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Estudando as obras de Kardec
Ano 3 - N° 145 – 14 de Fevereiro de 2010  

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1865

Allan Kardec 

(Parte 8)

Damos prosseguimento ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1865. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 20 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Quem são, segundo Kardec, os médiuns curadores propriamente ditos?

Os médiuns curadores propriamente ditos, cuja faculdade apresenta graus muito diversos de energia, conforme sua aptidão pessoal e a natureza dos Espíritos que os assistem, são aqueles de quem os Espíritos se servem como condutores de seu fluido. (Revue Spirite de 1865, pág. 111.)

B. Pode um Espírito, mesmo passados dois anos de sua morte, julgar-se vivo?

Sim. Foi o que se deu com Pierre Legay, parente da Sra. Delanne, o qual, dois anos depois de sua morte, ainda se julgava vivo, cuidava dos negócios, viajava de carro, pagava passagem em estradas de ferro. Depois de uma longa conversa com o Sr. Delanne, Pierre Legay disse ter afinal despertado. “Sabeis que dormi?”, perguntou Pierre ao Sr. Delanne, acrescentando à frase: “Chamo dormir o que chamais morrer”. Em seguida, disse que o Espírito não fica ciente da nova situação que a morte corporal lhe impõe, se não for imediatamente ajudado a se reconhecer pela prece e se não o esclarecerem sobre sua verdadeira posição. (Obra citada, pp. 112 a 115.)  

C. Entre o chamado Espiritismo poético e o Espiritismo científico, com qual Kardec ficava?

Ao discordar da opinião de um Espírito a respeito de uma frase da Sra. Foulon acerca do Espiritismo poético, Kardec disse que é o Espiritismo sério, o Espiritismo científico, apoiado nos fatos e na lógica, que melhor convém à natureza positiva dos homens da época e era ele o objeto de seus estudos. (Obra citada, pág. 120.) 

Texto para leitura 

83. Fora o Dr. Demeure, recentemente desencarnado, quem atendeu à ocorrência e curou a médium, que não sabia até então que o médico e amigo havia desencarnado. A cura descrita, explica Kardec, é um exemplo da ação do magnetismo espiritual puro, sem qualquer mistura com o magnetismo humano. (Pág. 111.)

84. Por vezes, informa Kardec, os Espíritos se servem de médiuns especiais, como condutores de seu fluido: são esses os médiuns curadores propriamente ditos, cuja faculdade apresenta graus muito diversos de energia, conforme sua aptidão pessoal e a natureza dos Espíritos que os assistem. (Pág. 111.)

85. Em Paris, Kardec conheceu uma pessoa que oito meses antes havia sido acometida de exostoses na anca e no joelho e, por causa disso, se encontrava presa ao leito. Um amigo dotado da faculdade de cura tratou do enfermo pela simples imposição das mãos, durante alguns minutos, sobre a cabeça e pela prece, que o doente acompanhava com fervor. Durante o tratamento o enfermo experimentava muita dor, logo seguida de uma perfeita calma. Sentia então a impressão enérgica de várias mãos a massagear e a estirar a perna, que se via alongar-se de 10 a 12 centímetros. O doente voltou a andar, embora a antiguidade e a gravidade do mal tornassem a  cura  mais demorada do que uma simples entorse. (N.R.: Exostose – lê-se ezostose –  diz-se da proliferação óssea ocorrida na  superfície de um osso.) (Pág. 111.)

86. Observa Kardec que a mediunidade curadora ainda não era apresentada com caracteres de generalidade e de universidade, mas, ao contrário, era restrita como aplicação, isto é, o médium tinha uma ação mais poderosa sobre certos indivíduos do que sobre outros, e não curava todas as doenças. (Págs. 111 e 112.)

87. A mediunidade curadora – explica o Codificador – está exclusivamente na ação fluídica mais ou menos instantânea e não deve ser confundida com o magnetismo humano, nem com a faculdade que têm certos médiuns de receber dos Espíritos a indicação de remédios. (Pág. 112.)

88. Pierre Legay, parente da Sra. Delanne, ofereceu aos pesquisadores espíritas o singular espetáculo de um Espírito que, dois anos depois de sua morte, ainda se julgava vivo, cuidava dos negócios, viajava de carro, pagava passagem em estradas de ferro. Este caso é uma continuação do relato publicado na Revue  de novembro de 1864.(Págs. 112 e 113.)

89. Depois de uma longa conversa com o Sr. Delanne, Pierre Legay diz ter afinal despertado. “Sabeis que dormi?”, perguntou Pierre ao Sr. Delanne, acrescentando à frase: “Chamo dormir o que chamais morrer”. Em seguida, disse que o Espírito não fica ciente da nova situação que a morte corporal lhe impõe, se não for imediatamente ajudado a se reconhecer pela prece e se não o esclarecerem sobre sua verdadeira posição. (Págs. 113 a 115.)

90. Ignorando o que lhe havia sucedido, Pierre Legay arrastou, ou antes, julgou arrastar o corpo físico com o mesmo esforço e os males que se sentem na Terra. Eis como ele explicou o que sentiu pós-morte: “Sim, morre-se; mas não é no momento em que se deixa o corpo; é no momento em que o Espírito, percebendo sua verdadeira posição, é tomado de uma vertigem, não sabe mais compreender o que lhe dizem, não vê mais as coisas que lhe explicam da mesma maneira; então se perturba”. (Pág. 115.)

91. A Revue reporta as manifestações espíritas que estavam ocorrendo naqueles dias em Marselha, uma repetição dos fenômenos verificados em Poitiers. Segundo a Gazette du Midi, do dia 5 de março, os ruídos tinham por vezes a força de um tiro de canhão, de pequeno calibre, dado numa casa. Portas e janelas, piso e paredes ficam abaladas, os objetos pendurados nas paredes se agitam; parece que a casa vai ruir, mas nada ocorre. Depois do barulho não existe a menor fenda, nada se estragou, tudo volta à calma de antes. A polícia apareceu, mas nada descobriu. (Págs. 116 e 117.)

92. Dois poemas de Marie-Caroline Quillet, o primeiro intitulado O Espiritismo, foram transcritos pela Revue em sua edição de abril. No preâmbulo desse poema, a Sra. Quillet consignou: “O Espiritismo é o desenvolvimento do Evangelho, a extensão e a expansão da vida”. (Págs. 118 a 120.)

93. Reconhecendo que a poeta está certa quando diz que “todos são chamados a concorrer à obra da renovação terrestre”, Kardec discorda da opinião que ela expendeu ao analisar uma frase da Sra. Foulon acerca do Espiritismo poético. Segundo Kardec, é o Espiritismo sério, o Espiritismo científico, apoiado nos fatos e na lógica, que melhor convém à natureza positiva dos homens da época e é ele o objeto de seus estudos. (Pág. 120.)

94. Falecida em Bruxelas, após 32 anos de uma moléstia que a reteve por 20 anos no leito, a Sra. Marguerite Vauchez, mãe de dois dos principais companheiros espíritas da cidade, pouco depois de seu passamento enviou aos filhos palavras confortadoras em que, declarando-se liberta do fardo que a prendia ao leito, lhes disse: “Vejo, sinto, vivo!” “Deus teve piedade de meus sofrimentos. Oh! meus amigos, como é bela a vida da alma, quando desprendida da matéria!”(Págs. 120 a 123.) (Continua no próximo número.)

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita