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Estudando as obras de Kardec
Ano 3 - N° 149 - 14 de Março de 2010

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1865

Allan Kardec 

(Parte 12)

Damos prosseguimento ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1865. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 20 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Se o demônio é que provoca a obsessão, por que o exorcismo é ineficaz?

Reportando-se à cura de Rosa N..., de Barcelona, a qual padecera um processo obsessivo por 14 anos, Kardec indaga: Se o diabo é o verdadeiro ator em todos os casos de obsessão, de onde vem a impotência dos exorcismos? Ora, a volta do obsessor ao bem e a cura do doente provam que não é o demônio que provoca a obsessão, mas um mau Espírito suscetível de se melhorar. Enquanto o exorcismo irrita o obsessor, o doutrinador espírita lhe fala com doçura, procura fazer vibrar nele a corda do sentimento, mostra-lhe a misericórdia de Deus e, fazendo-o entrever de novo a esperança, consegue trazê-lo ao caminho do bem. Esse é o segredo da eficácia do método espírita. (Revue Spirite de 1865, pp. 172 e 173.)

B. Que é que Kardec dizia a respeito da perseguição sofrida pelo Espiritismo?

Ele dizia, a respeito do assunto, que a luta estava longe de acabar, mas isso não se deveria lamentar porque foi pela oposição que lhe fizeram que o Espiritismo cresceu. A exemplo do Cristianismo, que não foi abalado pelas perseguições e mesmo cresceu por seus mártires, o Espiritismo, que é o Cristianismo apropriado ao desenvolvimento da inteligência e desprendido dos abusos, crescerá do mesmo modo sob a perseguição, porque – como a doutrina cristã – ele também é uma verdade. (Obra citada, pp. 181 e 182.) 

C. Como evitar as maquinações dos inimigos do Espiritismo?

Lembrando que o Espiritismo tem ainda que passar por duras provas, quando então Deus reconhecerá seus verdadeiros seguidores pela coragem, firmeza e perseverança que demonstrarem, Kardec diz que o meio de evitar as maquinações dos inimigos é seguir o mais exatamente possível a linha de conduta traçada pela doutrina: a sua moral, que é sua parte essencial e inatacável. Praticando-a, não se dá entrada a nenhuma crítica fundada e a agressão se torna mais odiosa e, por isso mesmo, sem credibilidade. (Obra citada, pp. 183 a 185.) 

Texto para leitura

131. Nas duas primeiras evocações, ele se portou com muita violência. A terceira evocação já foi um pouco melhor e o Espírito conversou familiarmente com o doutrinador espírita. A causa da perseguição foi então revelada: o motivo era fazer Rosa pagar-lhe uma velha dívida. Na quarta evocação, ele orou e assim, a cada evocação realizada, as coisas foram se normalizando, enquanto Rosa era magnetizada por 12 a 15 minutos em cada vez, o que a deixava perfeitamente tranquila. (Pág. 169.)

132. As crises cessaram e Rosa voltou às ocupações habituais, que haviam sido interrompidas por meses inteiros durante os anos em que o processo obsessivo se verificou. Para a cura, além do esclarecimento proporcionado ao Espírito, muito contribuiu a fé da ex-obsidiada, porque, além do fervor e de sua confiança no Criador, ela procurou reprimir seu caráter naturalmente impulsivo, fato que não permitia ao obsessor adquirir força sobre si mesmo. Depois do tratamento que beneficiou a ambos, ele dá a ela muito bons conselhos. Além disso, de oito em oito dias, Rosa se submete a uma magnetização e, de tempos em tempos, o ex-perseguidor é evocado, para desse modo fortificar-se nas boas resoluções que tomou ao pôr um fim às perseguições. (Págs. 169 e 170.)

133. Os guias espirituais que colaboraram para o sucesso do tratamento informaram que a cura chegara ao fim e que o ex-obsessor um dia tudo faria pela pobre família que atormentou por tantos anos. O grupo espírita não poderia, no entanto, abandoná-los. Evocando aquele Espírito, de tempos em tempos, o grupo aumentaria a sua coragem e a sua perseverança no bem. Magnetizando a mulher periodicamente, dissipar-se-ia o fluido malsão que a envolveu durante tanto tempo, evitando assim que ela ficasse exposta à influência de outros Espíritos igualmente malévolos. (Pág. 171.)

134. Comentando as peripécias desse caso, Kardec observa que os espíritas de Barcelona envolvidos no episódio davam, ao realizar tais trabalhos, importante exemplo de abnegação e de prática do bem sem ostentação. Os casos de cura como esse, os de Marmande e outros constituem, diz ele, um encorajamento e são excelentes lições práticas que mostram a que resultados se pode chegar pela fé, pela perseverança e por uma sábia e inteligente direção. (Págs. 171 e 172.)

135. É nos centros animados por sentimentos dessa ordem que se obtêm os melhores resultados, porque aí – enfatiza o Codificador – se é verdadeiramente forte contra os maus Espíritos. Concluindo, ele assevera: “É compreender o verdadeiro objetivo da doutrina empregá-la a fazer o bem aos desencarnados, como aos encarnados; é pouco recreativo para certas pessoas, temos que convir, mas é mais meritório para os que a isso se devotam. Assim, temos a satisfação de ver multiplicarem os centros que se dão a esses úteis trabalhos”. (Pág. 172.)

136. Reportando-se à cura de Rosa N..., de Barcelona, a qual padecera de um processo obsessivo por 14 anos, Kardec observa: “Suponhamos que a mulher Rosa tivesse acreditado nas asserções do pregador e que tivesse repelido o Espiritismo. Que teria acontecido? Não se teria curado; teria caído na miséria, por não poder trabalhar; ela e o marido talvez tivessem amaldiçoado a Deus, ao passo que agora o bendizem, e o Espírito mau não se teria convertido ao bem.” O Codificador adverte então que, do ponto de vista teológico, três almas foram salvas pelo Espiritismo, mas elas se perderiam se atendida a vontade do pregador.  (Págs. 172 e 173.)

137. Prosseguindo a sua análise, Kardec indaga: Se o diabo é o verdadeiro ator em todos os casos de obsessão, de onde vem a impotência dos exorcismos? Ora, a volta do obsessor ao bem e a cura do doente provam que não é o demônio que provoca a obsessão, mas um mau Espírito suscetível de se melhorar. Enquanto o exorcismo irrita o obsessor, o doutrinador espírita lhe fala com doçura, procura fazer vibrar nele a corda do sentimento, mostra-lhe a misericórdia de Deus e, fazendo-o entrever de novo a esperança, consegue trazê-lo ao caminho do bem. Esse é o segredo da eficácia do método espírita. (Pág. 173.)

138. No caso de Rosa N... um fato particular se verificava: a suspensão das crises durante a gravidez. De onde vinha isto? Eis a explicação de Kardec: “O Espírito obsessor exercia uma vingança. Deus o permitia para servir de provação e de expiação à mãe e, além disso, porque, mais tarde, a cura desta devia melhorar o Espírito. Mas as crises durante a gestação poderiam prejudicar a criança.” Foi para evitar que sofresse o inocente que ao perseguidor foi tirada toda a liberdade de ação durante esse período. (Pág. 174.)

139. Em um jornal da Rússia, denominado Doukhownaia Beceda (Práticas Religiosas), dois jovens de Moscou publicaram um artigo contendo violentas críticas às sessões realizadas na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, de que eles teriam participado em novembro último. Kardec os chama de espiões, pessoas que diziam agir de boa fé e, no entanto, relataram de forma mentirosa o que ali viram. (Págs. 174 a 181.)

140. Em sua resposta aos jovens russos, Kardec arrola as inverdades e bobagens constantes do artigo e, com veemência, refuta a informação divulgada pelos rapazes de que era preciso pagar para assistir às reuniões da Sociedade Espírita de Paris. (Págs. 175 a 181.)

141. A nova tática dos adversários do Espiritismo – observa a seguir o Codificador – estava evidente: não podendo combater lealmente as ideias espíritas, eles partiam decididamente para a mentira e a calúnia, tentando com isso denegrir a doutrina e os espiritistas. A luta estava, pois, longe de chegar ao fim, o que não se deveria lamentar, porquanto foi pela oposição que lhe fizeram que o Espiritismo cresceu. A exemplo do Cristianismo, que não foi abalado pelas perseguições e mesmo cresceu por seus mártires, o Espiritismo, que é o Cristianismo apropriado ao desenvolvimento da inteligência e desprendido dos abusos, crescerá do mesmo modo, sob a perseguição, porque – como a doutrina cristã – ele também é uma verdade.  (Págs. 181 e 182.)

142. O Espiritismo – adverte Kardec – tem ainda que passar por duras provas e é aí que Deus reconhecerá seus verdadeiros seguidores pela coragem, firmeza e perseverança que demonstrarem. O meio de evitar as maquinações dos inimigos é seguir o mais exatamente possível a linha de conduta traçada pela doutrina: a sua moral, que é sua parte essencial e inatacável. Praticando-a, não se dá entrada a nenhuma crítica fundada e a agressão se torna mais odiosa e, por isso mesmo, sem credibilidade. (Págs. 183 a 185.) (Continua no próximo número.)

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita