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Estudando a série André Luiz
Ano 3 - N° 145 - 14 de Fevereiro de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Entre a Terra e o Céu

André Luiz

(Parte 22)

Continuamos a apresentar o estudo da obra Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Por que Odila não foi informada acerca do passado de Júlio?

Esta mesma dúvida intrigava André. Por que o Ministro não esclareceu Odila acerca do assunto? Clarêncio explicou: "À primeira vista, seria efetivamente esse o caminho a seguir, entretanto as recordações do pretérito não devem ser totalmente despertadas, para que ansiedades inúteis não nos dilacerem o presente. A verdade para a alma é como o pão para o corpo que não pode exorbitar da quota necessária a cada dia. Toda precipitação gera desastres". (Entre a Terra e o Céu, cap. XXVI, pp. 164 e 165.)

B. A reencarnação seria necessária para a cura de Júlio?

Sim. O menino, embora desencarnado, prosseguia apresentando na fenda glótica a mesma ferida. Os cuidados, os recursos medicamentosos e os passes magnéticos não surtiam qualquer efeito. Visitando com Blandina inúmeras crianças infelizes, portadoras de problemas talvez mais dolo­rosos, Odila não supunha a existência de tantas enfermidades depois da morte. Tentando obter a ajuda de amigos, para esclarecer-se convenien­temente, todos lhe repetiam que os compromissos morais adquiridos conscientemente na carne somente na carne deveriam ser resolvidos, e que, por isso mesmo, a reencarnação para Júlio era o único caminho. O corpo físico funcionaria como abafador da moléstia da alma, sanando-a, pouco a pouco. (Obra citada, cap. XXVII, pp. 166 a 168.) 

C. É importante estender além da família o nosso raio de trabalho e de amor?

Evidentemente. O renascimento de Júlio serve de exemplo quanto a isso. Era preciso, no caso dele, ajustar providências para a boa execução da tarefa reencarnatória. De quem, todavia, seria possível obter ajuda? Clarêncio explicou: "Nesses casos, a plantação de simpatia é fator decisivo na obtenção dos recursos de que necessitamos... Quem cultiva a amizade somente na família consanguínea, dificilmente encontra meios para desempenhar certas missões fora dela. Quanto mais extenso o nosso raio de trabalho e de amor, mais ampla se faz a colaboração alheia em nosso benefício". (Obra citada, cap. XXVII, pp. 168 e 169.)

Texto para leitura 

76. A vida é uma escola - Odila estava realmente transfor­mada, e seu sonho era esforçar-se para poder receber, em boas con­dições, os entes queridos que reencontraria, um dia, na vida espiri­tual. Blandina e Ma­riana pediram-lhe que ficasse junto delas, até si­tuar-se, em defini­tivo, no educandário a que se destinava, e Odila aceitou, reconhecida. O grupo de Clarêncio despediu-se e retornou ao seu do­micílio espiri­tual. André estava, porém, intrigado. Por que o Ministro não esclare­ceu Odila acerca do passado de Júlio? Seria aconselhável deixá-la en­tregue a informações deficientes? Clarêncio, após ouvir as ponderações de An­dré, explicou: "À primeira vista, seria efetivamente esse o ca­minho a seguir, entretanto as recordações do pretérito não devem ser total­mente despertadas, para que ansiedades inúteis não nos dilacerem o presente. A verdade para a alma é como o pão para o corpo que não pode exorbitar da quota necessária a cada dia. Toda precipita­ção gera de­sastres". O Ministro esclareceu que a própria Odila, sen­tindo-se ple­namente integrada no carinho materno, assumiria a res­ponsabilidade do trabalho alusivo à reencarnação do menino, encon­trando aí abençoado serviço de fraternidade, ao mesmo tempo que se re­conheceria mais res­ponsável. "Se movêssemos as decisões – acentuou Clarêncio –, Odila observar-se-ia anulada em sua capacidade de agir, ao passo que, con­fiando a ela as deliberações que o caso reclama, ad­quirirá novo inte­resse para auxiliar Zulmira, de vez que a segunda es­posa de Amaro substituí-la-á na condição de mãe, oferecendo novo corpo ao fi­lhinho..." E aduziu: "A vida é uma escola e cada criatura, den­tro dela, deve dar a própria lição. Esperemos agora alguns dias. Inte­ressada em socorrer o filhinho doente, a própria Odila virá até nós, lembrando para ele a felicidade da volta à Terra". (Cap. XXVI, págs. 164 e 165) 

77. Odila busca auxílio para Júlio - Quatro semanas se passaram e, como Clarêncio previu, Odila foi procurá-lo no Templo do Socorro. Ela vinha triste e preocupada. Júlio prosseguia apresentando na fenda gló­tica a mesma ferida. Seus cuidados, os recursos medicamentosos e os passes magnéticos não surtiam qualquer efeito. Visitando com Blandina inúmeras crianças infelizes, portadoras de problemas talvez mais dolo­rosos, não supunha a existência de tantas enfermidades depois da morte. Tentando obter a ajuda de amigos, para esclarecer-se convenien­temente, todos lhe repetiam que os compromissos morais adquiridos conscientemente na carne somente na carne deveriam ser resolvidos, e que, por isso mesmo, a reencarnação para Júlio era o único caminho. O corpo físico funcionaria como abafador da moléstia da alma, sanando-a, pouco a pouco... Odila estava amargurada. Que fizera o menino no pre­térito para receber semelhante punição? Clarêncio, profundo conhecedor do sofrimento humano, falou-lhe como sacerdote: "Odila, o passado agora não é o remédio próprio. Atendamos à hora que passa. Temos Júlio extremamente necessitado à nossa frente e o alívio dele é o nosso ob­jetivo mais imediato". A mãezinha resignada concordou num gesto silen­cioso. "Também creio – prosseguiu o Ministro – que a reencarnação do pequeno é urgente medida se desejamos observá-lo no caminho da própria recuperação." Odila pediu-lhe então sua ajuda, e Clarêncio informou-lhe que Júlio não era uma criatura comum, não sendo justo, por isso, renascer no mundo a esmo, como planta inculta germinando à toa. Pro­pôs-lhe, assim, analisar o quadro de suas relações afetivas, dizendo: "Tens grande plantio de amizades puras na Terra? Em questões de auxí­lio, não podemos perder os nossos sentimentos de vista. Tanto para en­trar no reino do espírito, como para entrar no reino da carne, em me­lhores condições, não podemos prescindir da cooperação de amigos sin­ceros que nos conheçam e nos amem". A mulher entendeu a observação do Ministro e revelou que, sempre ocupada com a casa e a família, nunca pôde efetivamente cultivar tantas afeições, como seria de desejar. Quem sabe o Amaro as teria? (Cap. XXVII, págs. 166 a 168) 

78. Processo reencarnatório - Clarêncio aproveitou a citação do nome de Amaro e assentiu, prontamente. Amaro seria para o menino um admirá­vel companheiro, entretanto não poderiam dispensar no cometimento o concurso de Zulmira, no trabalho maternal. Para isso, era imprescindí­vel Odila fazer-se mais devotada, mais amiga... "Um esforço pede ou­tro. Sem o lubrificante da cooperação, a máquina da vida não fun­ciona", aditou Clarêncio. Os olhos de Odila faiscaram de esperança, e ela pro­meteu ajudar: "A princípio lutei contra Zulmira, desejando ser amada de meu esposo, agora devo lutar em favor de nossa irmã por amar o meu filho. Muito erramos, disputando o amor dos outros, entretanto, corri­gimo-nos e acertamos o passo, quando procuramos amar..." Na se­quência, Clarêncio sugeriu-lhe mantivesse visitas afetuosas ao antigo lar, consolidando-lhe a harmonia, para que Júlio ali encon­trasse um clima de confiança. Quando Odila se despediu, André formulou para o Ministro diversas perguntas que lhe fustigavam a ca­beça. A re­encarnação como lei exigia o concurso da amizade? Os desafe­tos da vida influem em nosso futuro? O trabalho reencarnatório não se­ria uma impo­sição natural? Clarêncio respondeu, satisfeito: "A lei é sempre a lei. Cabe-nos tão somente respeitá-la e cumpri-la. Nossa ati­tude, porém, pode favorecer-lhe ou contrariar-lhe o curso, em favor ou em prejuízo de nós mesmos. O renascimento na carne funciona em con­dições idênticas para todos, contudo, à medida que se nos desenvolvem o conhecimento e o amor, conseguimos colaborar em todos os serviços do aperfeiçoamento moral em nossas recapitulações. A alma, como a planta, pode ressurgir em qualquer trato de solo, mas não seria justo relegar sementes sele­cionadas a terrenos incultos. A reencarnação, por si, tanto quanto ocorre nos reinos inferiores à evolução humana, obedece a princípios embriogênicos automáticos, com bases na sintonia magnética; contudo, em se tratando de criaturas com alguns passos à frente da multidão co­mum, é possível ajustar providências que favoreçam a execu­ção da ta­refa a cumprir". E ajuntou: "Nesses casos, a plantação de simpatia é fator decisivo na obtenção dos recursos de que necessita­mos... Quem cultiva a amizade somente na família consanguínea, difi­cilmente encon­tra meios para desempenhar certas missões fora dela. Quanto mais ex­tenso o nosso raio de trabalho e de amor, mais ampla se faz a colabo­ração alheia em nosso benefício". (Cap. XXVII, pp. 168 e 169) (Continua no próximo número.)
 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita