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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 141 - 17 de Janeiro de 2010

GEBALDO JOSÉ DE SOUSA
gebaldojose@uol.com.br
Goiânia, Goiás (Brasil)

 

Apometria não convém às Casas Espíritas

(Parte 3 e final)


Técnicas mediúnicas que não são práticas espíritas A mediunidade não é patrimônio exclusivo da Doutrina Espírita e muitas práticas alheias ao Espiritismo a utilizam. É dever de todo espírita estudar profundamente as obras básicas, para que possamos preservar a pureza doutrinária. O Codificador, referindo-se ao Espiritismo, indaga-nos: "Como pretender-se em algumas horas adquirir a Ciência do Infinito?", em "O Livro dos Espíritos" (Introdução ao estudo da Doutrina Espírita, item XIII, p 39), edição FEB. 

Diversos cultos religiosos desenvolvem atividades que favorecem a renovação espiritual de encarnados e desencarnados. Merecem nosso respeito, mas nem por isso vamos adotar seus rituais e práticas exteriores, por considerá-los contrários aos princípios básicos da Doutrina Espírita. 

Concluímos que falta o conhecimento da Doutrina Espírita. Não basta a frequência à Casa Espírita. Indispensável estudá-la, incessante, incansavelmente. Seu aprendizado exige esforços. 

Percebe-se, claramente, que a Doutrina Espírita é uma ilustre desconhecida de boa parte dos 'espíritas', especialmente quanto à sua parte teórica. 

Reconhecemos haver pessoas sinceras, com elevados sentimentos, que enveredam por esses outros caminhos; mas sabemos que não bastam os bons sentimentos, como bem nos recomenda o Espírito da Verdade, em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", Cap. VI, item 5: 

"Espíritas, amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo." 

Portanto, urge estudar a Doutrina Espírita, para melhor aplicá-la. Indispensável estabelecer critérios mais rigorosos quanto à admissão de participantes às reuniões mediúnicas. Allan Kardec era extremamente rigoroso para admitir frequentadores às reuniões ditas experimentais. 

Há dois meios fundamentais ao aprimoramento das reuniões mediúnicas: estudo e reforma íntima. 

"Não imaginais o que se pode obter numa reunião séria, de onde se haja banido todo sentimento de orgulho e de personalismo e onde reine perfeito o de mútua cordialidade." "O Livro dos Médiuns", cap. XXV, item 282, 15ª ed. FEB. 

Conclusões – Do exposto, concluíram os integrantes da Comissão de Trabalhos Mediúnicos: 

1) Que o Espiritismo constitui-se numa doutrina completa, em seus aspectos moral, religioso, filosófico e científico, com suas raízes no Evangelho de Jesus Cristo, representando o Cristianismo Redivivo;

2) Que não basta afirmar-se espírita e utilizar a mediunidade para que uma prática seja considerada espírita;

3) Que as orientações dos Espíritos Superiores que acompanham o Movimento Espírita no Brasil são muito claras quanto à fidelidade aos princípios codificados por Allan Kardec;

4) Que a orientação, a experiência e a prática dos médiuns mais amadurecidos como Francisco Cândido Xavier e Divaldo Pereira Franco, entre outros, tem demonstrado sempre a necessidade de vigilância com relação à preservação da pureza dos princípios básicos da Doutrina Espírita;

5) Que esta prática da técnica apométrica realizada dentro da Casa de Eurípedes teve caráter experimental, com o objetivo de avaliar sua aplicabilidade, eficiência e adequação aos princípios espíritas que aquela Instituição tem preservado com rigor e fidelidade;

6) Que ultrapassado esse período de experimentação e avaliação, concluíram pela incompatibilidade da apometria com os princípios que a Casa adota;

7) Que o uso de energia para afastar obsessores sem a necessária transformação moral (Reforma Íntima), indispensável à libertação real dos envolvidos nos dramas obsessivos, contradiz os princípios básicos do Espiritismo, pois, o simples afastamento das entidades rancorosas não resolve a questão;

8) Que a apometria, especialmente por suas leis e rituais, não é técnica que se enquadra nos princípios doutrinários espíritas, codificados por Allan Kardec não sendo, portanto, uma prática Espírita;

9) Que a ausência, nas reuniões da apometria, de atitudes de recolhimento íntimo, de concentração superior e da manutenção do ambiente de prece e elevação mental contraria as orientações doutrinárias espíritas, tanto do ponto de vista moral como da técnica mediúnica espírita, propiciando as manifestações anímicas e a mistificação, com grande risco de se perder o controle e evoluir para processos obsessivos graves;

10) Que a utilização pela prática apométrica de contagens de pulsos, gestos especiais, entre outros atos exteriores, abre precedentes graves para implantação de rituais e maneirismos, totalmente inaceitáveis na prática espírita, que é doutrina da fé raciocinada;

11) Que o programa terapêutico do Hospital prevê a abordagem do ser humano nos seus aspectos bio-psico-sócio-espirituais, oferecendo tratamento médico, sócio-familiar, psicoterápico e espiritual de forma integrada e solidária, de acordo com a visão espírita, não existindo dados que possam garantir superioridade da técnica apométrica isoladamente sobre quaisquer outras utilizadas pelo Hospital.

Concluíram, afinal, após longos estudos e, especialmente, ouvir detalhada exposição do assunto, com uso de data-show, pela equipe que a praticava em nossa Instituição, que a apometria não se ajusta à Doutrina Espírita e, por isso, sua prática não é adequada à Casa de Eurípides. Nestes três artigos expomos aos interessados o resultado desses estudos, que justificam nossa posição contrária à utilização desse método.

Assim, o parecer daquela Comissão sugeriu que o Conselho Doutrinário e Mediúnico recomendasse, ao grupo que aplica a técnica apométrica naquele Hospital Espírita, que a suspendesse, retornando à prática das reuniões mediúnicas de desobsessão, de acordo com os princípios doutrinários espíritas.

Aventou, ainda, a possibilidade de o Conselho Doutrinário e Mediúnico adotar alternativas, para o encaminhamento da relevante questão. Mas que considerasse sobretudo a responsabilidade que lhe pesa nos ombros, conforme assinala o digno Dr. Bezerra de Menezes:

"Cumpre-vos transferir às gerações porvindouras, com a pulcritude que o recebestes, o patrimônio espírita legado pelos Benfeitores da Humanidade e codificado pelo ínclito Allan Kardec, preparando as gerações novas, que vos sucederão na jornada de construção do mundo novo." (Bezerra de Menezes/Divaldo P. Franco: Bezerra de Menezes ontem e hoje, ed. FEB, p. 155)

A recomendação para que se preserve, naquele Hospital Espírita, a fidelidade ao Espiritismo, que é doutrina completa, cristalina, dispensando enxertias de quaisquer natureza, foi aprovada.

Lamentavelmente, não obstante reiterados apelos de vários integrantes do Conselho, o grupo não acatou a sugestão de voltar à lídima prática mediúnica espírita, preferindo afastar-se da Casa de Eurípedes. Mas lhes foi dito que as portas da Casa permanecem-lhes abertas, bem assim os nossos corações, se se dispuserem à fidelidade a Jesus e a Allan Kardec!


(*) Colaborou na redação do artigo o confrade Jeziel Silva Ramos, médico e presidente do Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo, de Goiânia (GO).


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita