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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 144 - 7 de Fevereiro de 2010

MARCUS VINICIUS DE AZEVEDO BRAGA
acervobraga@gmail.com

Guará II, Distrito Federal (Brasil)
 

A Montanha


No ano recém-findo, o grande compositor Roberto Carlos, o “Rei”, completou 50 anos de carreira, evento comemorado com uma caravana de shows pelo país inteiro. Roberto, uma unanimidade nacional, atravessou décadas e embalou gerações, com estilos e temáticas diversas e com uma bela produção de orientação religiosa.  

Chico Xavier, o “nosso Chico”, era um fã de Roberto Carlos. Conforme publicado na Revista Fatos e Fotos de 1973, em um Show Beneficente em São Paulo, promovido pela Comunhão Espírita Cristã de Uberaba, o público foi brindado com um abraço do “Mineiro do Século” e o “Rei” em pleno palco. Roberto nunca escondeu sua ternura por Chico e Chico a sua admiração por Roberto. Em uma entrevista a que assisti muito tempo atrás, lembro-me de perguntarem a Chico que música ele mais gostava do repertório de Roberto Carlos e ele disse sem pestanejar: “A montanha”. 

A Montanha realmente é uma música de uma vibração singular, que fala ao coração. Uma obra-prima que alia linguagem simples e profundidade nos conceitos. Vamos refletir um pouco sobre alguns trechos dessa música, que como não poderia deixar de ser, é da dupla Roberto e Erasmo, em uma breve homenagem aos 50 anos de carreira do Rei, mas também em lembrança ao nosso saudoso Chico, que não escolheu essa música por acaso.   

“Eu vou seguir uma luz lá no alto, eu vou ouvir
Uma voz que me chama, eu vou subir
A montanha e ficar bem mais perto de Deus e rezar.
Eu vou gritar para o mundo me ouvir e acompanhar
Toda minha escalada e ajudar
A mostrar como é o meu grito de amor e de fé.” 

Nesse trecho, a letra da música nos convida a, por meio de uma metáfora, comparar a nossa vida com a tarefa de escalar uma montanha e que quanto mais caminhamos na senda evolutiva, mais nos aproximamos de Deus. Não o Deus que está no céu fisicamente e fica mais próximo à medida que subimos e, sim, a aproximação da ideia de Deus que fazemos ao longo da nossa caminhada como Espíritos imortais. Interessante que o grito de agradecimento se dá durante toda a caminhada e não objetiva os “ouvidos de Deus” e sim o mundo, para “me ouvir e acompanhar”, na busca de amor e fé. É fazer da caminhada um ato de alegria e agradecimento, convidando a todos a seguir na estrada do Cristo.

“Eu vou pedir que as estrelas não parem de brilhar
E as crianças não deixem de sorrir
E que os homens jamais se esqueçam de agradecer.”
 

A música fala de pedidos que não objetivam as questões pessoais e sim de pleitos de bênçãos voltadas a todos. Ela pede que os homens jamais se esqueçam de agradecer, para que todos possam sentir aquela presença infinita de Deus, nos momentos de glória e nos momentos de dor, pois estes fazem parte do nosso processo de caminhada rumo a Deus, até o cume da montanha. 

“Por mais que eu sofra, Obrigado Senhor, mesmo que eu chore,
Obrigado Senhor por eu saber
Que tudo isso me mostra o caminho que leva a Você.
Mais uma vez (...)
” 

Nesse ponto, refletimos que o agradecimento não se restringe apenas aos momentos em que as bênçãos se materializam, e sim também aos momentos de dificuldade, e essa compreensão deriva do entendimento de Deus como Pai amantíssimo e que a prova mostra o caminho do progresso. A repetição da expressão  “mais uma vez” na música lembra-nos que agradecer deve ser um hábito, repetido incessantemente. Um hábito ativo, convidando o mundo à caminhada.  

Essa música é uma joia do cancioneiro nacional popular e traz em sua letra uma profunda sabedoria e uma visão da divindade muito interessante, materializando o Deus Bom e Justo apregoado por Jesus e defendido na Doutrina Espírita. A música também revê o conceito de agradecimento, não como uma retribuição ao Deus impiedoso e provedor e sim como uma canção de pertencimento à obra do pai, levando a todos essa mensagem.  

Posto isso, só nos resta agradecer a Deus por essa música, por Roberto Carlos, por Chico Xavier e por tantas outras bênçãos que povoam a vida dos brasileiros.  


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita