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Clássicos do Espiritismo
Ano 3 - N° 138 - 20 de Dezembro de 2009

ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
 

A Evolução Anímica

  Gabriel Delanne

 (Parte 17 e final)

 
Concluímos nesta edição o estudo do clássico A Evolução Anímica, que foi aqui estudado em 17 partes. A fonte do estudo foi a 8ª edição do livro, baseada em tradução de Manoel Quintão publicada pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Em que ambiente se deu a primeira manifestação de vida em nosso planeta?

Foi no seio tépido dos mares primitivos, sob a ação da luz, do calor e de uma pressão hoje difícil de reproduzir, que se formou uma massa viscosa, a que chamamos protoplasma, primeira manifestação da vida inteligente que se desenvolveu progressiva e paralelamente, dando origem a inumerável multidão de formas vegetais e animais, antes da aparição do homem. (A Evolução Anímica, pág. 238.)

B. O princípio inteligente percorreu todas as escalas da vida orgânica?

Sim. O princípio pensante percorreu, lentamente, todas as escalas da vida orgânica e foi por meio de uma ascensão ininterrupta, no transcurso de séculos inumeráveis, que ele pôde fixar, pouco a pouco, demoradamente, no invólucro fluídico todas as leis da vida vegetativa, orgânica e psíquica. (Obra citada, págs. 239 a 244.)

C. Que modificações no modo de ver a vida resultarão da crença nas vidas sucessivas?

Com a certeza das vidas sucessivas muitos problemas revelar-se-ão sob novos prismas. As lutas sociais poderão ser suavizadas pela convicção de não ser a existência planetária mais que um momento transitório no curso de uma eterna evolução. Com menos orgulho nas camadas altas e menos inveja nas baixas, surgirá uma solidariedade efetiva, em contacto com estas doutrinas consoladoras, e talvez possamos ver desaparecer da face da Terra as lutas fratricidas, ineptos frutos da ignorância, a se dissiparem diante dos ensinamentos de amor e fraternidade, que são a coroa radiosa do Espiritismo. (Obra citada, pág. 252.)

Texto para leitura 

177. As modalidades da matéria ou da força movimentam-se num ciclo fechado – o ciclo das transformações. Elas podem mover-se umas nas outras e substituir-se alternativamente, por mudanças na frequência, na amplitude ou na direção dos movimentos vibratórios. A alma é una, e cada essência espiritual é individual, é pessoal. Nenhuma alma pode transmudar-se noutra, substituir outra. Ela é, pois, uma unidade irredutível, que tem a existência em si (Pág. 234)  

178. As faculdades da alma têm um desenvolvimento próprio, peculiar. Para a alma há progresso, modificação íntima, ascensão, sem retorno possível a um estado menos desenvolvido. Esse progresso manifesta-se por um poder sempre crescente sobre o não-eu, isto é, a matéria. (Pág. 235)  

179. Estudando a matéria através dos seus diferentes estados físicos, sabemos que ela se vai rarefazendo à proporção que a passamos do estado sólido ao gasoso. Chegada a este estado, suas moléculas adquirem grande instabilidade, porque animadas de movimento rotativo extremamente rápido e de outro movimento retilíneo em todas as direções. Este último resulta do choque mesmo das moléculas animadas do movimento rotatório. Com efeito, a natureza mostra-nos que a matéria nebulosa implica um estado de grande rarefação. (Pág. 235)  

180. Possível se torna, assim, imaginarmos uma substância primitiva, invisível e imponderável, que corresponda ao estado primordial da matéria, ou seja, o fluido universal. A matéria, sob sua forma primitiva, ocupa a extensão infinita e existe em todos os graus de rarefação, desde o estado inicial até o de materialidade visível e ponderável. Ensinam os Espíritos que esses estados diferenciais de rarefação representam o que chamamos fluidos. (Pág. 236)  

181. A evolução terrestre – Foi no seio tépido dos mares primitivos, sob a ação da luz, do calor e de uma pressão hoje difícil de reproduzir, que se formou essa massa viscosa chamada protoplasma, primeira manifestação da vida inteligente que se desenvolveu progressiva e paralelamente, dando origem a inumerável multidão de formas vegetais e animais, antes da aparição do homem. (Pág. 238)  

182. A vida surgiu, assim, na Terra em um dado momento. A vida, como vimos, não é mais que uma modificação da energia, a preludiar-se naturalmente na construção geométrica dos cristais que se organizam e têm a capacidade de reparar suas fraturas quando mergulhados em uma solução apropriada. Essa matéria é, contudo, inerte e desprovida de espontaneidade. Torna-se-lhe necessária a adjunção do princípio intelectual para poder animar-se, problema que ficou resolvido com o protoplasma. (Pág. 238)  

183. Não existe individualidade nessas massas gelatinosas, moles, viscosas, que tomam indiferentemente todas as formas; mas, logo que se opera uma condensação na massa, essa condensação chama-se núcleo. Depois, o protoplasma reveste-se de uma camada mais densa; é o começo do invólucro membranoso. A partir daí está o ser vivo constituído: é a célula que há de ser molécula vital, de que se formam todos os seres organizados, porquanto animais e vegetais, do mais simples ao mais complexo, não passam de associação de células mais ou menos diferenciadas. (Pág. 238)  

184. Os primeiros habitantes dos mares laurentianos são células albuminoides, moneras, amebas, cujas primeiras associação formaram as algas que tapeçam o fundo dos mares. Nascidos diretamente do protoplasma, os primeiros organismos animais são células livres, dotadas de vida própria. Nos seres primários que daí surgem, o único sentido é o tato e sua reprodução se faz por fracionamento. (Pág. 239)  

185. Delanne relata, na sequência, e minuciosamente, como surgiram as diferentes espécies de seres do reino animal, para desse modo demonstrar que o princípio pensante percorreu, lentamente, todas as escalas da vida orgânica e que foi por meio de uma ascensão ininterrupta, no transcurso de séculos inumeráveis, que ele pôde fixar, pouco a pouco, demoradamente, no invólucro fluídico todas as leis da vida vegetativa, orgânica e psíquica. (Págs. 239 a 244)

186. Conclusão – No último capítulo do livro, o Autor faz importantes considerações das quais extraímos, de forma resumida, os pontos que se seguem: I – Nos primórdios da vida, o invólucro da alma é grosseiro e mesclado dos fluidos mais próximos da matéria, com movimentos tardos, incipientes. O trabalho da alma consiste na depuração desse invólucro, de modo a dar-lhe um movimento cada vez mais radiante. II – Cada existência terrena deixa no perispírito a sua impressão. As lembranças gravadas nesse invólucro são, como ele mesmo, inextinguíveis. III – Chegada à humanidade, a alma já está amadurecida e o seu invólucro tem fixado, sob a forma de leis, de linhas de força, os estados sucessivamente percorridos. IV – Trazendo cada encarnação um aperfeiçoamento, o inconsciente psíquico enriquece-se progressivamente e o esforço torna-se menos considerável, à proporção que aumenta o número das clausuras terrenas. V – O que importa hoje é nos desembaraçarmos das paixões e dos instintos residuais da nossa passagem pelos reinos inferiores, luta essa demorada e difícil, porque implica modificar os primeiros movimentos perispirituais que em nós se encarnaram e que eram os únicos constituintes de nossa vida mental. VI – A existência do fluido vital, ainda que posta em dúvida na atualidade, parece-nos indispensável para explicar os fenômenos da vida, visto que a ciência moderna não explica a forma e a evolução de todos os seres vivos, assim como os fenômenos de reconstituição orgânica. VII – A matéria é cega, inerte, passiva, e só se move por influência da vontade. O que denominamos forças nada mais é que manifestações tangíveis da inteligência universal, infinita, incriada, sinais evidentes da Vontade suprema que mantém o Universo. VIII – Todas as alterações verificadas nos estados da matéria não têm mais que um fim: o progresso do Espírito, que é a única realidade pensante. (Págs. 247 a 251)

187. Asseverando que já havia chegado o tempo de se rasgarem todos os véus, em que todos os espíritos chumbados às suas velhas concepções terão de abrir os olhos diante da luz da verdade, Delanne conclui nestes termos esta obra: “Com a certeza das vidas sucessivas e da responsabilidade dos nossos atos, muitos problemas revelar-se-ão sob novos prismas. As lutas sociais, que atingem, nesta nossa época, um caráter de aguda aspereza, poderão ser suavizadas pela convicção de não ser a existência planetária mais que um momento transitório no curso de uma eterna evolução. Com menos orgulho nas camadas altas e menos inveja nas baixas, surgirá uma solidariedade efetiva, em contacto com estas doutrinas consoladoras, e talvez possamos ver desaparecer da face da Terra as lutas fratricidas, ineptos frutos da ignorância, a se dissiparem diante dos ensinamentos de amor e fraternidade, que são a coroa radiosa do Espiritismo”. (Pág. 252)

- Fim -


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita