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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 149 - 14 de Março de 2010

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, Minas Gerais (Brasil)


Obsessão: estreito
comércio de dor
 

A oração é o melhor recurso a ser utilizado em favor dos Espíritos vinculados aos processos obsessivos

“(...) Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele...” - Jesus (Mateus, 5:25). 

Aprendemos com Allan Kardec[1] que obsessão “é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo”.  Ele classificou os processos obsessivos em três níveis, que denominou:  

1 - Obsessão Simples; 

2 – Fascinação;  

3 – Subjugação. 

De um modo geral, os processos obsessivos obedecem a um regime de vingança, envolvendo experiências vividas pelo algoz e a vítima que permutam suas posições às vezes por muitas e muitas reencarnações, até que lucilem em suas mentes atormentadas as primeiras ideias de perdão. 

O incomparável Mestre Lionês utilizou-se do vocábulo “obsession simple” para caracterizar o primeiro patamar do processo obsessivo pela pobreza da linguagem humana, pois, na verdade, mesmo por trás desse estágio está toda uma complexa rede armada pelo Espírito mau em desforço. 

Segundo Kardec[2], “Deus permite os processos obsessivos para punir os que a seu turno praticaram o mal, ou, se tal não ocorreu, por haverem faltado com a indulgência e a caridade, não perdoando. Importa, conseguintemente, do ponto de vista da tranquilidade futura, que cada um repare, quanto antes, os agravos que haja causado ao seu próximo, que perdoe aos seus inimigos, a fim de que, antes que a morte lhe chegue, esteja apagado qualquer motivo de dissensão, toda causa fundada de ulterior animosidade. Por essa forma, de um inimigo encarniçado neste mundo se pode fazer um amigo no outro; pelo menos, o que assim procede põe de seu lado o bom direito e Deus não consente que aquele que perdoou sofra qualquer vingança”. 

Quando Jesus mostrava a conveniência da urgente reconciliação com o adversário, Ele estava mostrando o roteiro seguro não só para a imediata erradicação do mal, como também a profilaxia para evitarmos, nas reencarnações futuras, as alienantes malhas dos processos obsessivos, vez que a obsessão se nutre das atitudes apartadas do Seu Evangelho, isto é, das ocorrências de situações de beligerância bilateral entre o agente perturbador e a vítima perturbada, ambos em regime de sintonia por comunhão mental na mesma faixa de vibração. 

Para que o “parasita espiritual’” possa ligar-se ao “hospedeiro humano”, é indispensável que ambos se completem ou se harmonizem, por interdependência, embora os propósitos do invasor tenham características específicas, invariavelmente de desforço ou viciação. 

RECURSOS TERAPÊUTICOS 

Ensina Kardec que a oração é o melhor recurso a ser utilizado em favor dos Espíritos vinculados aos processos obsessivos – algoz e vítima. 

Em plena concordância com o Codificador, Joanna de Ângelis[3] ensina: 

Toda obsessão decorre, como sabemos, por fatores de vingança e sintonia. Se desejas ajudar aqueles que se encontram sob as vigorosas tenazes da obsessão, mergulha o Espírito nos sublimes rios da oração, donde vertem as consoladoras claridades da paz, a fim de que não desfaleças no empreendimento almejado...

Lidar com obsessos e obsessores é tarefa sacrificial que demanda paciência e humildade como normativas disciplinantes. Nem sempre conseguirás lograr resultados imediatos. O que te possa afigurar como libertação não passará, muitas vezes, de pausa para recidiva mais cruel, avassaladora... 

Um coração tranquilo e uma conduta reta devem oferecer-te bases de segurança para que te não enleies nas teias sutis e perigosas em que se enrodilham algoz e vítima, em processo de resgate punitivo. 

Diante de obsidiados, não consideres apenas o problema do encarnado. O companheiro sofredor, cuja aflição te punge o coração sensível, é alguém que a consciência da lei alcançou. É imprescindível considerar a questão pelo ângulo do desencarnado.   O cobrador de agora é o lesado de ontem. Imantados por necessidade evolutiva, jornadeiam ao longo do tempo, em processo de ajustamento psíquico. 

Não penses no perseguidor como quem da enfermidade enxerga apenas a chaga purulenta a tresandar miasmas. Nem pretendas penetrar as raízes profundas da animosidade, a pretexto de elucidação. 

Se doutrinas os desencarnados nas experiências de assistência psíquica ou se aplicas passes nos enfermos, morigera-te e mantém o espírito pacífico. Em silêncio, distende a bondade, compreendendo que todos, por enquanto, com raríssimas exceções, somos Espíritos endividados em batalha redentora. 

(...) Serenado o processo obsessivo, raramente está liquidado o compromisso negativo. A interferência divina não anula débitos, pois que exige do convalescente espiritual o atestado, por atos, de trabalho edificante, em prol da paz geral. 

Indispensável, portanto, a atuação direta do paciente, em exercícios de amor e luta, arrebentando amarras e desatando nós que o vinculam à retaguarda. Em qualquer mister de desobsessão a que te apliques, não esqueças de que eles, os que te ouvem, seguirão os teus passos sem que os vejas, sem que os ouças, vendo-te e ouvindo-te.    

Considerando os atormentados na senda humana por onde segues, lembra-te de Jesus. Ele não Se impôs a ninguém. Não pretendeu transformar ninguém num só golpe. Semeou a Sua mensagem de amor, amando sem queixas e sem imposições de qualquer natureza, espalhando, através da renunciação aos gozos terrenos, as bases da felicidade e da paz”.                      
 


[1] - KARDEC, Allan. O Evangelho seg. o Espiritismo. 125. ed. Rio: FEB, 2006, cap. XXVIII, item 81; e A Gênese cap. XIV, item 45.

[2] - KARDEC, Allan. O Evangelho seg. o Espiritismo. 125. ed. Rio: FEB, 2006, cap. X, item 6. 

[3] - FRANCO, Divaldo. Lampadário Espírita. 2. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1971. cap. 19.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita