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Estudando as obras de Kardec
Ano 3 - N° 144 – 7 de Fevereiro de 2010  

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1865

Allan Kardec 

(Parte 7)

Damos prosseguimento ao estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1865. O texto condensado do volume citado será aqui apresentado em 22 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Em quantas categorias, em face das ideias espíritas, Kardec dividia o público de sua época?

Ele o dividia em três categorias: os partidários, os indiferentes e os antagonistas. As duas primeiras categorias constituíam a imensa maioria. Como os indiferentes ficam satisfeitos por encontrar numa discussão imparcial os meios de esclarecer aquilo que ignoram, os jornais nada têm a perder divulgando artigos simpáticos à doutrina, porque os partidários e os indiferentes são bastante numerosos para compensar as defecções que pudessem experimentar, se é que as experimentassem. (Revue Spirite de 1865, pág. 102.) 

B. As lágrimas dos pais, devido à desencarnação de um filho, são vistas de que modo pelos desencarnados?

Cada caso é um caso, mas a Revue publicou a mensagem de um Espírito que disse que seus pais deveriam cessar o choro, porque as lágrimas servem para enervar e desencorajar as almas. E acrescentou que ele partira primeiro, mas em breve todos se encontrariam na vida espiritual. Sua morte, que tanto os afligia, constituíra para ele o fim do cativeiro em que sua alma vivia na Terra. (Obra citada, pp. 103 a 106.)  

C. A afinidade fluídica interfere na maior ou menor facilidade das comunicações?

Sim. Diz Kardec que a facilidade das comunicações depende do grau de afinidade fluídica existente entre o Espírito e o médium. Sem a harmonia entre um e outro, a única que pode levar à assimilação fluídica, tão necessária na tiptologia quanto na escrita, as comunicações são incompletas, impossíveis ou falsas. (Obra citada, pp. 106 e 107.) 

Texto para leitura 

71. A primeira utilidade dessa destruição, utilidade puramente física, é na verdade esta: os corpos orgânicos não se mantêm senão à custa de matérias orgânicas, as únicas que contêm os elementos nutritivos necessários à sua transformação e manutenção. Eis por que os seres se nutrem uns dos outros, sem com isso aniquilar ou alterar o Espírito, que fica apenas despojado do seu invólucro. (Pág. 96.)

72. Além disso, afirma Kardec, há considerações morais de ordem mais elevada. A luta é necessária ao desenvolvimento do Espírito, porque é na luta que ele exercita suas faculdades. Aquele que ataca para ter o alimento e o que se defende para conservar a vida desenvolvem nesse esforço suas forças intelectuais. Um dos dois sucumbe. Mas o que foi que, na realidade, o mais forte ou o mais apto tirou do mais fraco? Apenas sua vestimenta corporal e nada mais; o Espírito, que jamais morre, mais tarde retoma outro. (Pág. 96.)

73. Como a mais imperiosa das necessidades materiais é a da alimentação, os seres inferiores da criação lutam para viver. O senso moral neles inexiste; sua luta tem, pois, por móvel unicamente a satisfação de uma necessidade. É nesse período que a alma se elabora e se ensaia para a vida. Mais tarde, ao atingir o grau de maturidade necessário à sua transformação, ela receberá de Deus novas faculdades: o livre-arbítrio e o senso moral, que darão um novo curso às suas ideias, mas isso só se dá gradativamente. Nas primeiras idades domina o instinto animal; depois o instinto animal e o sentimento moral se contrabalançam; o homem luta então, não mais para se alimentar, mas para satisfazer sua ambição, seu orgulho e a necessidade de dominar. (Págs. 96 e 97.)

74. Com o passar dos tempos, à medida que o senso moral ganha peso, a luta continua  necessária ao desenvolvimento do Espírito, mas – de sangrenta e brutal que era – torna-se puramente intelectual e o homem passa a lutar contra as dificuldades da vida, não mais contra os seus semelhantes. (Pág. 97.)

75. Um leitor da Revue comunicou à direção dela um fato ocorrido em Montauban que impressionou a população: um pregador protestante, Sr. Rewile, capelão do rei da Holanda, num discurso pronunciado perante duas mil pessoas, afirmou-se claramente partidário das ideias novas difundidas pelo Espiritismo. Segundo a mesma fonte, o Sr. Rewile abordou com sucesso a questão das manifestações espíritas, em duas conferências dirigidas para alunos de uma Faculdade. (Págs. 97 a 99.)

76. Reportando-se a um artigo publicado a 5/3/1865 no Journal de Saint-Jean D’Angély, escrito pelo dr. A. Chaigneau, renomado médico da região, Kardec diz que o jornal que o publicou não é ligado ao Espiritismo e, com certeza, um ano antes não teria acolhido referida matéria, que desenvolve os princípios da doutrina. Ele conclui, portanto, que o fato – tal como se verificou em Montauban – estava a indicar uma melhor aceitação das ideias espíritas pela sociedade da época e uma ampliação do número dos seus partidários. (Págs. 99 a 102.)

77. Do ponto de vista da ideia espírita, acrescentou Kardec, o público se divide em três categorias: os partidários, os indiferentes e os antagonistas. As duas primeiras constituem a imensa maioria. Como os indiferentes ficam satisfeitos por encontrar numa discussão imparcial os meios de esclarecer aquilo que ignoram, os jornais nada têm a perder divulgando artigos simpáticos à doutrina, porque os partidários e os indiferentes são bastante numerosos para compensar as defecções que pudessem experimentar, se é que as experimentassem. (Pág. 102.)

78. Um assinante da Revue dirigiu uma carta a um irmão querido que havia falecido, pedindo-lhe que enviasse sua resposta por meio de um médium. O falecido atendeu ao pedido, respondendo as perguntas que o irmão, a pedido de seus pais, consignara na correspondência. (Págs. 103 a 105.)

79. Eis resumidamente o que o Espírito transmitiu à família: A) Por vezes é muito difícil aos Espíritos transmitir o pensamento através de certos médiuns pouco aptos a receber claramente, em seu cérebro, a impressão fotográfica dos pensamentos do comunicante. B) Os pais deveriam cessar o choro, porque as lágrimas servem para enervar e desencorajar as almas. Ele partira primeiro, mas em breve todos se encontrariam na vida espiritual. C) Sua morte, que tanto os afligia, constituíra, no entanto, o fim do cativeiro em que sua alma vivia na Terra. (Págs. 105 e 106.)

80. Vários ensinamentos ressaltam da comunicação precedente. O primeiro é a dificuldade experimentada pelo Espírito para se exprimir mediunicamente. É que a facilidade das comunicações depende do grau de afinidade fluídica existente entre o Espírito e o médium. Sem a harmonia entre um e outro, a única que pode levar à assimilação fluídica, tão necessária na tiptologia quanto na escrita, as comunicações são incompletas, impossíveis ou falsas. (Págs. 106 e 107.)

81. Constitui um erro, pois, impor um médium ao Espírito que se quer evocar. Cabe a ele escolher o instrumento. Se na reunião só houver um médium, existe um meio de atenuar a dificuldade: evocar o guia espiritual do médium e perguntar se a evocação de determinado Espírito é possível. Se houver incompatibilidade entre Espírito e médium, o comunicante pode transmitir seu pensamento por meio do guia do médium ou aceitar a sua assistência. Nesse caso, seu pensamento chegará de segunda mão. Vê-se, só por esse fato, quanto importa que o médium seja bem assistido, porque, se ele for dominado por um obsessor, um indivíduo ignorante ou orgulho, a comunicação será alterada. (Págs. 107 e 108.)

82. Em uma reunião realizada em Montauban, a Sra. G... – médium vidente e sonâmbula muito lúcida – viu quando um Espírito curvou-se sobre sua perna e operou nela fricções e massagens sobre a região que, devido a uma entorse, doía muito. A operação foi muito dolorosa, mas ao cabo de dez minutos a entorse desapareceu, a inflamação se extinguira e o pé readquirira sua aparência normal. (Págs. 109 a 111.) (Continua no próximo número.)

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita