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Clássicos do Espiritismo
Ano 3 - N° 141 – 17 de Janeiro de 2010

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
 

Memórias do Padre Germano

Amália Domingo Sóler

 (Parte 3)

Damos continuidade nesta edição ao estudo do clássico Memórias do Padre Germano, que será aqui estudado em 20 partes. A fonte do estudo é a 21ª edição do livro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Como o Padre Germano conceituava os ateus?

Ele dizia que as religiões devem servir para aproximar o homem de Deus, porque constituem um freio ao galope das paixões; contudo, tão ateu é o que diz não crer em Deus como o que levanta uma capela para encobrir um crime, o que costumava ocorrer em seu tempo. (Memórias do Padre Germano, pp. 51 e 52.)

B. Tem valor a oração que se faz como mera rotina, mecanicamente?

Segundo Germano, a oração a horas fixas é penosa tarefa, é mera rotina,  é qual pássaro sem asas que, ao invés de alçar-se às alturas, rasteja e cai ao solo. “As preces elevadas ao som do campanário – disse ele – não transpõem as grades do coro; são como mananciais que rolam entre barrancos pedregosos, sem deixar vestígios de sua passagem.” (Obra citada, pág. 61.)

C. Que significado teve, para o Padre Germano, o caso Madalena?

Esse caso apenas reforçou sua aversão aos conventos, para ele um lugar de estacionamento para os espíritos e um inferno para as mulheres, como pôde comprovar ao ouvir em confissão muitas monjas. Madalena era o consolo, o arrimo e a alegria de um velho homem, pai de prole numerosa que perdera a esposa, a maior parte de sua fortuna e, por cúmulo, quase cego ficara. Dos sete filhos a sustentar, apenas ela, a filha mais velha, o ajudava no sustento do lar; contudo, convencida pelos conselhos de um missionário, a jovem estivera a ponto de entrar para um convento, deixando para trás seus deveres de filha. (Obra citada, pp. 62 a 66.)  

Texto para leitura 

17. A Fonte da Saúde é o assunto principal do cap. 5, onde Padre Germano, reconhecendo que a Religião só admite a verdade, afirma que “as religiões... são o manto das misérias humanas”. (P. 51)

18. Para o Padre Germano, as religiões devem servir para aproximar o homem de Deus, porque constituem um freio ao galope das paixões; contudo, tão ateu é o que diz não crer em Deus como o que levanta uma capela para encobrir um crime. (P. 52)

19. Foi exatamente isso que uma rica mulher propôs a Germano. Sua filha Clarisse seria mãe, mas a criança era fruto de um amor incestuoso: ela e um irmão (filho bastardo de seu pai) haviam sido vítimas de satânica tentação (pelo menos foi assim que a mulher classificou o caso). Na presença do Padre Germano, a rica mulher propôs: “Quando o filho do crime, quando o fruto do incesto vier ao mundo, é necessário sufocar-lhe o choro; e, para desagravo do Eterno, levantaremos sobre a sua ignota sepultura uma ermida, que tomará o lugar da fonte próxima e se denominará a Capela da Saúde”. (PP. 56 e 57)

20. Padre Germano cortou-lhe a palavra, censurando-a amargamente: “Quereis levantar um templo sobre um túmulo! Quereis que o sangue de uma criança sirva de argamassa às pedras de uma nova igreja, levantada para encobrir um crime!” “Não blasfemeis mais, senhora, porque ai dos blasfemos... Acreditais que os incestuosos serão menos culpados, se depois de cometerem um assassínio dispuserem as primeiras pedras de uma catedral? Ah! senhora, Deus não quer templos de pedra, porque Ele os formou, múltiplos, na consciência de cada homem”. (P. 57)

21. Assustada com as palavras do Padre, que não descansou enquanto não achou uma família que adotasse a criança, a mulher concordou com o nascimento e a sobrevivência do menino. Ao regressar à Corte, depois do parto, Clarisse apertou a mão do Padre Germano e lhe disse: “Obrigada, Padre; quando para aqui vim, estava desesperada, e, graças a vós, hoje me encontro tranquila. Velai por ele, meu Padre, e, quando possa rezar, ensinai-o a rezar por sua mãe”. (P. 58 e 59)

22. “O Melhor Voto” é o título do cap. 6, em que o Padre Germano, deplorando o vazio das comunidades religiosas, assevera que o trabalho a que mais se dedicam os religiosos é absolutamente estéril, uma vez que a oração a horas fixas é penosa tarefa, é mera rotina,  é qual pássaro sem asas que, ao invés de alçar-se às alturas, rasteja e cai ao solo. “As preces elevadas ao som do campanário -- diz Germano -- não transpõem as grades do coro; são como mananciais que rolam entre barrancos pedregosos, sem deixar vestígios de sua passagem.” (P. 61)

23. Neste capítulo, em que nos relata o caso Madalena, Padre Germano reitera sua opinião a respeito dos conventos, para ele um verdadeiro contrassenso, lugar de estacionamento para os espíritos e, finalmente, um inferno para as mulheres, como ele pôde comprovar ao ouvir em confissão muitas monjas. (P. 62)

24. Madalena era o consolo, o arrimo e a alegria de um velho homem, pai de prole numerosa que perdera a esposa, a maior parte de sua fortuna e, por cúmulo, quase cego ficara. Dos sete filhos a sustentar, apenas ela, a filha mais velha, o ajudava no sustento do lar; contudo, convencida pelos conselhos de um missionário, a jovem decidira entrar para um convento. (PP. 63 e 64)

25. Desesperado com essa notícia, o pai -- que era adepto da Reforma protestante -- pediu ajuda ao Padre Germano. Perdê-la para sempre, saber que ela vivia, mas não vivia para os seus, seria para ele como a morte... O Padre Germano prometeu ajudá-lo e assim o fez, mostrando a Madalena que a vida de clausura é contrária à lei natural, que a mulher não veio à Terra para encerrar-se num convento e que o bom caminho, a ela destinado, não era abandonar seu pai nos derradeiros momentos de sua vida, quando havia perdido esposa, fortuna e a preciosa luz dos olhos, mas servir à sua velhice, alegrar a noite de sua existência, aceitar o afeto de um homem de bem, proporcionando assim a seu pai um novo arrimo. (PP. 64 a 66) (Continua na próxima edição.)


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita