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Estudando a série André Luiz
Ano 3 - N° 140 - 10 de Janeiro de 2010

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Entre a Terra e o Céu

André Luiz

(Parte 17)

Continuamos a apresentar o estudo da obra Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Onde se radicam as causas das enfermidades humanas?

Segundo o Ministro Clarêncio, a percentagem quase total das enfermidades humanas guarda origem no psiquismo. Orgulho, vaidade, tira­nia, egoísmo, preguiça e crueldade são vícios da mente, gerando per­turbações e doenças em seus instrumentos de expressão. Quando ofendemos a essa ou àquela criatura, lesamos primeiramente a nossa própria alma, uma vez que rebaixamos a nossa dignidade de Espíritos eternos, retardando em nós sagradas oportunidades de crescimento. É por isso que a dor comparece em nossa vida como fator essencial no reajuste. "A dor é o grande e abençoado remédio – diz Clarêncio –, porque nos reeduca a atividade mental, reestruturando as peças de nossa instru­mentação e polindo os fulcros anímicos de que a inteligên­cia se vale para desenvolver-se. É ela, depois de Deus, a única força capaz de alterar o rumo de nossos pensamentos, compelindo-nos a indis­pensáveis modificações, com vistas ao Plano Divino, de que não podemos fugir sem graves prejuízos para nós mesmos.” (Entre a Terra e o Céu, cap. XXI, pp. 132 a 134.) 

B. Por que Clarêncio recorreu à Irmã Clara para a doutrinação de Odila?

O Ministro explicou que ele detinha, sim, alguma força magnética sufi­cientemente desenvolvida, capaz de operar sobre a mente de nossos com­panheiros em recuperação; mas ainda não dispunha de sentimento sublimado, suscetível de garantir a renovação da alma. E, humilde­mente, aditou: "Sem dúvida, dentro de minhas limitações, estou habili­tado a falar à inteligência, mas não me sinto à altura de redimir co­rações. Para esse fim, para decifrar os complicados labirintos do so­frimento moral, é imprescindível haver atingido mais elevados degraus na humana compreensão". (Obra citada, cap. XXII, pp. 135 e 136.)

C. Como conceituar a cólera e quais os seus efeitos?

O ensinamento veio da Irmã Clara, que foi incisiva ao dizer que a cólera não apro­veita a ninguém, não passa de perigoso curto-circuito de nossas forças mentais, por defeito na instalação de nosso mundo emotivo, arremes­sando raios destruidores, ao redor de nossos passos. Em tais oca­siões, se não encontramos, junto de nós, alguém com o material iso­lante da oração ou da paciência, o súbito desequilíbrio de nossas energias estabelece os mais altos prejuízos à nossa vida, porque os pensamentos desvairados, em se interiorizando, provocam a temporária cegueira de nossa mente, arrojando-a em sensações de remoto pretérito, nas quais como que descemos, quase sem perceber, a infelizes experiên­cias da animalidade inferior. E Clara aduziu: "A cólera, segundo reconhecemos, não pode e nem deve comparecer em nossas observações, relativas à voz. A criatura enfurecida é um dínamo em descontrole, cujo contacto pode gerar as mais estranhas pertur­bações". (Obra citada, cap. XXII, pp. 137 e 138.)

Texto para leitura

61. Causas e função das doenças - Clarêncio acentuou que o corpo do homem na Crosta foi erigido pacientemente, no curso dos sécu­los, e o delicado veículo do Espírito, nos planos mais elevados, vem sendo construído, célula a célula, na esteira dos milênios incessan­tes, "até que nos transfiramos de residência, aptos a deixar, em defi­nitivo, o caminho das formas, colocando-nos na direção das esferas do Espírito Puro, onde nos aguardam os inconcebíveis, os inimagináveis recursos da suprema sublimação". A conversação derivou então para as enfermidades e suas causas: "Um dia, o ho­mem ensinará ao homem, consoante as ins­truções do Divino Médico, que a cura de todos os males reside nele próprio. A percentagem quase total das enfermidades humanas – asseve­rou Clarêncio – guarda origem no psiquismo. Orgulho, vaidade, tira­nia, egoísmo, preguiça e crueldade são vícios da mente, gerando per­turbações e doenças em seus instrumentos de expressão". O Benfeitor lembrou, em seguida, que a morte não é redenção, e nunca foi: "O pás­saro doente não se retira da condição de enfermo, tão só porque se lhe arrebente a gaiola. O inferno é uma criação de almas desequilibradas que se ajuntam, assim como o charco é uma coleção de núcleos lodacen­tos, que se congregam uns aos outros. Quando de consciência inclinada para o bem ou para o mal perpetramos esse ou aquele delito no mundo, realmente podemos ferir ou prejudicar a alguém, mas, antes de tudo, ferimos e prejudicamos a nós mesmos. Se eliminamos a existência do próximo, nossa vítima receberá dos outros tanta simpatia que, em breve, se restabelecerá, nas leis de equilíbrio que nos governam, vindo, muita vez, em nosso auxílio, muito antes que possamos recompor os fios dilacerados de nossa consciência". "Quando ofendemos a essa ou àquela criatura, lesamos primeiramente a nossa própria alma, de vez que rebaixamos a nossa dignidade de espíritos eternos, retardando em nós sagradas oportunidades de crescimento." Ele informou, por fim, que a enfermidade, como desarmonia espiritual, sobrevive no pe­rispírito e que as doenças conhecidas e desconhecidas do mundo por muito tempo persistirão nas esferas torturadas da alma, conduzindo-nos ao rea­juste. "A dor é o grande e abençoado remédio", acentuou, porque nos reeduca a atividade mental, reestruturando as peças de nossa instru­mentação e polindo os fulcros anímicos de que a inteligên­cia se vale para desenvolver-se. É ela, depois de Deus, a única força capaz de alterar o rumo de nossos pensamentos, compelindo-nos a indis­pensáveis modificações, com vistas ao Plano Divino, de que não podemos fugir sem graves prejuízos para nós mesmos. (Cap. XXI, págs. 132 a 134) 

62. Irmã Clara - A caminho da residência de Irmã Clara, a quem Clarên­cio pediria ajuda no esclarecimento de Odila, André tinha a mente a fervilhar de indagações. Por que o Ministro rogaria a ela ajuda, quando se dirigira com tanto êxito à mente de Armando e Esteves? por que não conseguiria doutrinar também a desditosa irmã enferma? Clarên­cio ouviu-o, tolerante, e respondeu: "Iludes-te. Nem sempre doutrinar será transformar. Efetivamente, guardo alguma força magnética sufi­cientemente desenvolvida, capaz de operar sobre a mente de nossos com­panheiros em recuperação; no entanto, ainda não disponho de sentimento sublimado, suscetível de garantir a renovação da alma". E, humilde­mente, aditou: "Sem dúvida, dentro de minhas limitações, estou habili­tado a falar à inteligência, mas não me sinto à altura de redimir co­rações. Para esse fim, para decifrar os complicados labirintos do so­frimento moral, é imprescindível haver atingido mais elevados degraus na humana compreensão". Cercada de arvoredo e possuindo espaçosos can­teiros de flores, a residência de Clara parecia pequeno colégio ou gracioso internato para moças. De fato, Clara não morava numa escola, mas mantinha em casa um verdadeiro educandário, tão grandes e luzidas eram as assembleias instrutivas que sabia organizar. A benfeitora os recebeu em extenso salão, onde era atenciosamente ouvida por quatro dezenas de alunos de variadas condições, que se instalavam à vontade, em grupos diversos, sem qualquer ideia de escola assinalando o am­biente em sua feição exterior. De olhos rasgados e lúcidos a lhe mar­carem magnificamente o semblante, e dotada de basta cabeleira, Clara parecia uma jovem Madona, detida entre os melhores dons da mocidade e da madureza, e foi com alegria sincera que, interrompendo a aula, atendeu o Ministro e seus pupilos. (Cap. XXII, págs. 135 e 136) 

63. A importância da voz - Clara, que ministrava um curso rápido sobre a importância da voz a serviço da palavra, retomou sua expla­nação: "Conforme estudamos na noite de hoje, a palavra, qualquer que ela seja, surge invariavelmente dotada de energias elétricas específi­cas, libertando raios de natureza dinâmica. A mente, como não ignora­mos, é o incessante gerador de força, através dos fios positivos e ne­gativos do sentimento e do pensamento, produzindo o verbo que é sempre uma descarga eletromagnética, regulada pela voz. Por isso mesmo, em todos os nossos campos de atividade, a voz nos tonaliza a exterioriza­ção, reclamando apuro de vida interior, de vez que a palavra, depois do im­pulso mental, vive na base da criação; é por ela que os homens se aproximam e se ajustam para o serviço que lhes compete e, pela voz, o trabalho pode ser favorecido ou retardado, no espaço e no tempo". Uma das aprendizes aludiu à necessidade de jamais nos encolerizarmos, e Clara assentiu, dizendo: "Sim, indiscutivelmente, a cólera não apro­veita a ninguém, não passa de perigoso curto-circuito de nossas forças mentais, por defeito na instalação de nosso mundo emotivo, arremes­sando raios destruidores, ao redor de nossos passos... Em tais oca­siões, se não encontramos, junto de nós, alguém com o material iso­lante da oração ou da paciência, o súbito desequilíbrio de nossas energias estabelece os mais altos prejuízos à nossa vida, porque os pensamentos desvairados, em se interiorizando, provocam a temporária cegueira de nossa mente, arrojando-a em sensações de remoto pretérito, nas quais como que descemos quase sem perceber a infelizes experiên­cias da animalidade inferior". E Clara aduziu, de forma peremptória: "A cólera, segundo reconhecemos, não pode e nem deve comparecer em nossas observações, relativas à voz. A criatura enfurecida é um dínamo em descontrole, cujo contacto pode gerar as mais estranhas pertur­bações". (Cap. XXII, págs. 137 e 138) (Continua no próximo número.)
 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita