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Estudando a série André Luiz
Ano 3 - N° 138 - 20 de Dezembro de 2009

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)  
 

Entre a Terra e o Céu

André Luiz

(Parte 15)

Continuamos a apresentar o estudo da obra Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. O ódio pode gerar a loucura?

Sim. Segundo André Luiz, o ódio gera, efetivamente, a loucura. "Quem se debate contra o bem, cai nas garras da perturbação e da morte", aduziu o autor espiritual, ao comentar o caso Mário Silva. (Entre a Terra e o Céu, cap. XIX, pp. 120 a 122.)

B. Por que os casos Esteves e Júlio apresentavam situações tão díspares?

Respondendo a essa questão, a explicação de Clarêncio foi clara: "Esteves foi envenenado, enquanto Júlio se envenenou. Há muita diferença. O suicídio acarreta vasto complexo de culpa. A fixação mental do remorso opera inapreciá­veis desequilíbrios no corpo espiritual. O mal como que se instala nos recessos da consciência que o arquiteta e concretiza". (Obra citada, cap. XX, pp. 125 e 126.)

C. O pensamento exerce influência sobre o perispírito?

Sim. Segundo Clarêncio, o perispírito é regido intimamente por sete centros de força, que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sinto­nia uns com os outros, ao influxo do poder da mente, estabele­cem um veículo de células elétricas, que pode ser definido como um campo ele­tromagnético. "Nossa posição mental – elucidou Clarêncio – determina o peso espe­cífico do nosso envoltório espiritual e, consequentemente, o habitat que lhe compete. Mero problema de padrão vibratório. Cada qual de nós respira em determinado tipo de onda. Quanto mais primitiva se revela a condi­ção da mente, mais fraco é o influxo vibratório do pensamento, indu­zindo a compulsória aglutinação do ser às regiões da consciência em­brionária ou torturada, onde se reúnem as vidas inferiores que lhe são afins." (Obra citada, cap. XX, pp. 125 e 126.) 

Texto para leitura

55. Mário acorda tenso e aflito - Ante as explicações de Clarêncio, Amaro revelava-se disposto a obedecer aos di­tames de natureza supe­rior, fossem quais fossem. Mário não pa­recia, porém, desperto para as verdades trazidas pelo Instrutor. Contemplando a mulher amada, ele de­monstrava-se indiferente. Depois, rugiu, desesperado: "Não posso modi­ficar-me, desgraçado de mim!... Odiarei! odiarei a infame que vol­tou!... Somente a vingança me convém, não quero perdoar! não quero perdoar!..." Enraivecido e inquieto, como uma fera solta, o rapaz er­guia os punhos cerrados contra a desditosa mulher que jazia no leito, enquanto seu veículo espiritual, rodeado de um halo cinzento-escuro, despedia raios desagradáveis e per­turbantes. Clarêncio liberou-o da influência magnética com que lhe tolhia as energias e, reconhecendo-se livre, Mário Silva retrocedeu, exclamando: "Não suporto mais! não su­porto mais!..." E correu para o seio da noite. Clarêncio pediu a André e Hilário que o seguissem, por­quanto ele necessitaria de passes anes­tesiantes para acalmar-se na volta ao corpo denso. Além disso, não po­deria guardar na lembrança a experiência daquela noite, porque a aven­tura provocada pela insistên­cia mental dele mesmo era suscetível de perigosas consequências. De volta ao quarto, Mário aderiu ao corpo denso com o auto­matismo da molécula de ferro atraída pelo ímã. O peito arfava, sibi­lante; o coração estava desgovernado, sob o império de in­sopitável arritmia. O enfermeiro foi ajudado com passes magnéticos, mas acordou agoniado, hesitante e trêmulo. O pensamento surgia-lhe atormentado, nebuloso... Ele tentou locomover-se, mas não conseguiu. Parecia chumbado à cama, como um cadáver repenti­namente desperto. Sua­rento, aflito, Mário sentiu-se morrer, e instin­tivamente orou, supli­cando a Proteção Divina. Bastou essa atitude d'alma para ligar-se, com mais facilidade, aos fluidos restauradores que os amigos espirituais lhe administravam. Pouco a pouco, readquiriu os movimentos livres e levantou-se, ingerindo uma pílula calmante. Amedrontado, sentou-se na cama e, com a cabeça entre as mãos, falou de si para consigo: "Estou evidentemente conturbado. Amanhã, consultarei um psiquiatra. É a minha única solução". De fato, observou André. O ódio gera a loucura. "Quem se debate contra o bem, cai nas garras da perturbação e da morte", aduziu o autor espiritual. (Cap. XIX, págs. 120 a 122) 

56. Odila apela a Amaro - Em casa de Amaro, este, desprendido do veí­culo denso, conversava com Odila, que abandonara Zulmira por instantes e ajoelhara-se aos pés do esposo, rogando-lhe expulsasse a intrusa, porque esta lhes matara o filho, furtando-lhes a paz. Amaro, muito triste, pare­cia torturado com a presença da primeira mulher, mal-humo­rada e enfu­recida, e perdeu a serenidade que lhe era habitual. Ali, perante a es­posa que lhe dominava os sentimentos, revelava-se mais acessível ao desequilíbrio e à conturbação. Situado entre Odila e Zul­mira, parecia que Amaro dividia-se entre o amor e a piedade. Odila in­sistiu em seus rogos, mas o esposo nada lhe respondeu, assemelhando-se a uma estátua viva, de dúvida e sofrimento. Instado por André, Clarên­cio explicou que não iria interferir naquele problema, porque, se o fizesse, o caso de que cuidavam cresceria demasiado, espraiando-se excessiva­mente no tempo. Era aconselhável, pois, sustentar-se no fio de tra­balho nascido na prece de Evelina. Vendo, porém, que Amaro mani­festava es­tranha aflição, ele afastou-o de Odila, transportando-o para o leito em que seu corpo denso repousava. A pobre mulher tentou agar­rar-se ao marido, clamando, desconsolada: "Amaro! Amaro! não me aban­dones as­sim!" O dono da casa acordou abatido; o relógio assinalava três horas da manhã; ele esfregou os olhos, sonolento, e parecia que ainda ouvia o chamado da mulher, mas nada recordava do encontro e da palestra que tivera com os benfeitores espirituais. Em sua tela mnemô­nica permane­cia apenas a fase última de sua incursão espiritual  – a imagem de Odila implorando socorro... (Cap. XX, págs. 123 e 124) 

57. Perispírito e pensamento - O grupo rumou de novo ao Lar da Bênção, a pedido da irmã Blandina. No caminho, André perguntou ao Ministro por que Esteves e Júlio, tendo sofrido o suplício do veneno, apresentavam situações tão díspares. O menino ainda trazia a garganta doente, ao passo que o enfermeiro não assinalava nenhuma consequência mais grave... A explicação de Clarêncio foi clara: "Esteves foi envenenado, enquanto Júlio se envenenou. Há muita diferença. O suicídio acarreta vasto complexo de culpa. A fixação mental do remorso opera inapreciá­veis desequilíbrios no corpo espiritual. O mal como que se instala nos recessos da consciência que o arquiteta e concretiza". É por isso que Leonardo, o criminoso, vivia atormentado com a imagem de Esteves, sua vítima, e Júlio sofria ainda os efeitos do erro cometido quase oitenta anos antes. "O pensamento que desencadeia o mal – asseverou Clarêncio – encarcera-se nos resultados dele, porque sofre fatalmente os cho­ques de retorno, no veículo em que se manifesta." Júlio chorava muito, infundindo compaixão, e o Ministro informou à irmã Blandina que ele seria conduzido à reencarnação em breves dias. Clarêncio aproveitou então o caso do menino para assinalar a influência do pensamento sobre o perispírito. Este é regido intimamente por sete centros de força, que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sinto­nia uns com os outros, ao influxo do poder da mente, estabele­cem um veículo de células elétricas, que pode ser definido como um campo ele­tromagnético, em que o pensamento vibra em circuito fechado. "Nossa posição mental – elucidou Clarêncio – determina o peso espe­cífico do nosso envoltório espiritual e, consequentemente, o habitat que lhe compete. Mero problema de padrão vibratório. Cada qual de nós respira em determinado tipo de onda. Quanto mais primitiva se revela a condi­ção da mente, mais fraco é o influxo vibratório do pensamento, indu­zindo a compulsória aglutinação do ser às regiões da consciência em­brionária ou torturada, onde se reúnem as vidas inferiores que lhe são afins". Clarêncio acrescentou que o crescimento do influxo mental, no veículo perispiritual, está "na medida da experiência adquirida e ar­quivada em nosso próprio espírito". "Atentos a semelhante realidade, é fácil compreender que sublimamos ou desequilibramos o delicado agente de nossas manifestações, conforme o tipo de pensamento que nos flui da vida íntima." (Cap. XX, págs. 125 e 126) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita