Projeto Psicossoma, estimulador da descoberta do perispírito pela Ciência, concretizaria, assim, a visão profética de Allan Kardec: “Quando as ciências médicas tiverem na devida conta o elemento espiritual na economia do ser, terão dado grande passo e horizontes novos se lhes patentearão. As causas de muitas moléstias serão a esse tempo descobertas e encontrados poderosos meios de combatê-las”. (6) (destacamos)

 

Referências bibliográficas:

(1) Franco, Divaldo, Ângelis, Joanna de, Estudos Espíritas, 6a. ed. FEB. p. 42

(2 e 5) Kardec, Allan, A Gênese, 36a. ed. FEB. p. 318 e 32/33

(3) Xavier, F.C., Luiz, André, Entre a Terra e o Céu, 5a. ed. FEB. p.78

(4) Kühl, Eurípedes, Genética e Espiritismo, 1a. ed. FEB. p. 125 e 133

(6) Kardec, Allan, Obras Póstumas, 26a. ed. FEB. p. 45.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita