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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 143 - 31 de Janeiro de 2010

JOSÉ ARGEMIRO DA SILVEIRA
joseargemirosilveira@gmail.com
Ribeirão Preto, São Paulo (Brasil)
 

Estejamos contentes

“Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes” – Paulo (1 Timóteo, 6-8).
 

O ensino de Paulo a Timóteo parece muito rigoroso. Difícil de ser aplicado. Entretanto há que considerar a realidade daquela época, e o fato de tratar-se de pessoas dispostas a se dedicarem totalmente à divulgação, pela palavra e pelo exemplo, dos ensinos do Mestre Jesus. O sustento e o agasalho, ou seja, o estritamente necessário para atender às necessidades do corpo. Paulo, como se sabe, dedicava-se à atividade de tecelão. Mesmo em viagem, obtinha, com o seu trabalho, os recursos para sua manutenção, “para não ser pesado a ninguém”. Evitava o profissionalismo religioso, conservando-se independente para a nobre tarefa de ensinar.  

A recomendação de Paulo ao seu discípulo nos alerta quanto à necessidade do desapego dos bens materiais. Considera Emmanuel que “o monopolizador de trigo não poderá abastecer-se à mesa senão de algumas fatias de pão. O proprietário da fábrica de tecidos só pode usar alguns metros de tecido, para a confecção de sua roupa. Não é recomendável esperar o banquete, a fim de oferecer algo ao faminto; nem reclamar um tesouro, para ser útil ao necessitado. A caridade não depende da bolsa; nasce do coração. Ser previdente é correto, mas não subordinar a prática do bem ao cofre recheado“. (1) 

O apego se manifesta nos grandes, como nos pequenos. Conta-se que um sábio ensinava a muitos e, buscando vivenciar o que ensinava, desfez-se de tudo que possuía. Vendeu todos os seus bens, distribuindo-os aos pobres e só conservou o livro que estimava. Dormia onde lhe ofereciam abrigo, alimentava-se com o que lhe davam; vivia com simplicidade sem nada possuir, além do livro de estimação. O rei, sabendo daquele mestre e dos seus ensinos, convidou-o a morar, por algum tempo, no palácio, para aprender com ele. O sábio aceitou o convite, com a condição de residir em aposento simples, fora do palácio, mantendo seus hábitos. Certo dia, o rei o convidou para um passeio e quando voltavam constataram que um incêndio havia acabado com o palácio e as dependências próximas, nada restando do que lá estava. O rei aceitou o fato com naturalidade e informou ao companheiro: felizmente o que tenho aprendido com o senhor me leva a aceitar o ocorrido, sem grande dificuldade, embora valores elevados e documentos preciosos tenham sido destruídos. Entretanto, o sábio, muito irritado, reclamava ter perdido o seu livro precioso, não se conformando com o acontecido. Passado o momento de maior emoção, o hóspede do rei refletiu sobre o comportamento de ambos e pediu para continuar morando, próximo ao palácio, por mais algum tempo, pois percebeu que ele é quem devia aprender com o rei.  

Às vezes achamos que, quando tivermos um ganho mais alentado, ou quando nos aposentarmos, ou quando desfrutarmos de uma situação econômica mais sólida poderemos nos dedicar à causa do bem comum. Porém, essas situações desejadas podem não chegar; ou, se chegarem, a meta pode ser colocada mais adiante, e nunca estamos prontos ao trabalho no Bem. 

Disse alguém: “posses desnecessárias são cargas desnecessárias”. As necessidades das pessoas não são as mesmas, contudo, qualquer coisa, além do necessário, tende a tornar-se uma carga. Como o viajante que chegou à margem de um rio e, para atravessá-lo, construiu uma canoa. Atravessou o rio e, como a canoa ficara ótima, não quis abandoná-la. Resolveu levá-la consigo, embora dela não mais necessitasse.  

Emmanuel, finalizando a página em que analisa o versículo citado de início (1), convida: “Estejamos alegres e auxiliemos a todos os que nos partilhem a marcha, porque, segundo a sábia palavra do apóstolo, se possuímos a graça de contar com o pão e com o agasalho para cada dia, cabe-nos a obrigação de viver e servir em paz e contentamento”. 

 
 

Bibliografia: 

XAVIER, Francisco C./Emmanuel, Fonte viva – cap. 9.
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita