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Estudando a série André Luiz
Ano 3 - N° 142 – 24 de Janeiro de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Entre a Terra e o Céu

André Luiz

(Parte 19)

Continuamos a apresentar o estudo da obra Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Que argumentos Clara utilizou para despertar Odila e mudar o rumo de suas ideias?

Os argumentos foram vários, mas dois se revelaram decisivos. O primeiro: Clara lembrou-lhe que nossos filhos pertencem a Deus; assim, se a morte colheu a criança que ela tanto amava, separando-a dos braços paternais, é que a Vontade Divina determinou o afastamento. O segundo: Por que não clarear o próprio caminho, a fim de reencontrar o filho e embalá-lo, de novo, em seus braços, em vez de se consagrar inutilmente à vingança que a cegava? (Entre a Terra e o Céu, cap. XXIII, págs. 144 a 146.)

B. Odila transformou-se realmente?

Sim. Transcorrida uma semana, Clara informou ao grupo que Odila havia sofrido enorme transformação. Submetida à assistência magnética, a fim de sondar o passado, ela reconhecera a necessidade de cooperar com o marido para alcançarem ambos a vitória real nos planos do espírito. Suspirava, assim, por reencontrar o filhinho, dispondo-se a tudo fazer para ser útil ao esposo e à Evelina. Quanto à Zulmira, combateria a repulsa espontânea que nutria por ela, prometendo auxiliá-la como irmã, reajustando-se devidamente para fortalecê-la e ampará-la. (Obra citada, cap. XXIV, págs. 147 e 148.) 

C. Inspirada por Clara, como Odila definiu o lar?

Ela disse que o lar não é apenas o domicílio dos corpos. “É o ninho das almas, em cujo doce aconchego desenvolvemos as asas que nos transportarão aos cumes da glória eterna." (Obra citada, cap. XXIV, págs. 149 a 151.) 

Texto para leitura 

67. Odila se afasta - Clara insistia em suas advertências: "Odila, re­flete! Esqueces-te de que a mulher sempre é mãe? O túmulo não te res­tituirá o corpo que a Terra consumiu, e, se desejas recuperar a ter­nura e a confiança do companheiro que deixaste na retaguarda, é pre­ciso saber amá-lo com o espírito. Modifica os impulsos do coração! Não suponhas Amaro capaz de querer-te, transtornada qual te encontras, en­tre as farpas envenenadas do despeito, caso chegasse, de repente, até nós..."

– "Ela, porém, matou meu filho!...", replicou a infeliz.

– "Como podes provar se­melhante acusação?", indagou Clara.

– "A intrusa inve­java-lhe a posição no carinho de Amaro", justificou Odila.

– "Sim – disse Clara –, admito que Zulmira assim se conduzisse. É inexpe­riente ainda e a ignorância enquanto nos demoramos na Terra pode impe­dir-nos a visão, mas não seria justo, tão somente por isso, atribuir-lhe a morte do pequenino... Medita!" 

Clara mostrou-lhe então que a verda­deira fraternidade a ajudaria a sentir em Zulmira uma filha sus­cetível de recolher-lhe o afeto e a orientação... Assim, em vez de forjar uma inimiga, edificaria uma amiga nobre e leal que lhe enrique­ceria a vida. Odila, nesse ponto, quase vencida, só chorava, e Clara acrescen­tou: "Sei que sofres igual­mente como mãe atormentada... Re­corda, con­tudo, que nossos filhos per­tencem a Deus... E se a morte colheu a criança que estremeces, sepa­rando-a dos braços paternais, é que a Von­tade Divina determinou o afastamento..."

A Benfeitora acari­ciava-lhe a fronte, dando a impres­são de que submetia Odila a suaves operações magnéticas. Depois, acen­tuou: "Porque não te dispões a cla­rear o pró­prio caminho, a fim de re­encontrares o teu anjo e embalá-lo, de novo, em teus braços, ao invés de te consagrares inutilmente à vin­gança que te cega os olhos e enre­gela o coração?"

Ao ouvir essa frase, Odila gritou:

– "Meu filho!... Meu filho!..." e seu pranto se fez mais angustiado e como­vente.

Clara abraçou-a com carinho e disse-lhe, en­tão, que grande era a sua felicidade, porque poderia ajudar o com­panheiro que ficou na Terra, bastando-lhe uma prece de amor puro para vencer a redu­zida distância entre o seu sofrimento e o filhinho idola­trado...

– "Há vinte e dois séculos – aduziu a instrutora – espero por um minuto igual a este para o meu saudoso e agoniado coração, de vez que os meus amados ainda não se inclinaram para mim!..."

Odila comoveu-se com tal declaração e agarrou-se a ela, prosseguindo em choro convulso, enquanto Clara lhe falava: "Vamos, filha! Vamos à procura de nossa renovação com Jesus!..." Em seguida, conduziu-a para fora, colada ao seu peito, afastando-a, sem qualquer violência, de Zulmira. (Cap. XXIII, págs. 144 a 146) 

68. Odila se transforma - A mãe de Evelina foi internada numa institui­ção especializada, enquanto o grupo socorrista, durante sete noites consecutivas, visitou Zulmira, a fim de auxiliar o soerguimento dela. A segunda esposa de Amaro mostrava-se melhor, apesar da inércia a que se recolhera. Faltava-lhe, então, segundo explicou Clarêncio, a von­tade de lutar e viver. Era preciso dar tempo ao tempo.

Transcorrida uma semana, Clara informou ao grupo que Odila havia sofrido enorme transformação. Submetida à assistência magnética, a fim de sondar o passado, ela reconhecera a necessidade de cooperar com o marido para alcançarem ambos a vitória real nos planos do espírito. Suspirava, as­sim, por reencontrar o filhinho, dispondo-se a tudo fazer para ser útil ao esposo e à Evelina. Quanto à Zulmira, combateria a repulsa es­pontânea que nutria por ela, prometendo auxiliá-la como irmã, reajus­tando-se devidamente para fortalecê-la e ampará-la. Clara sugeriu tam­bém que Amaro, na noite próxima, fosse levado até à casa de refazi­mento espiritual em que Odila se encontrava, para justo entendimento. A mãe de Júlio estava reformada e daria provas disso no encontro com o ex-marido. O pedido de Clara foi alegremente atendido. Depois da meia-noite, logo que Amaro adormeceu, foi ele conduzido à presença de sua primeira esposa. (Cap. XXIV, págs. 147 e 148) 

69. Amaro revê a mulher - Logo que se viu em presença da mulher que amava, Amaro ajoelhou-se e exclamou, enlevado: "Odila!... Odila!..." A mulher, completamente transfigurada, pediu-lhe que tivesse coragem e fé, serenidade e valor na tarefa a realizar, mas ele declarou estar farto, vertendo, então, lágrimas copiosas. Odila, sustentada por Clara, alisou-lhe os cabelos e perguntou, em voz comovida: "Farto de quê?" Amaro respondeu: "Sinto-me entediado da vida... Casei-me, de novo, como deves saber, acreditando garantir a segurança de nossos filhos para o futuro, entretanto, a mulher que desposei nem de longe chega a teus pés... Fui ludibriado! Em lugar da felicidade, encontrei o desapontamento que não sei disfarçar!..." Em seguida, comentou, muito triste: "Nosso Júlio morreu num desastre, quando encerrava para mim as melhores aspirações, nossa filha se estiola num quarto sem ale­gria e a madrasta que lhes impus apodrece num leito!... Ah! Odila, po­derás compreender o que sofro? Tenho rogado a morte ao Céu para que nos reunamos na eternidade, mas a morte não vem..."

A esposa, mais bela agora devido aos pensamentos redentores que lhe manavam do ser, com os olhos enevoados de pranto, disse-lhe: "Sim, Amaro, compreendo! Também eu padeci muito, no entanto, hoje reconheço que a nossa dor é agravada por nós mesmos..." E ponderou que ambos não estavam sabendo cultivar o amor na Terra para a edificação de seu paraíso espiri­tual... Odila transmitiu-lhe, então, conselhos reconfortadores, refe­rindo que também se achara assim, mas procurara no silêncio e na ora­ção o roteiro renovador.

Nesse ponto, Clarêncio tocou a fronte de Amaro com a destra, para que ele se recordasse das dívidas contraídas no Paraguai, e o amigo, de posse das reminiscências fragmentárias que lhe assomavam do coração, passou a compreender que Zulmira, tal como Odila dizia, não entrara em sua vida sem motivo justo. Inspirada por Clara, Odila acentuou: "Se Zulmira foi situada no templo de nosso amor, é que nosso amor lhe deve a bênção da felicidade de que nos sen­timos possuídos..." E aduziu: "Interpretemo-la por nossa filha, por irmã de Evelina, cujos passos nos compete encaminhar para o bem. O lar não é apenas o domicílio dos corpos... É o ninho das almas, em cujo doce aconchego desenvolvemos as asas que nos transportarão aos cumes da glória eterna". (Cap. XXIV, págs. 149 a 151) (Continua no próximo número.)


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita