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Crônicas e Artigos
Ano 3 - N° 140 - 10 de Janeiro de 2010

JANE MARTINS VILELA
limb@sercomtel.com.br
Cambé, Paraná (Brasil)

Família espiritual


“...Os laços de sangue não estabelecem, necessariamente, os laços entre os Espíritos... Os verdadeiros laços de família não são, pois, os da consanguinidade, mas os da simpatia e da comunhão de pensamentos que unem os Espíritos antes, durante e após a sua encarnação...” (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV, item 8.)

Quando vemos tanto abandono, tanto desinteresse afetivo grassando, quando muitos procuram os bens materiais como os maiores tesouros, deixando os afetos, que são os verdadeiros tesouros, é gratificante vermos os laços de amor vencendo. 

Um dia desses fomos visitar uma família dessas em que o amor impera. A mulher, já em idade bem avançada, está na fase final de um câncer, com metástases generalizadas. O Hospital de Câncer havia receitado uma medicação para dor cuja caixa de comprimidos custava 40 reais e durava apenas três dias. O marido, também de idade avançada, catador de papel, não descansava, mas não a deixava sem o remédio. 

Fomos visitá-la em sua casa. A senhora enferma ofegava, dispneica, enquanto a filha carinhosamente fazia de tudo para confortá-la, acarinhando-a enquanto agia. “Mãe, está bom assim?” “Mãezinha, está melhor assim?” 

Estava a senhora numa cama hospitalar novinha, que eles tinham guardado para quando fosse preciso, porque a mãe do marido havia usado quando precisou. A casa, limpinha, mas miserável. Eles se preocupando: “Será que é bom comprar um aparelho de pressão? A pressão dela subiu muito no hospital”, disse a filha. 

Nós, vendo aquela preocupação toda, e eles não tinham nem o que comer, mas se sacrificavam por ela. “A pressão dela é boa, não precisa, está normal”, dissemos. “Aposto como a senhora ficou aflita demais internada e a pressão subiu devido a isso, no hospital.” – “É verdade”, disse ela. “Lá eu fiquei tensa demais!” 

O amor deles ali era visível, bonito, e emocionantes os cuidados que dispensavam. 

Quando saímos, ficamos sabendo que a doente havia se casado há uns vinte anos com aquele senhor e, quando isso ocorreu, aquela senhora já cinquentenária que carinhosamente cuidava dela e a chamava de mãe tinha cerca de 30 anos, e recebeu dela a atenção e o carinho de mãe que ela não havia recebido de sua mãe biológica, que a havia abandonado quando criança. Casada, com filhos e netos, cuidava agora da senhora acamada, com um carinho que emociona quem as via. 

Essa é uma família espiritual, pensamos. Milhares há assim. Como é bom ver o amor vicejando aqui na Terra, nas casas ricas e nas casas pobres... É bom ver o amor nos cuidados, no carinho, na atenção.  

Vamos amar muito e dar muito afeto, abraços, beijos, atenção, cuidados para a nossa família terrena, para que ela, por esses laços, se torne a imorredoura família espiritual. 

Vamos aproveitar enquanto estamos juntos, diz nosso querido filho de 16 anos, que nos abraça e beija toda hora que cruza conosco. Ele está certo. Não sabemos o dia de amanhã. Aqueles que se amam se reunirão um dia pelos laços do amor, mas, até lá, cada um vai para o plano espiritual condizente com sua elevação moral. 

Até podermos ficar todos juntos, vamos abraçar mais, beijar mais, ter atenção e carinho uns com os outros, para com a família e com os amigos, sendo um poste de luz por onde passarmos, uma presença de amor aonde entrarmos. 

Que esta seja uma proposta de Ano Novo: amar mais.



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita