WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual
Capa desta edição
Edições Anteriores
Adicionar
aos Favoritos
Defina como sua Página Inicial
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco
 
Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 143 - 31 de Janeiro de 2010

WELLINGTON BALBO
wellington_plasvipel@terra.com.br
Bauru, São Paulo (Brasil)


Voto de cabresto em
nova roupagem

 
Em um passado nem tão remoto em épocas eleitorais de nosso Brasil via-se a figura lamentável dos coronéis, fazendeiros de grande poder econômico, que utilizavam sua força e poder para coagir o eleitorado a votar em determinado candidato. Capangas usavam e abusavam da violência e tratavam de garantir que ninguém fraudaria a vontade dos poderosos. Esta prática recebia a alcunha de voto de cabresto. No entanto, é inegável que a evolução das idéias humanas quebrou inúmeros absurdos do passado, mas como todo processo evolutivo é lento e responde à moralização dos cidadãos, o voto de cabresto ainda existe, embora em outra roupagem, mais light, sem violência física e sem capangas por perto.

 

O voto de cabresto hoje se faz de maneira psicológica, atuando junto às necessidades do eleitor. Uma bolsa isso, um auxílio aquilo, uma cesta básica, uma promessa... Olha, não vote em tal candidato, o benefício poderá ser cortado. Pense bem antes de votar, o candidato do partido A é da oposição, deixe-o de lado, senão...

 

Sim, não há mais o “coroné”, mas há o engravatado que semeia o medo, a desesperança e limita o raciocínio do cidadão. Desapareceu o capanga, mas surgiu o cabo eleitoral participando ativamente da campanha, abraçando os necessitados, visitando lares menos abastados, acariciando crianças, mostrando-se a imagem e figura da simpatia; uma simpatia de fachada que conquista as carentes mães da periferia. O cabresto hoje é feito de promessas vazias e evasivas, sem compromisso com a sinceridade e sem qualquer envolvimento com o bem coletivo. Um cabresto que não desfere pontapés, mas alimenta a ignorância. Um cabresto que uiva silencioso e pisoteia nas agruras humanas.

 

Quando será que desaparecerá o cabresto? Difícil saber, porquanto o cidadão comum também atua no seio da sociedade alimentando essa nefasta tendência de manipulação do poder. É o empresário que pensa somente em seus lucros esquecendo-se dos funcionários. São os funcionários que lesam a empresa “enrolando” no serviço, passando minutos ou horas a fio envolvidos com as maravilhas da internet. São as pessoas que agem como se o mundo fosse dos espertos, desrespeitando os mais elementares direitos do semelhante. Em realidade o cabresto começa aqui embaixo, em nós mesmos. Os governantes apenas manifestam as tendências de nossa sociedade. Se somos desonestos, eles também serão. Por isso o cabresto começa no fura fila, no troco a mais não devolvido, no produto comercializado acima do preço justo. “Veja que pechincha!!! Está barato!!!! Aproveite!” E há vendedores orgulhosos com seu desempenho, gabando-se: “Fiz ótimo negócio, empurrei por alto preço esta mercadoria encalhada há anos”.

 

Sim, é o cabresto manifestando-se por intermédio do verbo, enganando, ferindo direitos, prejudicando o outro...

 

Um cabresto bem vestido, um cabresto de terno e gravata, sorridente e simpático. Ah, os coronéis não se foram, o cabresto não se foi, é uma ilusão considerar grandes guinadas na sociedade sem a evolução moral do cidadão. Ou melhoramos como pessoas, coibindo más inclinações, ou o voto de cabresto permanecerá por muitas e muitas eleições.

 

Pensemos nisso.


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita