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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 145 - 14 de Fevereiro de 2010

EUGÊNIA PICKINA 
eugeniamva@yahoo.com.br 
Londrina, Paraná (Brasil)
 
  

Gaiola dos belos: um culto à rigidez das máscaras

 

 
Há um culto narcisista de uma beleza exclusivamente exterior que permeia a sociedade contemporânea, infligindo danos e sofrimentos.

 

Não é de hoje que somos submetidos a padrões estéticos predefinidos e, sem trégua, proliferam clínicas de estética e tratamentos “antiestria”, “anticelulite”, “anti-idade”, como se envelhecer não fosse simplesmente “passar”...

 

Sem dúvida, a vaidade e o cuidado com a saúde são temas importantes da vida, mas isso se torna um problema quando há uma supervalorização desses aspectos.

 

Não é raro que esse excesso de zelo com a beleza esteja a serviço de determinada evitação da realidade ou de sentimentos de frustração, dificuldades, inseguranças, feridas profundas e dores reprimidas, ignoradas.

 

Basta notarmos a incidência cada vez maior e mais precoce do número de casos de transtornos alimentares e depressões. Sabemos, por exemplo, que a aneroxia é algo muito presente, atingindo mulheres e homens, sobretudo adolescentes, e isso para estarem de acordo com um padrão estético propagado e que não respeita a individualidade e a pluralidade.

 

É nítido que se essas patologias têm como causa dificuldades internas muito profundas e fortemente nutridas pela normose da estética, que, aqui, chamarei “gaiola dos belos”.

 

Fico pensando o quanto a padronização (e a valorização) desses atributos externos está enraizada em nossa cultura e, por derivação, em nossos comportamentos cotidianos. Desse modo, nos privamos de olhar para o que realmente importa: a beleza original e que transparece na nossa aparência, revelando a singularidade da presença do Ser que habita cada um de nós!

 

Afinal, o que é a beleza? Sob o ponto de vista dos helenos não havia beleza cindida da verdade e da bondade.

 

Ora, somente a partir de uma estética pautada na ética poderemos ressignificar nossas (vazias) concepções sobre a beleza, inflexivelmente orientada, em nossa época, para ritos e cultos narcisistas. Em consequência, nos permitiremos experimentar a sadia possibilidade de se conviver harmoniosamente consigo mesmo e com as diferenças sem o peso dos padrões estéticos – uma alternativa à consciência de alteridade e à beleza original, que faz de cada ser humano um “modelo” único.
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita