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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 141 - 17 de Janeiro de 2010

EUGÊNIA PICKINA 
eugeniamva@yahoo.com.br 
Londrina, Paraná (Brasil)
 
 

Família e individualidade


É verdade que a natureza biológica do ser humano (o legado dos genes) é insuficiente para a composição de sua humanidade. Por isso, não se deve idealizar as famílias, tampouco ignorá-las, ainda que elas sejam feitas para serem deixadas.

Juntos? Se a família é a condição da vida social, igualmente ela comporta a mistura da animalidade e da cultura, e por isso ela dá e recebe, até para que o filho, ou a filha, se vá e caminhe o seu caminho. 

De fato, na família há peso, tensão, desconcerto, memórias encobertas, e eu, como quase todos, estou em boa posição para tudo isso sentir-e-reconhecer, sendo esses elementos a densa matéria-prima de meus contínuos desalojamentos. 

Cansaço das condicionalidades que se subjugam à lei para compor a passagem entre instinto e razão. Entre os dois? O afeto: para que aprendamos não só a ética, mas igualmente a solidariedade e, com sorte, o companheirismo. 

Onde termina a família?  Na transmissão da educação, tão decisiva. Onde continua a família? Raras vezes nas raízes afetivas, muitas vezes nas dependências, comuns à maioria dos humanos. 

Ora, quando estamos  nas garras de uma dependência, estamos sempre no passado, no lugar de origem e apenas vagamente conscientes, pois teimamos em (re)viver a antiga trama do filho rejeitado, do preferido da mamãe (e sutilmente controlado), do ressentimento dos irmãos ou da esperança do pai... Aqui, de volta à família, porque nunca a largamos. 

Como não somos uma narrativa única, o que é doloroso é o reconhecimento, com a idade, de que temos menos autonomia na construção de nossas vidas do que havíamos suposto. Mas e a educação? Em geral, há equívocos e lacunas, mas o que não encontramos no interior de nossa família, a vida certamente disporá em outros lugares, caso estejamos atentos e espontaneamente flexíveis ao convívio com o outro. 

Além disso, precisamos entender a necessidade de considerar algumas das questões mais inconscientes que orientam nossas vidas para que estas não se tornem tão pequenas. Penso, sobretudo, naquelas perguntas que dizem respeito à autoestima e à confiança, pois, desse modo, possamos, movidos pela paciência, discernir, nas diversas tramas de nossas vidas, entre escolha real e traição (in)voluntária do nosso propósito existencial, porquanto nascemos para ser e florescer

O fato é: se nos afastamos da consciência  será impossível discernir o que fizerem de nós daquilo que somos essencialmente. Então, novamente, de volta à família, à espera de culpados e à mercê de um sofrimento inútil que nos deixa inermes ou reativos, comportamentos infecundos... 

No caminho do coração, podemos nos arriscar e encarar o desafio de nosso projeto de florescência para que deixemos de esbarrar reiteradamente nos limites de escolha que constringiram nossa família de origem. Aqui talvez resida a nossa redenção para que não sejamos o personagem menor  (imaturo) de uma história (programação) que se perdeu.
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita