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Estudando as obras de Kardec
Ano 3 - N° 137 - 13 de Dezembro de 2009

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

A Revue Spirite de 1864

Allan Kardec 

(Parte 26 e final)
 

Concluímos nesta edição o estudo da Revue Spirite correspondente ao ano de 1864. O texto condensado do volume citado foi aqui apresentado em 26 partes, com base na tradução de Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

Questões preliminares

A. Pode a mediunidade ser objeto de exploração pecuniária?

Não. A mediunidade não pode, em nenhuma hipótese, ser objeto de exploração pecuniária. Em várias oportunidades Kardec reafirmou sua conhecida postura contrária à exploração da mediunidade, lembrando que Jesus e seus apóstolos não marcavam preço às suas palavras nem aos seus cuidados, conquanto não tivessem renda com que viver. (Revue Spirite de 1864, pp. 368 a 377.)

B. Qual é, segundo Kardec, a causa primeira de todas as desordens, a verdadeira chaga da sociedade?

É a incredulidade. A negação do princípio espiritual, a crença no nada após a morte, as ideias materialistas se infiltram na juventude, que as suga, por assim dizer, com o leite. Daí a querer gozar a vida a todo o preço, a distância é curta. Quantas desordens, quantas misérias, quantos crimes têm sua fonte nesta maneira de encarar a vida! (Obra citada, pág. 383.)  

C. Que disse o Espírito de Verdade a propósito do surgimento d´O Evangelho segundo o Espiritismo?

No mês de maio de 1864, referindo-se em Bordeaux à obra referida, o Espírito de Verdade disse que um novo livro acabava de aparecer: “uma luz mais brilhante que vem clarear a vossa marcha”. “Pelos frutos – disse ele – se reconhece a árvore. Vede quais são os frutos do Espiritismo: casais onde a discórdia tinha substituído a harmonia voltaram à paz e à felicidade; homens que sucumbiam ao peso de suas aflições, despertados aos acentos melodiosos das vozes de além-túmulo, compreenderam que seguiam caminho errado e, corando de suas fraquezas, arrependeram-se e pediram ao Senhor a força para suportar suas provações.” (Obra citada, pp. 395 a 397.) 

Texto para leitura

305. Tendo sido divulgado por determinada sonâmbula que o Espírito de Jobard lhe havia dado uma comunicação recomendando aos médiuns cobrar as consultas dos ricos e dá-las gratuitamente aos pobres e aos operários, Kardec resolveu, sem contar a ninguém, fazer a seguinte experiência: pediu a seis médiuns que perguntassem a Jobard se ele havia ditado referida mensagem, tendo, porém, o cuidado de não contar a nenhum deles que a mesma pergunta fora proposta aos outros médiuns. (P. 368)

306. Recolhidas as comunicações obtidas pelos médiuns Sr. Leymarie, sra. Costel, Sr. Rul, Sr. Vézy, sra. Delanne e Sr. d’Ambel, em todas o Espírito de Jobard desmentiu a propalada comunicação e reiterou sua convicção de que a mediunidade não pode, em nenhuma hipótese, ser objeto de exploração pecuniária. (PP. 368 a 374)

307. Comentando o resultado da experiência, Kardec reafirmou sua conhecida postura contrária à exploração da mediunidade, lembrando que Jesus e seus apóstolos não marcavam preço às suas palavras nem aos seus cuidados, conquanto não tivessem renda com que viver. “Nossos esforços - diz Kardec - tenderão sempre a preservar o Espiritismo da invasão da venalidade. O momento presente é o mais difícil, mas, à medida que a doutrina for melhor compreendida, essa invasão será menos de temer.” (PP. 374 a 377)

308. Numa horrível água-furtada, em Clichy, vivia um homem chamado Luís-Henrique, de 64 anos, que mais pareciam noventa. Era trapeiro, mas tão trêmulo, tão fraco estava nos seus últimos dias, que não recolhia quase nada. Quando morreu, encontraram-no já roído pelos ratos, deitado no seu leito, que era formado dos trapos e das imundícies que recolhia. Foi o odor infecto, a exalar de seu alojamento, que atraiu a atenção dos vizinhos. (PP. 377 e 378)

309. Evocado na Sociedade Espírita de Paris, o Espírito de Luís-Henrique resumiu a sua história. Ele não cometera nenhum dos crimes punidos pelas leis dos homens, mas vivera em meio aos vícios e excessos que a sociedade tolera e, contudo, não ficam impunes pela justiça de Deus. Jamais ele recuara ante nenhuma falta para satisfazer suas paixões e, certa vez, num duelo de sangue, exterminou seu próprio filho, que ele abandonara e não pudera então reconhecer. De rico e belo que fora, os excessos o levaram ao último degrau da miséria, do aviltamento e do desprezo. (PP. 378 a 382)

310. Comentando o caso, Kardec examina o papel da sociedade nessa e noutras circunstâncias, lembrando que a verdadeira chaga da sociedade, a causa primeira de todas as desordens, é a incredulidade. A negação do princípio espiritual, a crença no nada após a morte, as ideias materialistas se infiltram na juventude, que as suga, por assim dizer, com o leite. Daí a querer gozar a vida a todo o preço, a distância é curta. (P. 383)

311. Quantas desordens, quantas misérias, quantos crimes têm sua fonte nesta maneira de encarar a vida! E quem são os culpados? Os primeiros culpados são os que a erigem em dogma, em crença, troçando e tratando como loucos os que acreditam que nem tudo está na matéria e na vida visível. Luís-Henrique não foi bastante forte para resistir a essa corrente de ideias e sucumbiu, vítima de suas paixões, que encontravam justificação nas ideias materialistas, ao passo que uma fé sólida e raciocinada lhe teria posto um freio mais poderoso que todas as leis repressivas. (P. 383)

312. Na seção de passamentos, a Revue noticia a morte do Sr. Bruneau, antigo aluno da Escola Politécnica e ex-coronel de artilharia que fundou no Egito a escola de cavalaria. Membro da Sociedade Espírita de Paris, o Sr. Bruneau comunicou-se na Sociedade poucos dias após a sua morte e deu prova da elevação de seu Espírito, pela justeza e profundidade de suas apreciações. (P. 385)

313. Comentando os princípios da escola são-simoniana, de que o Sr. Bruneau participara antes de tornar-se espírita, Kardec assevera que em todas as religiões, sem excetuar o Cristianismo, o elemento divino é imperecível, mas o elemento humano cairá se não estiver em harmonia com a lei do progresso. Como o progresso é incessante, deduz-se que nas religiões o elemento humano deve modificar-se, sob pena de perecer. (P. 387)

314. O erro de quase todas as doutrinas sociais, apresentadas como a panaceia dos males da Humanidade, é o de apoiar-se exclusivamente nos interesses materiais. Disso resulta que a solidariedade que buscam estabelecer entre os homens torna-se frágil como a vida corporal. (P. 388)

315. Com o Espiritismo dá-se o contrário, porque, respondendo a todas as aspirações da alma, satisfaz ao mesmo tempo ao espírito, à razão e ao coração e assenta em base sólida o princípio de igualdade, liberdade e fraternidade. Ele é, assim, o pivô sobre o qual poderão apoiar-se todas as reformas sociais sérias. (PP. 388 e 389)

316. Na seção de notas bibliográficas, a Revue faz dois registros: o lançamento do livro Como e porque me tornei espírita, escrito pelo grande magnetizador J. B. Borreau, de Niort, e o surgimento do semanário O Mundo Musical, de Bruxelas, que constituía, segundo Kardec, um primeiro passo da imprensa independente na via do Espiritismo. (PP. 390 a 395)

317. O número de dezembro se encerra com uma nota a respeito da arrecadação feita pela Sociedade Espírita de Paris em favor das vítimas do incêndio de Limòges e uma comunicação recebida no mês de maio em Bordeaux, a propósito do livro Imitação do Evangelho segundo o Espiritismo, de Kardec. Assinada pelo Espírito de Verdade, a mensagem diz que um novo livro acaba de aparecer: “é uma luz mais brilhante que vem clarear a vossa marcha”. “Pelos frutos - diz a mensagem - se reconhece a árvore. Vede quais são os frutos do Espiritismo: casais onde a discórdia tinha substituído a harmonia voltaram à paz e à felicidade; homens que sucumbiam ao peso de suas aflições, despertados aos acentos melodiosos das vozes de além-túmulo, compreenderam que seguiam caminho errado e, corando de suas fraquezas, arrependeram-se e pediram ao Senhor a força para suportar suas provações.” (PP. 395 a 397) 

- Fim -


 


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