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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 142 - 24 de Janeiro de 2010

MARCUS VINICIUS DE AZEVEDO BRAGA
acervobraga@gmail.com

Guará II, Distrito Federal (Brasil)
 

Frutos e sementes


Certa feita, em uma noite de domingo, vi uma dessas reportagens com economistas realizando complexos cálculos e projeções. Nesta, em especial, calculava-se quanto uma família gastava para criar um filho, desde as fraldas do recém-nascido até os custos com a faculdade, observadas as correções monetárias e atualizações devidas. Não precisa dizer que os números foram astronômicos... 

Se fôssemos analisar a questão dos filhos apenas pela ótica econômica, teríamos aí um verdadeiro “investimento a fundo perdido”, com grandes riscos de prejuízo no futuro. Mas a vida não é só economia. É espiritualidade, principalmente. Pela Doutrina Espírita, aprendemos que os filhos são a oportunidade bendita de resgate, pelas vias da reencarnação, no reencontro dos compromissos assumidos com os Espíritos e com a Lei divina. Ter um filho é sempre um fato fantástico, quando a nossa vida frutificada se perpetua na semente. O destino da flor é o fruto, reza acertadamente a cartilha da natureza. 

Quando nos tornamos pais, a nossa vida se transforma de uma maneira irreversível. Quando assistimos ao telejornal uma criança que morre ou adoece, está ali nosso filho também. Quando uma mãe, à beira do desespero e da insensatez, abandona o seu filho no lixo ou no lago, como por vezes cita o noticiário, olhamos para os nossos filhos e nos perguntamos o porquê desse ato.  

Entretanto, muitos ainda tratam seus filhos como o “Brinquedo novo que não tem na loja”, delegando de forma incondicional todos os momentos para as empregadas domésticas (em que pese o amor que dispensam, não são os genitores e a criança sabe disso), abdicando dessa dádiva por motivações individualistas. Apesar de serem pais no sentido biológico, não sentem o aspecto profundo dessa dádiva.  

A paternidade e a maternidade têm um caráter divino, compromisso e bênção, onde o crescimento do Espírito deve ser o foco, aliando o equilíbrio na ternura e na exigência, com muito amor e diálogo. Ter filhos, no sentido biológico ou não, também é uma tarefa missionária, que costura compromissos passados e esperanças futuras. Para nós, espíritas, ela tem um caráter mais sublime, onde o filho de hoje é o irmão de amanhã, reforçando na carne os laços da parentela espiritual. 

Que se trata de um desafio, não temos dúvida! É uma vereda de dificuldades, às vezes quase insuperáveis, criar um filho. Mas também é uma jornada acompanhada de Espíritos que brindaram o nosso lar e representam um instrumento do nosso crescimento. Essa é a forma que a Providência Divina, em uma atitude para além da perpetuação da espécie, permitir que o egoísmo latente ceda ao sacrifício de nos doarmos a um ser mais próximo, como escola para nos doarmos para aqueles nem tão próximos.  

Desse modo, a experiência da paternidade/maternidade traduz-se em vivências exclusivas, de uma felicidade também exclusiva. Não é apenas um cálculo feito na ponta do lápis, é uma consolidação de laços anteriores que se traduz em crescimento mútuo para os envolvidos.  

Em uma época de individualismo exacerbado, onde as belas flores não querem virar frutos, permitir a reencarnação de Espíritos deve estar na pauta de nossos projetos. Importante lembrarmos que na paternidade/maternidade, a balança dos sacrifícios sempre se  compensa pela das bênçãos e pelos sorrisos.

Creiamos nisto!

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita