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Clássicos do Espiritismo
Ano 3 - N° 148 - 7 de Março de 2010

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
 

Memórias do Padre Germano

Amália Domingo Sóler

 (Parte 10)

Damos continuidade nesta edição ao estudo do clássico Memórias do Padre Germano, que será aqui estudado em 20 partes. A fonte do estudo é a 21ª edição do livro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Dois grandes princípios Padre Germano aprendeu com as religiões. Quais são eles? 

O primeiro: não há mais que um Deus, como não há mais que um culto. O segundo: devemos fazer o bem pelo próprio bem. Ele reconhecia, no entanto, que a religião católica mortifica o corpo sem alevantar a alma, visto que pede o absurdo, o impossível, o truncamento das leis naturais, um sacrifício superior às fracas forças, como a reclusão, a soledade completa, ou seja, o aniquilamento do ser. (Memórias do Padre Germano, pp. 179 a 181.)

B. Germano diz que gostaria de, em vida, cingir não a coroa de flores, mas a coroa de espinhos. Por que ele disso isso?

Ele dizia preferir a coroa de espinhos, não a de flores, para que as gotas de sangue que manassem de suas feridas fossem o batismo sagrado de sua regeneração. (Obra citada, pp. 181 e 182.)

C. Como o menino André surgiu na vida do Padre Germano?

André era filho de Madalena, uma jovem leprosa que, vivendo em humilde barraca, logo que deu à luz o menino, expirou. Antes, porém, de desencarnar, ela confiou o filho ao Padre Germano. O menino André e Sultão, o valoroso companheiro de Germano, passaram a ser, então, o consolo daqueles dias em que Germano experimentava inúmeras calúnias e as dores da expatriação. (Obra citada, pp. 186 a 188.)

Texto para leitura  

77. O Padre ficou com a jovem, a quem ele pretendia salvar de tão cruel destino, enquanto sua mãe retornou à sua casa. Ato contínuo, Germano foi ao encontro do Marquês B..., a quem, além de apresentar a filha tida como morta, explicou toda a história e a pretensão da Condessa. O reencontro de pai e filha foi comovente. Impossível descrever o júbilo dos dois, que seguiram para a Espanha, onde a jovem poderia, junto com o pai que a estimava, dar início a uma nova vida. (PP. 173 e 174)

78. Após chamar a Condessa à igreja, Padre Germano deu-lhe ciência do desfecho do caso, falando-lhe com toda a severidade. Hostil, a princípio, a mulher acabou sucumbindo às palavras do pároco e clamou por piedade. “Tranquilizai-vos, infeliz mulher, segui vossa vida de agonias -- respondeu-lhe o Padre --; sois bem digna de compaixão, visto que não há na Terra uma só criatura que possa abençoar-vos. Continuai a erigir casas de oração, mas não vos esqueçais de que as orações por vós compradas nada aproveitam ao repouso da vossa alma. Esta tem muito que gemer, porque os que com ferro ferem com ferro serão feridos”. (PP. 176 e 177)

79. “O Verdadeiro Sacerdócio” é o título do cap. 18, que se reporta ao dia em que Padre Germano completou vinte e cinco anos de idade, um jovem sacerdote que já entendia que o convento não é mais do que um sepulcro, onde fora iniciado numa religião de gelo, a contrastar com o fogo de um sagrado amor que sentia em sua alma, (P. 179)

80. Depois de ler muito, embora não tudo o que gostaria de ter lido (porquanto os seus superiores não permitiam que ele lesse certos livros, avaramente guardados no convento), Padre Germano diz ter aprendido com as religiões dois grandes princípios: primeiro, não há mais que um Deus, como não há mais que um culto; segundo, fazer o bem pelo mesmo bem. Mas, reconhecia também, embora tarde, que a religião católica mortifica o corpo sem alevantar a alma, visto que pede o absurdo, o impossível, o truncamento das leis naturais, um sacrifício superior às fracas forças, como a reclusão, a soledade completa, ou seja, o aniquilamento do ser. (PP. 179 a 181)

81. “A religião a que pertenço -- assevera Germano --, sublime na sua teoria, tanto quanto mesquinha e absurda na sua prática, necessita de representantes dignos, de verdadeiros sacerdotes, e estes... desgraçadamente escasseiam, visto que aos homens não se lhes pode pedir impossíveis.” “Há sacerdotes que são maus, porque são vítimas dos seus apetites carnais, tanto quanto das suas ambições, quando o homem deve ser superior a todos os vícios, uma vez que, para isso, o dotou Deus com a inteligência.” Dizendo isso, Germano confessa que quer, ao deixar a Terra, levar alguma coisa e, por isso, cingirá não a coroa de flores, mas a de espinhos, para que as gotas de sangue que manarem de suas feridas sejam o batismo sagrado de sua regeneração. (PP. 181 e 182)

82. Nessa mesma época, um homem muito rico, enviado por seus superiores, procurou Germano para pedir-lhe fosse o preceptor de seus filhos e confessor de sua esposa. Após quinze dias de convivência naquele palacete, o Padre admitiu apenas ser o preceptor dos meninos, sem contudo ficar preso àquelas paredes, porquanto não viera ao mundo para servir aos ricos, mas aos pobres. Quanto a ser confessor da esposa, ninguém melhor do que o marido para aconselhar sua mulher. (P. 184 e 185)

83. Na verdade, a recusa a ouvir a mulher em confissão tinha um outro motivo: a infeliz vivia só; o marido não a compreendia, nem a estimava. Por isso, Germano fugiu dela, sedenta que estava de felicidade e de amor. “Não convém -- assevera o Padre -- que os famintos de carinho estejam em contacto com os que, por sua vez, têm fome e sede de ternura.” (P. 185)

84. Retirando-se dali, sem nenhum recurso, Germano acudiu uma jovem leprosa que, em humilde barraca, dava à luz um menino. Chamava-se Madalena, que apenas pôde confiar ao Padre o filho que ela não poderia criar, porque em seguida expirou. O Padre Germano percebeu que um homem ainda moço chorava ante aquela cena comovente, e perguntou-lhe: “Queres ter, provisoriamente, mais um filho? Digo provisoriamente, porque, uma vez passado o período da amamentação, virei buscá-lo”. Duas horas depois, o menino era entregue à sua nova família. (P. 186 e 187)

85. Cinco anos depois, o menino André e o Sultão, o valoroso companheiro de Germano, eram o consolo daqueles dias em que Padre Germano experimentava inúmeras calúnias e as dores da expatriação. Por essa ocasião, morreu o magnata que tentara contratá-lo cinco anos antes, o qual o nomeou tutor e curador dos seus filhos, encarregando-o de velar por sua jovem viúva. (PP. 187 e 188) (Continua na próxima edição.)
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita